Se um grande asteróide estivesse vindo em nossa direção e o tempo estivesse acabando, uma explosão nuclear bem posicionada poderia ajudar a humanidade a evitar a catástrofe, não só em filmes.
Um novo estudo deu nova vida a uma antiga idéia de lidar com rochas espaciais potencialmente ameaçadores com bombas nucleares. A nova análise sugere que uma explosão nuclear poderia destruir com segurança mesmo um asteróide relativamente grande. E astronautas não precisariam cavar fundo para plantar a bomba, como Bruce Willis, Robert Duvall e suas tripulações nos filmes "Armagedom" e "Impacto Profundo", respectivamente. Segundo cientistas, uma explosão na superfície do asteróide provavelmente cumpriria a tarefa.
Bob Weaver, do Los Alamos National Laboratory, no Novo México, autor do estudo apresentou esta descoberta na reunião de outono da American Geophysical Union.
Por décadas, se falou sobre a possibilidade de usar uma arma nuclear para destruir um asteróide potencialmente perigoso. Mas estas discussões, diz Weaver, tipicamente não tiveram muito progresso. "Houve muita coisa de atrás do envelope."
Em contraste, disse, ele e seus colegas desenvolveram códigos sofisticados para modelar exatamente o que aconteceriam em tal explosão.
Em estudos anteriores, pesquisadores modelaram como a explosão afetaria um asteróide sólido com cerca de 500 metros e a forma alongada do Itokawa.
A pesquisa descobriu que a explosão poderia fazer o asteróide em pedaços muito pequenos para serem muito perigosos. E a explosão espalharia os pedaços a velocidades altas o suficiente para evitar a reagregação. "Isso foi extremamente encorajador", disse Weaver.
Porém os modelos antigos eram de um pedaço sólido de rocha – o que não é mais uma expectativa realista. "Sabemos que asteróides são porosos", disse o cientista. "Muitos deles são basicamente pilhas de borracha."
No novo estudo, os pesquisadores modificaram os códigos. O tamanho do asteróide continuou o mesmo, mas foi estipulada uma porosidade de 25%.
Asteróide avançando contra a terra, chegará em novembro 2011 |
A explosão nuclear tinha 500 kilotons, de 20 a 30 vezes mais poderosa do que a que os EUA causaram em Nagasaki, Japão, para ajudar a terminar a II Guerra Mundial. A explosão foi na superfície do asteróide, como nos modelos anteriores.
Mais uma vez, o asteróide foi dividido em partes pequenas e inofensivas que se espalharam rápido demais para que se reagregassem. Segundo Weaver, os melhores resultados foram obtidos posicionando o explosivo na menor dimensão do asteróide, mas qualquer posição dez o serviço.
"Estes cálculos mostram que, mesmo com um objeto muito poroso, uma explosão nuclear pode atenuar um objeto potencialmente perigoso", disse.
OBSTÁCULOS
Weaver visiona a humanidade utilizando uma arma nuclear desta maneira quando não houver muito tempo antes do impacto, talvez um ano ou menos. (Com mais aviso, outras opções poderiam ser colocadas na mesa, como uma explosão para afastá-lo da Terra.)
Provavelmente, a humanidade tem a capacidade tecnológica para realizar uma missão de destruição de um asteróide no momento, diz ele. O maior obstáculo talvez seria a cooperação da comunidade internacional para realizá-la. Ele diz que, com armas nucleares envolvidas, trabalhar em equipe pode ser difícil. "Na verdade, as implicações sociais e políticas de como realizar a missão são mais fortes do que a ciência."
Enquanto algumas pessoas podem achar inadmissíveis os prospectos de usar uma bomba nuclear, mesmo para destruir asteróides, explosivos convencionais não seriam capazes, diz o cientista, pelo menos, não para o asteróide dos modelos da equipe. "Nem chegam perto", disse sobre bombas convencionais. "Eles estão a ordens de magnitude de serem poderosos o bastante."
De qualquer forma, segundo Weaver, seria bom ter a opção nuclear, pois o futuro é incerto. No passado, impactos maciços espalharam o caos sobre a Terra. Por exemplo, aquele de 65 milhões de anos atrás que se acredita ter exterminado os dinossauros e muitas outras espécies. "É algo que gostaríamos de ter no bolso de trás, só no caso de precisarmos."
O FILÓSOFO
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