Benjamin Netanyahu |
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, nomeou Moshé Yaalon, um dos
homens destacados do partido direitista Likud, ministro da Defesa neste domingo
e destacou a experiência do correligionário para enfrentar um momento considera
difícil por ele no Oriente Médio.
"Em um momento tão crucial para a
segurança do Estado de Israel, quando tudo está turbulento ao nosso redor, é
importante que um homem com a experiência de Moshé Yaalon ostente este
cargo", disse Netanyahu ao recebê-lo em seu escritório, em Jerusalém.
Moshé Yaalon |
Por sua vez, Yaalon prometeu determinação
e afirmou que utilizará sua experiência e seus valores para dirigir o
Ministério da Defesa.
Titular de Assuntos Estratégicos, Yaalon é
considerado um dos dirigentes mais radicais no seio do Likud. Ele se viu
envolvido em polêmicas ao falar dos palestinos como um "câncer", da
principal organização pacifista de Israel, Shalom Ajshav, como um
"vírus" e da possibilidade de matar o presidente iraniano, Mahmoud
Ahmadinejad.
No entanto, o novo ministro da defesa
israelense é visto como um dos menos partidários a um ataque ao Irã para frear
o programa nuclear do país.
O posto de número dois no Ministério será
de Danny Danon, provavelmente o deputado do Likud mais polêmico por suas
propostas racistas e antidemocráticas no Parlamento.
"Nosso país enfrenta autênticas
ameaças de segurança, tanto ao longo de nossas fronteiras quanto de inimigos
mais distantes", destacou Danon em comunicado, no qual disse ter aceitado
o posto com "grande responsabilidade".
O até agora titular do Meio Ambiente,
Gilad Erdan, passará à pasta de Defesa Civil e Comunicações, a integrar o
gabinete político e de segurança e a liderar o diálogo estratégico com os
Estados Unidos.
Outras nomeações podem acontecer ainda
neste domingo, em meio a uma "grande tensão no Likud", como colocou
na capa da edição de hoje o jornal "Israel Hayom", pela estendida
sensação que os pactos de coalizão e a aliança com Yisrael Beiteinu deixaram o
partido quase sem assentos de peso no Executivo que tomará posse nesta
segunda-feira.
"Netanyahu nos deixou só as
migalhas", criticou um dirigente da legenda ao rotativo.
O FILÓSOFO
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