É difícil prever as datas exatas das calamidades; a única coisa em que os
cientistas estão de acordo é que, seja lá o que for que está a acontecer agora,
à medida que nos aproximamos do mínimo solar, não é nada ou apenas uma mínima
perturbação se compararmos com a turbulência sem precedentes prevista para o
próximo máximo solar esperado para 2012.
Num
impulso, pesquisei «2012» no Google e mergulhei numa próspera cultura
apocalíptica. Blogues, livros, música e arte de todos os continentes profetizam
uma fatalidade para esse ano. Representantes de um rol desconcertante de
ideologias e filosofias, de culturas indígenas, do Ching, apontam 2012
como o ano do Apocalipse. Poderá ser apenas coincidência? Ou será mais razoável
presumir que tradições divinamente inspiradas alcançariam, afinal, conclusões
congruentes acerca do destino da humanidade?
- Dois mil e doze! É quando se supõe que tudo venha a acontecer. Que divertido?
- Exclamou Érica, minha aluna, quando falei da minha descoberta na manhã
seguinte. Érica, uma internauta noturna e radioamadora devota, balbuciava
previsões e certezas horríveis de que 2012 é o verdadeiro Y2K. Parecia encarar
tudo como uma espécie de reality show, de terror.
Vários
amigos seus também estavam metidos nisto do 2012 e ela, alegremente,
reportava-me as suas sugestões para quando estivesse próximo o Fim do Mundo:
- Construa uma nave espacial. Esconda-se num subterrâneo. Faça muito sexo.
Suicide-se.
Veja o mundo. Faça o seu trabalho. Pare com os medicamentos.
Comece
a roubar. Escreva um romance. Pratique a eutanásia na sua família. Visite SAMPA,
RIO DE JANEIRO, BAHIA, SANTA CATARINA, faça uma viagem internacional.
Adore
Alá ou quantos deuses quiser, não esqueça do verdadeiro D’US. Vingue-se.
Faça
um curso de esmagamento de projéteis astrais. Assegure-se de que arranja um
bom lugar para o último fogo-de-artifício.
Por que o ano de 2012, especificamente?
AS PROFECIAS MAIAS
A astronomia dos antigos Maias não é uma treta. É uma façanha intelectual equivalente, em magnitude, à antiga geometria egípcia ou à filosofia grega. Sem telescópios ou quaisquer outros aparelhos, os astrônomos maias calcularam a duração do mês lunar em 29,53020 dias, dentro de 34 segundos do que agora sabemos ser a sua duração real de 29,53059 dias. Acima de tudo, o calendário milenar maia é tido por muitos como sendo mais preciso do que o calendário gregoriano datado de há cinco séculos e que usamos atualmente.
Os
Maias eram obcecados com o tempo. Ao longo dos séculos, elaboraram, pelo menos,
vinte calendários, em sintonia com ciclos de tudo desde a gravidez à colheita,
da Lua a Vênus, cuja órbita calculavam com precisão de 1 dia em cada 1000
anos. Após séculos de observação, os seus astrônomos chegaram à conclusão de
que no solstício de 2012, 21/12/12 — ou 13.0.0.0.0 pelo que é conhecido como o
seu calendário de Longa Contagem — começará uma nova era na história da
humanidade. A «badalada da meia-noite» desse dia 21/12/12 inicia uma nova era,
tal como a Terra ao completar a sua órbita em torno do Sol começa um novo ano
às zero horas do dia 1 de Janeiro.
E então? À parte uma mudança na data e um dia feriado, não há nenhuma diferença
palpável entre 31 de Dezembro e 1 de Janeiro — não é como se passássemos do
escuro e das trevas para um dia quente e ensolarado. Nesse aspecto, não há uma
diferença inerente nítida entre um ano e o outro, a menos que essa diferença
seja externamente atribuída: passar de 1999 para 2000, Y2K não passou de uma
transição de um número digitalmente sem importância para um outro redondo.
Mostrou-se tão espiritualmente relevante como uma mudança no hodómetro.
A data 21/12/12 tem significado para além de um acontecimento numérico. É o
solstício anual de Inverno, quando o hemisfério norte se encontra mais
distante do Sol e quando, por conseguinte, o dia é mais curto e a noite mais
longa. Nessa data, o nosso Sistema Solar eclipsará — interpor-se-á de forma a
bloquear a vista da Terra — o centro da Via Láctea. O buraco negro no centro da
espiral galáctica foi considerado pelos Antigos o ventre da Via Láctea e agora
pelos astrônomos contemporâneos que crêem que aquela é a mancha onde as
estrelas da nossa galáxia são criadas. De fato, há um grande buraco negro no
centro, conduzindo a um rendilhado central.
O falatório não tem nada que ver com o fato de essa ser a data prevista para o próximo máximo solar no ciclo das manchas solares. De fato, havia pouca ou nenhuma menção ao Sol ou a quaisquer tópicos científicos em geral entre as profecias da desgraça. Galvanizar o movimento era uma antiga previsão da mitologia maia de que o Tempo acabará ou começará no solstício de Inverno, a 21 de Dezembro de 2012.
Nesse ponto eu quase deitei tudo por terra, porque, como dizê-lo... Não sou New Age. Sou apenas aquele estudante básico de Campo Maior às voltas de Teresina.
Nesse ponto eu quase deitei tudo por terra, porque, como dizê-lo... Não sou New Age. Sou apenas aquele estudante básico de Campo Maior às voltas de Teresina.
Não
que essas tretas antigas sejam necessariamente inválidas; só que são um
desperdício para mim, na maior parte.
O que vale são os eventos que acontecem a minha volta, sinais antes inaudíveis e
que agora são realidade, bom pra vocês que são os bons sigam-me até 2018 ou
2020, ou 2030 ou quem sabe pra você e pra mim o mundo pode acabar AMANHÃ...
ACABANDO OU NÃO,
"EU LHES DIREI A VERDADE".
AGUARDEM!!!
O FILÓSOFO
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