A revista norte-americana Newsweek já
a algum tempo publicou uma matéria de capa que provocou muito debate nos
Estados Unidos. O título da matéria era:
“The End of Christian America” (O Fim da
América Cristã).
Segundo a revista, numa pesquisa, 68% dos
entrevistados disseram que a religião está perdendo sua influência na vida das
pessoas. Quando dizem ‘religião’ estão se referindo principalmente ao
cristianismo. Desde 1990 o número de pessoas que se dizem sem religião
quase que duplicou, saindo de 8% para 15%. A principal região a
agregar essas pessoas é o Nordeste, a mais rica dos EUA. R. Albert
Mohler, presidente do Seminário Teológico Batista do Sul dos EUA, um dos
maiores do mundo, disse que o mais triste nisso é o fato do Nordeste ter
sido a fundação, a base da religião americana.
Mohler, em artigo publicado em seu site
pessoal, lamentou pelo declínio mostrado na estatística assim como sua
iminente conseqüência:
“A queda de um país moldado e
coberto pelo cristianismo”.
Ainda em seu artigo, Mohler diz que “uma
cultura de mudanças está se realizando em torno de nós. Os contornos mais
básicos da cultura americana foram radicalmente alterados. O chamado consenso
judaico-cristão do último milênio deu lugar a um pós-modernismo, pós-cristão,
pós-crise da cultura ocidental, que ameaça o coração da nossa cultura”.
Ao referir-se ao termo citado
por Mohler, “cultura pós-cristã”, Jon Meacham, autor da
aludida matéria na revista Newsweek, escreveu:
“Isto não quer dizer que o Deus cristão
esteja morto, mas que ELE é uma força menor na política e cultura geral como em
nenhum outro momento na memória recente. Para surpresa dos liberais – que
temem o advento de uma teocracia evangélica – e para o desânimo dos religiosos
conservadores - que têm esperança de ver sua fé expressa mais plenamente
na vida pública – os cristãos vão agora ver uma diminuição na
percentagem de sua representatividade nas populações”.
Meacham continua dizendo:
“Enquanto continuamos a ser decisivamente
moldados pela fé religiosa, às políticas e nossa cultura são, no geral, menos
influenciadas por movimentos e argumentos de caráter explicitamente cristão do
que eram até cinco anos atrás”.
Mas o texto também é sóbrio quando deixa
claro que o fato de ter diminuído o número de cristãos não significa que
esteja num momento pós-cristão, em discordância com Mohler. Cita a popularidade
cada vez mais crescente do pentecostalismo.
No geral, o que se percebe pela
matéria, é que uma grande parte do mundo está rejeitando que princípios
bíblicos como a Criação ao invés da Evolução, a rejeição do aborto,
questões relacionadas a drogas, como o álcool, não devem mais moldar as
políticas públicas, sociais e culturais.
Que não chegue o dia em que seja
necessário que países como o Brasil – evangelizado em sua maioria pelos
americanos – tenha que fazer pelos EUA o que eles fizeram por nós, começar do
zero.
O FILOSOFO
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