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Em sua fase inicial podemos considerar a prática jornalística na internet como uma transposição de outras mídias, principalmente de jornais impressos, em que o jornalismo on-line servia apenas como reprodução das publicações dos meios de comunicação de massa.
O uso da web 3.0 com @pollyanaferrari, @jhcordeiro, @samadeu e Sílvia Sardinha; ícones do uso da Internet no Brasil. Queremos aclarear algo sobre da importância das redes sociais para o desenvolvimento da cidadania, e eu, claro, não podia deixar de escrever um artigo sobre o Jornalismo Cidadão.
O artigo propõe o estudo das novas formas de comunicação resultante das tecnologias de informação propostas pela web ou ‘grande rede’. Além das mudanças na prática jornalística, o estudo pretende enfatizar como a participação/colaboração de leitores (internautas) no jornalismo on-line, transforma a cultura profissional e, principalmente, a relação emissor-meio-mensagem-receptor. Os novos produtos midiáticos, entre eles, blogs, redes sociais, como o Twitter, só vem a reforçar a independência e autonomia dos internautas em produzir conteúdos livres e publicá-los.
Este trabalho visa apresentar como simples leitores passam a atuar fundamentalmente em jornais onlines, criando suas próprias notícias e interagindo diretamente com o meio, através de comentários, sugestões etc. Desta forma, mais que adequações e atualizações às novas técnicas do jornalismo (texto curto, tempo real, velocidade e outros), os jornalistas tornam-se mediadores de conteúdos.
Depois de abrir minha cabeça e absorver um monte de coisa nova, assim eu me pergunto:
"Como as pessoas participam do jornalismo através das redes sociais?".
Para se entender o artigo "Jornalismo Cidadão na Internet”, o internauta já pode ser considerado um repórter que passa produzir notícias, ou seja, aumenta o número de vozes na mídia e amplia a esfera pública descrita pelo nosso querido Habermas.
Para identificar esse processo de interação utilizam-se noticiários produzidos por leitores em jornais onlines como objeto (estudo de caso), buscando identificar como, ou, até que ponto, o jornalismo participativo confere maior identificação e proximidade do jornal com o seu público, ‘facilitando’ o processo de comunicação.
Em conseqüência e adequação às características próprias da web, desencadeia-se o jornalismo participativo, em que a elaboração, produção e edição de notícia é desenvolvidas por usuários comuns, quando os mesmos tornam-se produtores de conteúdo jornalístico em potencial.
Mas no decorrer das notícias, os textos enviados pelos cidadãos-repórteres são incluídos para ilustrar mais detalhadamente os fatos e também para apresentar o posicionamento das pessoas que vêem cada situação sob diferentes olhares do que talvez fosse produzido por jornalistas profissionais.
Vale destacar também que, segundo abordam Primo e Träsel (2006), o jornalismo on-line participativo surge com o papel de cobrir o que falta em publicações dos meios tradicionais, já que sobre o jornalismo praticado nos mesmos, ganham maior peso ou ‘espaço’ conteúdos de grande repercussão social, política e econômica. Já no jornalismo praticado na internet e aberto à participação de usuários comuns, o conteúdo é pautado pela necessidade e apelo popular, tendo livre espaço para veiculação de temas que fogem ao padrão pregado anteriormente e viabilizam a personalização, na qual busca-se atender os interesses específicos de cada leitor.
@Samadeu não vê muito diferente, além de grande defensor do software livre, ele chegou a comentar a respeito de alguns livros existentes na NET, que, apesar de não ter postado os nomes de livros aqui no FOLHAS DE CAMPO MAIOR já baixei um artigo do mesmo autor: "comunidade transnacional imaginada-virtual".
Para a simpática @pollyanaferrari, o uso das redes sociais vem impactando não só na sociedade em si, mas também na nossa conhecida Democracia que vai se moldando e se transformando junto da web. Segundo a pesquisadora, o desenvolvimento das novas tecnologias de informação permitem o surgimento de uma Democracia Social de forma espontânea.
Portanto, o presente artigo entende o jornalismo participativo na internet como emergente das Novas Tecnologias da Comunicação e como parte essencial do processo de consolidação do jornalismo on-line como produto emergencial em seu desprendimento dos meios tradicionais (TV, rádio e impresso). Desconsidera-se aqui a teoria apresentada anteriormente por alguns autores como Lévy (1999), de que o jornalismo on-line seria responsável pelo desaparecimento de outras mídias, até mesmo porque há mais de dez anos de seu surgimento, este novo produto emergencial ainda não alcançou tal efeito e nem deve alcançar. Contudo este artigo compartilha da mesma idéia apresentada por Jenkins (2008), de que ao invés de substituírem umas as outras, as mídias convergem entre si.
Também fica claro aqui que o jornalismo participativo e suas ferramentas não representam ameaça à prática profissional, mas exige novas aplicações no exercício de jornalistas, que passam a ter relacionamento mais interativo e intenso com seu público, tendo também a função de intermediar a colaboração de usuários comuns (internautas/leitores) nos veículos pelos quais respondem, visando zelar pela credibilidade do mesmo, bem como preservar sua identidade como profissional da comunicação.
Eu sei que o assunto é longo, mas como tento não exercitar minha verborragia por aqui, encerro a minha parte, agora jogo o debate pela rede. Você acha mesmo que o Jornalismo Cidadão pode reconfigurar a nossa Democracia?
"Revele sua opinião, comente, critique, faça sugestões, mostre idéias e ideais. Quantas vezes você não procurou uma crítica ou comentário no dia seguinte a um espetáculo ou exposição? Da próxima vez, não espere até o dia seguinte, faça você mesmo a crítica. Um lembrete: é bom ter o cuidado de ser construtivo nessa atividade, já que demolir o trabalho alheio com críticas impertinentes é fácil".
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(Cláudio Abramo)
O FILÓSOFO
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