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segunda-feira, 27 de julho de 2015

IGREJAS SEM LUCIDEZ






A não ser nos períodos de avivamento, as igrejas experimentam, geralmente, acentuadas transformações até chegarem ao período de estagnação no qual permane­cem indefinidamente, alheias ao que se passa em redor, satisfeitas com tudo e com todos, aceitando todas as fórmulas e méto­dos humanos, oficializando práticas e or­ganizações muito úteis para companhias e firmas comerciais, porém atrofiadoras da vida espiritual, impróprias para a igreja cristã. Faltando-lhe a água da inspiração, a igreja lança-se à procura de sucedâneos, e vai buscar água em cacimba, desprezan­do a água viva.

Antes de ir buscar em cacimba, a igreja passou por períodos e tempos festivos em que bebeu água da sua fonte, isto é, da sua BOA doutrina, da sua revelação, e inspira­ção, do seu zelo pelas almas sem Cristo, amava ao próximo com muita ternura, o apóstolo até afirmou "amai até os vossos inimigos" tendo desejo de santificação e dedicando-se ao serviço com sacrifício voluntário, ideais puros, e fidelidade à revelação divi­na.

Tinha como fonte a Palavra de Deus. Não era um departamento cujos líderes se corrompem por causa de suas posições social/financeira, concilio quem determinava o que devia fazer. Não era o ancião ou o presbitério que impunha suas inovações.




Não era uma assembléia geral ou não que ditava leis. A Palavra de Deus, fonte das águas vivas, quando prati­cada, tem em si todas as vantagens que as cacimbas não podem dar.

O primeiro período da igreja é geral­mente o período dos idealistas, o período do sacrifício, em que o corpo, cansado pelo labor, alegra a alma pelo trabalho realiza­do; é o período em que nem mesmo a car­teira reclama quando é esvaziada para atender às necessidades de outrem; é o período de dar, mas também é o período de receber, de beber das águas da fonte, de beber diretamente da Palavra, numa con­sagração, sem limites, a Deus.

O tempo de sacrifícios para a igreja é também o período mais rico da graça; é quando a água da vida jorra nela mais abundante, mais clara e mais refrescante.

Todos aqueles que provaram as bênçãos desse período, reconhecem com gratidão quanto bem lhes fez a água, a satisfação, o gozo, a experiência e a comunhão que beberam e desfrutaram nesse primeiro perío­do da igreja.

Antes de a igreja chegar à fase de deca­dência estabilizada, passa por um período de transição em que a água da vida não mais corre, em que há somente lembrança dos dias em que as bênçãos transbordavam até alcançar os lares e os membros da família. Os pais crentes que serviam a Deus fielmente na igreja bebiam da água da vida que ali havia e recolhiam bênçãos tão abundantes, que o lar sentia seu refle­xo.

"Quando os que comandam perdem a vergonha, os obedecem perdem o respeito."

GEORG LICHTENBERG




Os filhos talvez não bebessem direta­mente dessa água, mas a água que os pais bebiam corria neles como um caudal re­frescando e regando.

O início da decadência é o início das trevas:

"Não há mais o interesse vivo pela obra do Senhor; rareiam os abnegados que tudo sacrificaram para servir à causa de Cristo; não há mais ninguém disposto a so­frer pela causa do Evangelho: ninguém mais enfrenta a mofa e o desprezo por amor a Cristo; não existe a fé dos heróis que escolhem ser perseguidos com o povo de Deus a ter o gozo passageiro do mundo".

Este é o período dos poços secos por falta de serem conservados. É o caminho aberto para chegar a beber águas de cacimba imundas.

A igreja que chega à fase da vida artifi­cial e formalista, já perdeu o privilégio de beber a água viva. Só tem a aparência de que vive. Vai beber em cacimba. O culto pleno de vida e bênçãos não existe. O dese­jo de aprender mais e mais de Deus desa­pareceu dos corações. Os testemunhos vibrantes e inspirados nem ao menos são conhecidos. As conversões de almas são coisas raras. Pois não se pensa mais nisso. Disciplinas aplicadas são de almas relegadas ao ostracismo a repugnância, o descaso e o desamor.  Os princípios rígidos de doutrina e moral des­moronaram. Ninguém mais honra a pala­vra empenhada:

É o tempo do descrédito na igreja.

igrejas que possuem maiores e mais complicada burocracia do que algumas re­partições públicas.

Possuem campanhas para construções, movimentos para congressos de homens, de senhoras, de jovens e crian­ças. Têm departamentos de educação, de ação so­cial, de missões; federações de todos os ti­pos; institutos que tratam de tudo. Menos de evangelizar as almas. Ante uma máqui­na tão complicada a funcionar numa igre­ja, seria de esperar que o rendimento espi­ritual fosse apreciável, e que não faltasse a água viva.

Mas, querido leitor, todo esse mecanis­mo é artificial e estranho á igreja de CRISTO: É água de cacimba que entorpecem a vida do povo do Senhor.

A igreja tem a Bíblia, a Palavra de Deus, para dar água viva a todos os seden­tos. A água viva da igreja e do cristão é o Evangelho, e só nele há a verdadeira água da vida.





Quando a igreja perde a visão da reve­lação e bebe em cacimba, sua vida se alte­ra e pode chegar a deixar de ser testemu­nha de CRISTO, para ser pedra de escândalo e tropeço.

A igreja cristã verdadeira, que deveria ter a revelação do Evangelho, basta-se a si mesma, porque bebe da fonte da água viva. O poder da graça é a sua vida e o seu êxito; não neces­sita transportar para dentro de suas portas o mundanismo, a moda, o desamor, inovações ou cacimba:

Ela tem a água vi­va.

A tentação de imitar os vizinhos ou de querer superar os demais, leva a igreja a desprezar a fonte da revelação, para acei­tar, em seu lugar, as cacimbas que muitas vezes contêm águas pútridas e mortíferas. A fonte da graça tem águas vivas que con­tinuamente se renovam, enquanto que as cacimbas semeiam a morte espiritual.

Todos quantos lerem estas linhas têm responsabilidade diante de Deus no que concerne à vida espiritual. Há para todos uma parcela de culpa se beberem ou se concorrem para que outros bebam em cacimba.

Como membros do corpo, formam-se a igreja. Portanto, igrejas voltem à fé dos antigos, voltamos a beber da água da vida, que é CRISTO mesmo.

O FILÓSOFO
TAMBÉM
DR. EM TEOLOGIA
                        

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