A presidenta Dilma Rousseff tem hoje (21)
agenda intensa de compromissos paralelos à Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, além da terceira reunião plenária de
chefes de Estado e Governo. Dilma toma café da manhã com o primeiro-ministro da
Turquia, Recep Tayyip Erdogan, e tem reuniões ao longo do dia com o presidente
do Congo, Denis Sassou-Nguesso, e os primeiros-ministros Julia Gillard
(Austrália) e Wen Jiabao (China).
A equipe da presidenta recebeu 57 pedidos
para audiências bilaterais. Mas, em decorrência das dificuldades de tempo,
Dilma deverá se reunir apenas com sete autoridades. Além das audiências de
hoje, ela se reuniu ontem (20) com os presidentes François Hollande (França),
Macky Sall (Senegal) e Goodluck Jonathan (Nigéria).
Os encontros foram marcados por um
tom de cobrança por parte da presidenta que, no caso da França, esperava mais
empenho em relação aos pontos do texto da conferência que esbarravam em
compromissos financeiros. Dilma lembrou que países africanos contribuíram com
os europeus para a superação da crise. De outro lado, ouviu críticas ao
documento concluído pelos negociadores. Eles estiveram, nos últimos dias, sob o
comando da delegação brasileira que empenhou-se em concluir um documento
conciso antes que os líderes dos países chegassem à conferência.
Anteriormente, estavam previstos um
encontro com o presidente de El Salvador, Mauricio Funes, que é casado com a
brasileira Vanda Pignato, ligada ao Partido dos Trabalhadores, e uma reunião
com cerca de 50 representantes da União Africana. Mas esses compromissos
não foram incluídos na primeira agenda da presidenta que, no entanto, pode ser
alterada.
Dilma quer assegurar aos africanos que,
assim como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quer manter uma relação
privilegiada com a África, que está entre as prioridades da política externa
brasileira. Desde que assumiu o governo, ela visitou Angola e Moçambique, mas
pretende ampliar as viagens para outros países da região.
Os líderes africanos reiteram que
pretendem fortalecer as relações com o Brasil e a América Latina, pois
acreditam que os continentes têm semelhanças. Para os africanos, a globalização
aproxima os países de tal maneira que há uma tendência também à ampliação da
classe média na África, como ocorre no Brasil.
Uma das preocupações dos africanos
é com o crescimento populacional, pois a estimativa é que em breve a África
tenha 2 bilhões de habitantes. Eles querem desenvolver parcerias para
implementar a agricultura tropical, aproveitando a geologia da região que é
semelhante à do Brasil, e trocar experiências para a transferência de
tecnologias.
O FILÓSOFO
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