Canais
de notícias 24 horas norte-americanos registraram recordes de audiência. A
internet mostrou-se importantíssima na eleição do presidente dos EUA,
Barack Obama. É o que informa reportagem da revista Carta Capital.
O
problema é o que está acontecendo com as rádios e, principalmente, com jornais
e revistas. O título da matéria é:
"A crise impressa”, o que já dá uma idéia da
dimensão da coisa. A crise vai tão longe que atinge o The New York Times, principal jornal
do mundo, que hipotecou seu prédio. Pelo menos ele continua funcionando. A
Tribune Company, do Los Angeles Times
e do Chicago Tribune, pediu
falência. A corporação
pública
de rádio dos EUA, a NPR, fechou duas emissoras e cortou pessoal do resto.
Com
as revistas a situação não é muito mais animadora. A Newsweek prepara uma remodelação em que
vai diminuir o número de páginas e o de reportagens, que gastam mais, e dar
mais espaço para artigos de opinião e fotos. Ela já perdeu 21% dos anúncios,
enquanto a Time já não conta
com 17% dos anunciantes que tinha um ano atrás. Algumas publicações estão tendo
relativo sucesso fazendo seus leitores migrarem, aos poucos, para a internet. É
o caso do Washington Post.
Alguns estão investindo em reportagens exclusivas para o meio eletrônico, e já
contam com um Prêmio Pulitzer para elas.
Mas
todos esses exemplos são um reflexo de um fenômeno que vem alarmando
jornalistas no mundo inteiro. O dono do Pasadena
Now, um jornal local de Los Angeles, James Macpherson, afirmou que
“a mídia impressa dos EUA vive seu momento GM, com a agravante de que não
haverá plano de resgate do governo”. Um relatório divulgado pela firma Fitch
Ratings diz que “diversas cidades americanas perderão seus diários, com o
fechamento de jornais e a debacle de conglomerados de mídia impressa por conta
de um aumento nas quedas de circulação e publicidade ao mesmo tempo que os
custos de produção tendem a aumentar”. A previsão é de que os jornais locais
sejam os primeiros a sentir o baque. O problema é que até os grandes já estão
sentindo, então podemos acreditar que a coisa está preta.
Essa
crise nas publicações prejudica o jornalismo sério, investigativo, e traz
grandes prejuízos para a sociedade. Muitos setores da sociedade ainda vêem o
jornalismo como não totalmente necessário. Em momento de crise, se corta no
supérfluo, ou seja, na comunicação. Diminuem os anunciantes, as pessoas compram
menos jornal e ficamos sem informação de qualidade, um direito humano
fundamental. A questão agora é avaliar de que forma essa crise vai atingir o
jornalismo brasileiro e o do resto do mundo. A esperança é que, por mais
improvável que seja a crise diminua a força dos grandes meios de comunicação e
abra espaço para os menores, multiplicando as vozes PRINCIPALMENTE DO JORNALISMO INVESTIGATIVO CIDADÃO.
O FILÓSOFO
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