O Congresso Nacional realiza, na segunda-feira (15), uma sessão solene
para relembrar a vida e a trajetória política de Ulysses Guimarães. A
homenagem marca os 20 anos da morte do político paulista, que foi
parlamentar por mais de quatro décadas e se destacou na luta pela
redemocratização do País.
Nascido em 6 de outubro de 1916 em Rio Claro (SP), Ulysses morreu
em um acidente de helicóptero no litoral de Angra dos Reis (RJ), em 12
de outubro de 1992, junto com a esposa, dona Mora; o ex-senador Severo
Gomes e sua esposa; e o piloto. O único corpo nunca encontrado foi o de
Ulysses.
Deputado por 11 mandatos, Ulysses
presidiu a Assembleia Nacional Constituinte responsável pela elaboração
da Constituição de 1988. Um dos trabalhos mais difíceis de Ulysses
durante a Constituinte foi conseguir conciliar as diversas tendências
políticas. Esse papel, que ele aprimorou negociando entre as correntes
do Movimento Democrático Brasileiro (o MDB, que se tornou PMDB em 1980),
foi exercido por Ulysses durante toda a sua trajetória.
Na
Constituinte, as divergências para administrar eram muitas: partidos
socialistas e de direita, trabalhadores e patrões, sindicalistas e
industriais.
Historiadores e políticos
acreditam que se não fosse pela atuação do Dr. Ulysses, como ficou
conhecido, a história da Constituinte seria muito diferente. Ele
insistiu, por exemplo, para que o capítulo de Seguridade Social
estivesse no texto. “Diziam que era matéria de legislação ordinária; na
época eu já era advogado previdenciário e queria incluir essa conquista,
e foi o Dr. Ulysses que arbitrou a nosso favor”, lembrou o deputado
Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP).CÂMARA
O FILÓSOFO
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