Para o filósofo Sócrates “Viver bem e saber do bem” era uma coisa só. Leia isso no diálogo Critón, de Platão.
Quer dizer que uma pessoa não é ética somente por saber o que
é o bem, mas por exercê-lo, por saboreá-lo ao longo de sua vida. O bem não é
algo que se saboreia isoladamente, e sim, que se comparilha com o povo (o livro
Ética a Nicômaco, de Aristóteles, também trata disso).
Ora corrupção é o rompimeno do compromisso de viver o bem
compartilhado com todos, dar prioridade ao interesse particular ou da própria
família, contra os interesses do povo é, assim, um ao antiético, contrário à
promoção do bem. Como o contrário do bem é o mal, a corrupção é também um grande
mal. Mas que mal há em querer o bem só pra si mesmo, para sua irmã, ou suas
irmãs, seu irmão, seus primos, seu pai e sua mãe, deixando nós outros ao “D’US dará”? O mal que há nisso em dois
nomes: “Injustiça e Nepotismo”. Todo ato de corrupção é um ato de injustiça, todo
ato em que se coloca a família em patamares elevados, em posição de destaque em
cargos públicos configura-se o “Nepotismo”. A injustiça é revelada quando se
sente na pele e percebe-se que o que era devido ao cidadão não lhe foi dado,
“tais como cargos e salários” e quem de direito não recebeu, mas outro ganhou em
seu lugar. (leia-se – A Origem da Desigualdade entre os Homens, de Rousseau).
Receber dinheiro para campanha eleitoral e não
contabilizá-lo legalmente, porque vem de fontes não muito legaIS, comprometendo
adiante o bem público com interesse particular, muito grave, principalmente
quando se atrasa o pagamento de qualquer
funcionário, não quitar divídas públicas para enriquecimento do seu próprio
bolso.
Assim a decisão de não ligar a mínima para com o próximo,
exemplo: pagar salários abaixo do estipulado pelo governo central, e isso está
presente após sair vitorioso, após uma campanha eleitoral, ou tirar proveito de
uma licitação pública ou em um pregão, até mesmo beneficiando outros
beneficiários de outros municípios onde não circulará o dinheiro no município
onde se deu a origem do pregão.
ENTRE O BEM E O MAL
E DAÍ? Diremos que o mal não tem jeito? Não é nada disso.
Claro que tem. Se reconhecermos que nosso voto é força que gera o bem e o mal,
devemos em primeiro lugar pensar que através de nosso voto colocaremos no poder
alguém que vai gerar o bem ou o mal, devemos também defender os
interesses da maioria (do povo), isto é, encontrarmos o bem comum entre todos os
cidadãos homens, mulheres e crianças. Nesse caso estaremos lutando pelo bem
comum, estaremos fazendo uma política justa e honesta, isso se olharmos a nossa
volta e avaliarmos quano custa nossa liberdade. Vender seu voto também é
corrupção.
Uma sociedade próspera é uma sociedade de indivíduos
inteligentes, como lembra o filósofo Cornelius Castoriades em seu livro “A
Instittuição Imaginária da Sociedade”. Como o bem e o mal, a política é filha da
liberdade, mas, sabendo que a liberdade é mãe tanto do bem, como do mal, não
somos mais inocentes de achar que os políticos, sejam algo de bonzinhos e que
podem ser malzinhos também.
Pense bem antes de votar, não venda a sua liberdade por algo
que lhe custará muito caro no futuro.
O FILÓSOFO
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