Se felizmente o homem é livre para expressar sua conduta, ele pode optar por ser corrupto a qualquer momento. Então, podemos sonhar com um mundo livre deste mal, Campo Maior pode ser livre da corrupção e enaltecermos a liberdade.
As
denúncias recorrentes sobre o envolvimento de políticos de nossa cidade em
corrupção tem dado muito que falar. Mas o que pensarmos sobre tudo isso? As
ocorrências vista a olho nu, gera desconfiança, nos estimula a calar para ouvir
melhor, e ouvir para pensar direito – e
só falar quando o juízo estiver amadurecido. Nada nos aborrece mais do que ter
que dizer qualquer coisa de qualquer maneira sobre qualquer assunto, ainda mais
sobre um assunto tão grave como esse que ocorre em nossa cidade, que é a falta
de ética na política.
Mas
o que significa “falta de ética na política?” Em que medida
a corrupção é uma “Falta de ética?” O que pode ser ética para que sua ausência
seja um mal? O que é o mal? Como um cidadão pode cometê-lo? Haveria, então, um
jeito de nós cidadãos de Campo Maior e, com isso, acabar de vez com a corrupção
em Campo Maior? O que podemos fazer?
Antes
de respondermos esta indagação, é preciso lembrar que a corrupção é um mal tão
grande quanto a injustiça social e mesmo o da proliferação da violência urbana
que atinge nossa cidade, que cerceia nossa liberdade individual, e que a
corrupção não é causa destes outros males, más sim um componente, com estes
outros males, de um conjunto de males que atuam ao longo da história como fios
próprio que tecem o grande tapete de nossa civilização.
Então
a culpa é da civilização? Não se ganha muito em condenar o processo
civilizatório. Ninguém pode, como já foi dito, saltar além de sua própria
sombra. Logo: criticar a civilização é um ato civilizatório.
Logo
vamos entender por corrupção o ato de um indivíduo ou um grupo de pessoas que
engana uma população para enriquecimento próprio ou de uma família nepótica, ou
mesmo por egocentrismo tirando proveito ilícito de algum bem público. Nós em
Campo Maior já percebemos que a política é um prato cheio para acometimento da
corrupção. Com tudo os políticos mais
corruptíveis são mais ágeis do que o povo e se fartam quando podem, e o fazem
antes de qualquer denúncia ser formalizada.
A
diferença entre o povo, de um lado, e os políticos, de outro, passa por uma
concepção de política que favorece a prática da corrupção: a idéia de que
política e seus negócios são “coisas só de políticos”. Porém, se o bem é
público, é tanto deles como meu, é nosso.
Sendo
nosso o problema, eu e você cidadãos comuns devemos ficar atentos, para cuidar
e preservar o que é nosso. É esta a mentalidade, segundo a qual a coisa pública
(a res pública) é de nosso interesse comum, e o que faz alguém ser um cidadão,
uma pessoa interessada em primeiro, lugar pelo bem da coletividade
Pois
enquanto cada um procura salvar-se como pode, o político corrupto e
profissional cuida em surrupiar tudo aquilo que deveria ser um bem público.
Em
suma corrupção é o rompimento com compromisso com o povo para um viver bem
compartilhado com todos. Dar prioridade ao interesse particular contra o
interesse do povo é, assim, um ato antiético, contrário à promoção de nosso bem
estar, bem estar do povo... “ACORDA CAMPOMAIORENSE”.
O FILÓSOFO
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