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sábado, 1 de dezembro de 2012

O JORNALISMO IMPRESSO ESTÁ EM CRISE, MAS SOMOS UMA IMPRENSA CIDADÃ






Canais de notícias 24 horas norte-americanos registraram recordes de audiência. A internet mostrou-se importantíssima na eleição do presidente dos EUA, Barack Obama. É o que informa reportagem da revista Carta Capital.
O problema é o que está acontecendo com as rádios e, principalmente, com jornais e revistas. O título da matéria é: 
"A crise impressa”, o que já dá uma idéia da dimensão da coisa. A crise vai tão longe que atinge o The New York Times, principal jornal do mundo, que hipotecou seu prédio. Pelo menos ele continua funcionando. A Tribune Company, do Los Angeles Times e do Chicago Tribune, pediu falência. A corporação 


pública de rádio dos EUA, a NPR, fechou duas emissoras e cortou pessoal do resto.
Com as revistas a situação não é muito mais animadora. A Newsweek prepara uma remodelação em que vai diminuir o número de páginas e o de reportagens, que gastam mais, e dar mais espaço para artigos de opinião e fotos. Ela já perdeu 21% dos anúncios, enquanto a Time já não conta com 17% dos anunciantes que tinha um ano atrás. Algumas publicações estão tendo relativo sucesso fazendo seus leitores migrarem, aos poucos, para a internet. É o caso do Washington Post
Alguns estão investindo em reportagens exclusivas para o meio eletrônico, e já contam com um Prêmio Pulitzer para elas.
 

Mas todos esses exemplos são um reflexo de um fenômeno que vem alarmando jornalistas no mundo inteiro. O dono do Pasadena Now, um jornal local de Los Angeles, James Macpherson, afirmou que “a mídia impressa dos EUA vive seu momento GM, com a agravante de que não haverá plano de resgate do governo”. Um relatório divulgado pela firma Fitch Ratings diz que “diversas cidades americanas perderão seus diários, com o fechamento de jornais e a debacle de conglomerados de mídia impressa por conta de um aumento nas quedas de circulação e publicidade ao mesmo tempo que os custos de produção tendem a aumentar”. A previsão é de que os jornais locais sejam os primeiros a sentir o baque. O problema é que até os grandes já estão sentindo, então podemos acreditar que a coisa está preta.

Essa crise nas publicações prejudica o jornalismo sério, investigativo, e traz grandes prejuízos para a sociedade. Muitos setores da sociedade ainda vêem o jornalismo como não totalmente necessário. Em momento de crise, se corta no supérfluo, ou seja, na comunicação. Diminuem os anunciantes, as pessoas compram menos jornal e ficamos sem informação de qualidade, um direito humano fundamental. A questão agora é avaliar de que forma essa crise vai atingir o jornalismo brasileiro e o do resto do mundo. A esperança é que, por mais improvável que seja a crise diminua a força dos grandes meios de comunicação e abra espaço para os menores, multiplicando as vozes PRINCIPALMENTE DO JORNALISMO INVESTIGATIVO CIDADÃO.
O FILÓSOFO

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