No Piauí, 1.098.912 (42%) da população de 10 anos ou mais de idade não tem qualquer rendimento e outros 41% vivem com uma renda média mensal de até um salário mínimo. Os dados são do Censo Demográfico 2010 divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Os resultados mostram que a desigualdade de renda ainda é bastante acentuada no Brasil, apesar da tendência de redução observada nos últimos anos.
Segundo o supervisor de Informações do IBGE no Piauí, Pedro Soares, em 2010, a incidência de pobreza era maior nos municípios de porte médio (10 mil a 50 mil habitantes), independentemente do indicador de pobreza monetária analisado.
Enquanto a proporção média de pessoas que viviam com até R$ 70 de rendimento domiciliar per capita naquele ano era de 6,3%, nos municípios com 10 mil a 20 mil habitantes, essa proporção era duas vezes maior. No Piauí, 19 de cada 100 piauienses vive em domicílio com renda domiciliar per capta de até 70 Reais, superado apenas pelo Ma-ranhão (21%).
As diferenças de rendimento entre homens e mulheres também chamava a atenção, sendo maior nos municípios com até 50 mil habitantes, onde eles recebiam, em média, 47% mais que elas (R$ 956 contra R$ 650). Os indicadores estão calculados para todos os 5.565 municípios brasileiros.
ANALFABETISMO - Segundo a pesquisa, a taxa de analfabetismo na população de 15 anos ou mais de idade no Piauí, em 2010, é de 22,9%, e apesar da redução dos 30,5% de 2000, continuam ganhando apenas do Estado de Alagoas (24,3%, contra 33,4% em 2000), mas assume a liderança na população de 60 anos ou mais de idade (55,9%), o que pode se dizer que o analfabetismo do piauiense é um problema secular, portanto, de difícil solução a curto prazo.
Na região do Semiárido a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais também foi bem mais elevada do que a média obtida para o país, mas teve uma redução de 32,6%, em 2000, para 24,3%, em 2010. Entre os analfabetos residentes nessa região, 65% eram pessoas maiores de 60 anos de idade.
Nas capitais, os percentuais de crianças de 10 anos de idade que não sabiam ler ou escrever eram mais baixos que no conjunto do estado, em especial no Nordeste. Em São Luis (6,1%) e em Teresina (4,9%), a proporção de crianças nesta situação era 2,5 vezes inferior à dos respectivos estados, Maranhão (16,4%) e Piauí (13,7%). A pior situação foi encontrada em Maceió, com 11,6%, embora seja melhor que no estado de Alagoas como um todo (17,8%).
O FILÓSOFO
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