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terça-feira, 21 de julho de 2015

O FIM DO MUNDO CRISTÃO






A revista norte-americana Newsweek já a algum tempo publicou uma matéria de capa que provocou muito debate nos Estados Unidos. O título da matéria era:

“The End of Christian America” (O Fim da América Cristã).

Segundo a revista, numa pesquisa, 68% dos entrevistados disseram que a religião está perdendo sua influência na vida das pessoas. Quando dizem ‘religião’ estão se referindo principalmente ao cristianismo. Desde 1990 o número de pessoas que se dizem sem religião quase que duplicou, saindo de 8% para 15%. A principal região a agregar essas pessoas é o Nordeste, a mais rica dos EUA. R. Albert Mohler, presidente do Seminário Teológico Batista do Sul dos EUA, um dos maiores do mundo, disse que o mais triste nisso é o fato do Nordeste ter sido a fundação, a base da religião americana.

Mohler, em artigo publicado em seu site pessoal, lamentou pelo declínio mostrado na estatística assim como sua iminente conseqüência:

“A queda de um país moldado e coberto pelo cristianismo”.

Ainda em seu artigo, Mohler diz que “uma cultura de mudanças está se realizando em torno de nós. Os contornos mais básicos da cultura americana foram radicalmente alterados. O chamado consenso judaico-cristão do último milênio deu lugar a um pós-modernismo, pós-cristão, pós-crise da cultura ocidental, que ameaça o coração da nossa cultura”.

Ao referir-se ao termo citado por Mohler, “cultura pós-cristã”, Jon Meacham, autor da aludida matéria na revista Newsweek, escreveu:

“Isto não quer dizer que o Deus cristão esteja morto, mas que ELE é uma força menor na política e cultura geral como em nenhum outro momento na memória recente. Para surpresa dos liberais – que temem o advento de uma teocracia evangélica – e para o desânimo dos religiosos conservadores - que têm esperança de ver sua fé expressa mais plenamente na vida pública – os cristãos vão agora ver uma diminuição na percentagem de sua representatividade nas populações”.

Meacham continua dizendo:

“Enquanto continuamos a ser decisivamente moldados pela fé religiosa, às políticas e nossa cultura são, no geral, menos influenciadas por movimentos e argumentos de caráter explicitamente cristão do que eram até cinco anos atrás”.

Mas o texto também é sóbrio quando deixa claro que o fato de ter diminuído o número de cristãos não significa que esteja num momento pós-cristão, em discordância com Mohler. Cita a popularidade cada vez mais crescente do pentecostalismo.

No geral, o que se percebe pela matéria, é que uma grande parte do mundo está rejeitando que princípios bíblicos como a Criação ao invés da Evolução, a rejeição do aborto, questões relacionadas a drogas, como o álcool, não devem mais moldar as políticas públicas, sociais e culturais.

Que não chegue o dia em que seja necessário que países como o Brasil – evangelizado em sua maioria pelos americanos – tenha que fazer pelos EUA o que eles fizeram por nós, começar do zero.


O FILOSOFO

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