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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

O DESTINO NAS MÃOS DE QUEM VOTA


Para o filósofo Sócrates “Viver bem e saber do bem” era uma coisa só. Leia isso no diálogo Critón, de Platão.

Quer dizer que uma pessoa não é ética somente por saber o que é o bem, mas por exercê-lo, por saboreá-lo ao longo de sua vida. O bem não é algo que se saboreia isoladamente, e sim, que se comparilha com o povo (o livro Ética a Nicômaco, de Aristóteles, também trata disso).

Ora corrupção é o rompimeno do compromisso de viver o bem compartilhado com todos, dar prioridade ao interesse particular ou da própria família, contra os interesses do povo é, assim, um ao antiético, contrário à promoção do bem. Como o contrário do bem é o mal, a corrupção é também um grande mal. Mas que mal há em querer o bem só pra si mesmo, para sua irmã, ou suas irmãs, seu irmão, seus primos, seu pai e sua mãe, deixando nós outros  ao “D’US dará”? O mal que há nisso em dois nomes: “Injustiça e Nepotismo”. Todo ato de corrupção é um ato de injustiça, todo ato em que se coloca a família em patamares elevados, em posição de destaque em cargos públicos configura-se o “Nepotismo”. A injustiça é revelada quando se sente na pele e percebe-se que o que era devido ao cidadão não lhe foi dado, “tais como cargos e salários” e quem de direito não recebeu, mas outro ganhou em seu lugar. (leia-se – A Origem da Desigualdade entre os Homens, de Rousseau).

Receber dinheiro para campanha eleitoral e não contabilizá-lo legalmente, porque vem de fontes não muito legaIS, comprometendo adiante o bem público com interesse particular, muito grave, principalmente quando se atrasa o pagamento de  qualquer funcionário, não quitar divídas públicas para enriquecimento do seu próprio bolso.

Assim a decisão de não ligar a mínima para com o próximo, exemplo: pagar salários abaixo do estipulado pelo governo central, e isso está presente após sair vitorioso, após uma campanha eleitoral, ou tirar proveito de uma licitação pública ou em um pregão, até mesmo beneficiando outros beneficiários de outros municípios onde não circulará o dinheiro no município onde se  deu a origem do pregão.

ENTRE O BEM E O MAL
E DAÍ? Diremos que o mal não tem jeito? Não é nada disso. Claro que tem. Se reconhecermos que nosso voto é força que gera o bem e o mal, devemos em primeiro lugar pensar que através de nosso voto colocaremos no poder alguém que vai gerar o bem ou o mal, devemos também defender os interesses da maioria (do povo), isto é, encontrarmos o bem comum entre todos os cidadãos homens, mulheres e crianças. Nesse caso estaremos lutando pelo bem comum, estaremos fazendo uma política justa e honesta, isso se olharmos a nossa volta e avaliarmos quano custa nossa liberdade. Vender seu voto também é corrupção.

Uma sociedade próspera é uma sociedade de indivíduos inteligentes, como lembra o filósofo Cornelius Castoriades em seu livro “A Instittuição Imaginária da Sociedade”. Como o bem e o mal, a política é filha da liberdade, mas, sabendo que a liberdade é mãe tanto do bem, como do mal, não somos mais inocentes de achar que os políticos, sejam algo de bonzinhos e que podem ser malzinhos também.

Pense bem antes de votar, não venda a sua liberdade por algo que lhe custará muito caro no futuro.

O FILÓSOFO  

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