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quinta-feira, 2 de julho de 2015

SONOLÊNCIA ESPIRITUAL





Antes de censurarmos a insistência dos apelos em favor do retorno à fé e à prática cristã dos dias apostólicos, seria muito útil que lêssemos a Epístola de Paulo aos Gála­tas, e, como complemento, para maior cla­reza, olhássemos também cuidadosamente os capítulos segundo e terceiro do livro do Apocalipse. Ali estão descritas as causas determinantes das advertências que Deus fez às igrejas que começaram a coxear.

A razão da chamada à fé era o desejo da parte do Senhor, de que essas igrejas vol­tassem a viver, a florescer e a crescer na or­dem espiritual, e não somente na abun­dância e grandeza materiais. Para tanto, era necessário voltar ao lugar da queda, e ali iniciar nova jornada. - Acaso persistem, hoje, as mesmas circunstâncias e os mes­mos perigos para a igreja, como nos fins do primeiro século? - Existem, sim, e agrava­dos de outros males não mencionados nas advertências aos cristãos daquele tempo, mas expressos nos fatos e na conduta da igreja ou das igrejas na atualidade.

Há forças ocultas interessadas em ne­gar a realidade dos acontecimentos; há o comodismo criminoso a justificar os des­vios e a aceitar todas as facilidades iníquas do caminho largo. Contrariar essas forças é expor-se a sofrer perseguições e desprezo; porém, o estado de alarme deve ser procla­mado, antes que seja demasiado tarde.

A verdade inegável é que nem tudo cor­re placidamente na vida das igrejas. Se é certo que nem todas as igrejas apostataram da fé. também é certo que muitas ser­vem a dois senhores, e outras já estão acor­rentadas pelo formalismo e pelo mundanismo.

Em alguns países há igrejas cuja luz são trevas: aceitaram e adotaram todos os hábitos do mundo, inclusive jogos, diver­sões e linguagem mundana. A única dife­rença é que tais coisas são praticadas por seus membros, à sombra da própria igreja, no seu patrimônio, o que agrava ainda mais o pecado diante de Deus: são a vergo­nha da Cruz.




No Brasil, já vão despontando também essas idéias maléficas de agregar às igrejas esse apêndice apodrecido que infecciona a vida dos membros do corpo de Cristo.

Se as igrejas não despertarem e não se conservarem orando e vigiando, fatalmen­te serão arrastadas para o barato.

As advertências do livro do Apocalipse tinham por finalidade despertar as igrejas que entraram em estado de sonolência es­piritual. As advertências que aqui ficam têm idêntica missão. Ainda há tempo de consertar as relações com Deus. As igrejas que conservam elevado o seu padrão espi­ritual, que cuidem em não descer! Que prossigam para o alvo soberano! As que já estão à beira da falência, que voltem à fon­te de Luz, e sua vida renovar-se-á: seu tes­temunho passará a ser luz no Senhor!

Seria um crime contra a santidade de Deus, agora que o modernismo e o mundanismo ameaçam a vida, as atividades e o brilho da igreja (Seria um crime, repeti­mos!) não denunciar a aproximação da nu­vem de males que tenta ofuscar a missão da igreja.

Da atitude que os homens tomarem em relação à orientação da igreja, dependerá também o êxito de seu brilho e sua missão na terra.

- Por que insistimos no apelo à luta pe­los princípios verdadeiros do cristianismo?

- Pela mesma razão com que, no passado, o Espírito Santo, por intermédio dos ho­mens de Deus, insistia para que a Igreja conservasse limpas as suas vestes, resplan­decente o seu testemunho e honrada a sua missão na terra...

O FILÓSOFO
TAMBÉM
DOUTOR EM TEOLOGIA


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