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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

O PROFESSOR


A palavra “professor” deriva da palavra “professar”, e, além de lecionar, significa “declarar publicamente uma convicção ou um compromisso de conduta”. Não por acaso que, convicção e conduta são duas palavras que têm a mesma raiz. Nós, mestres, somos profissionais em vários sentidos: por ensinarmos e por nos comprometermos com condutas de trabalho em uma atividade que exige a contínua exposição de convicções. 


Essa condição também envolve responsabilidades múltiplas, com conhecimentos e procedimentos, especialmente por lidarmos com muitos jovens e crianças e por um tempo longo. 


Precisamos nos lembrar disso, não para nos sentirmos mais importantes do que já somos, mas para termos consciência de que, no desempenho dessa função social, não dá para ignorar limitações pessoais e problemas, ou seja, nossa condição humana.

As responsabilidades de educador, ainda mais complexas, são cumpridas em circunstâncias muito especiais, sob permanente exposição a dezenas de olhares daqueles que pretendemos formarem. 


Aliás, os alunos não são passageiros e não nos consideram somente condutores de classes ou especialistas em Ciências ou Arte. Eles nos enxergam também como alguém que está com blusa colorida sorriso animado, calça amarrotada e olheiras ou tênis novos e expressão impaciente. Da mesma forma, a turma não vê palavras e números surgirem no quadro e converterem-se em sons, mas acompanham a mão firme ou trêmula segurando o giz e o tom grave ou agudo da voz que explica.


Ao sairmos para o trabalho, mesmo preocupados com a nova ruga flagrada no espelho ou a diferença entre o saldo bancário e a prestação vencida, nos investimos da “persona” professoral. Sensível sim, mas profissional.

O FILÓSOFO

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