O combate à corrupção sempre foi um sonho acalentado pela sociedade em conjunto.
Na individualidade de muitos, contudo, prevalece o famoso jeitinho brasileiro que termina por admitir a prática e, muitas vezes, até fazer parte dela. Os militares, ao assumirem o poder em 1964, tinham como metas principais barrar o suposto avanço comunista, conter a inflação e acabar com a corrupção nos negocios públicos. Não tiveram sucesso, embora tenham concentrado esforços no momento inicial.O governo do Marechal Castello Branco foi pródigo na tentativa de alcançar este objetivo. Centenas de deputados, prefeitos e vereadores foram cassados por suposto envolvimento com desvios de recursos públicos.
As denúncias geralmente eram feitas, por adversários politicos. Não havia julgamento. Cassações e prisões obedeciam apenas ao rito sumário da acusação, na maioria das vezes sem provas. Antes da ditatura, os municipios não contavam com repasses regulares de recursos. Os prefeitos eram obrigados a fazer a despesa, contando logicamente com a boa vontade de servidores, fornecedores e construtores, para só depois apresentarem a conta ao governo federal.
Foram os militares que criaram os Fundos de Participação. De lá para cá a corrupção só fez aumentar. As cassações e prisões ocorridas no começo da chamada Redentora foram tidas posteriomente como injustas.
DERI SOUSA
(Um dos aspirantes ao Grupo dos 13)
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