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quarta-feira, 30 de março de 2016

METAMORFOSES








Do romano Ovídio (43 a.C.-18 d. C), escrito por volta do ano 8 d.C, uma rara expressão de interesse por essas questões vinda da literatura romana.

Antes de o oceano existir, ou a terra, ou o firmamento,

A Natureza era toda igual, sem forma. Caos era chamada,

Com a matéria bruta, inerte, átomos discordantes

Guerreando em total confusão:

Não existia o Sol para iluminar o Universo;

Não existia a Lua, com seus crescentes que lentamente se preenchem;

Nenhuma terra equilibrava-se no ar.

Nenhum mar expandia-se na beira de longínquas praias.

Terra, sem dúvida, existia, e ar e oceano também, mas terra onde nenhum homem pode andar, e água onde Nenhum homem pode nadar, e ar que nenhum homem pode respirar;

Ar sem luz, substância em constante mudança, Sempre em guerra:

No mesmo corpo, quente lutava contra frio. Molhado contra seco, duro contra macio. O que era pesado coexistia com o que era leve.

Até que DEUS, ou a Natureza generosa,

Resolveu todas as disputas, e separou o

Céu da Terra, a água da terra firme, o ar

Da estratosfera mais elevada, uma liberação.

E as coisas avolumaram-se, achando seus lugares a partir

Da cega confusão inicial.

O fogo, esse elemento etéreo,

Ocupou seu lugar no firmamento,

sobre o ar; sob ambos, a terra,

Com suas proporções mais grosseiras, afundou;

e a água se colocou acima, e em torno, da terra.

Esse DEUS, que do Caos;

Trouxe ordem ao Universo, dando-lhe, divisão, subdivisão, quem quer que ELE seja, ELE moldou a terra na forma de um grande globo, simétrica em todos os lados, e fez com que as águas se espalhassem e elevassem, sob a ação dos ventos uivantes [...]


OVÍDIO (43 A.C.-18 D. C),

Caos aqui não representa destruição ou desordem, mas sim a potencialidade de coexistência de todos os opostos, sem que sua existência individual possa se manifestar:”[...] terra, sem dúvida, existia, [...], mas terra onde nenhum homem pode andar [...]. No mesmo corpo, quente lutava contra frio, molhado contra seco, duro contra macio [...]”. E então DEUS, cuja origem permanece inexplicável, aparece e organiza o Caos, separando os opostos e arranjando os elementos básicos (o fogo, o ar, a terra e a água) em seus devidos lugares, e de acordo com a SEPTUAGINTA e também com a doutrina ARISTOTÉLICA.

O FILÓSOFO,
POETA,
ESCRITOR,
Dr. EM TEOLOGIA,
ASTROFÍSICO ESTELAR,
ARBITRO DE DIREITO,
                                                                                                                                           JUÍZ DE PAZ

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