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sexta-feira, 25 de maio de 2012

FESTAS JUNINAS E UM POUCO DE HISTÓRIA


Milênios antes do cristianismo, nossos ancestrais já reconheciam que a natureza possui ritmos e ciclos inevitáveis de nascimento e morte. Os primeiros pensadores, ao se preocupar em tentar compreender o mundo, sentiam que existia uma sabedoria cósmica, anterior à própria existência dos homens e que era totalmente independente das decisões tomadas pela humanidade. Os velhos homens sábios recomendavam que nós devêssemos procurar a integração com a ordem universal do cosmos. Precisaríamos aceitar a organização cósmica (o logos), reverenciando-a carinhosamente. Há dois momentos no calendário solar em que os ritmos universais são marcantes: os solstícios de verão e de inverno. Desde tempos imemoriais, os homens festejam essas datas com monumentos impressionantes (como o de Stonehenge) ou com festas deliciosas e sensuais.

Festas de solstício. No hemisfério norte, na época em que o cristianismo se consolidava, o solstício de inverno ocorria em 25 de dezembro e o solstício de verão acontecia em 24 de junho. O dia 25 de dezembro, contradizendo o pleno frio e o fato de que se vive à noite mais longa do ano, marca o renascimento: a partir daquela data, o Sol - vagarosa e inexoravelmente - ampliaria o seu percurso diário, vencendo as trevas. O dia 24 de junho, que era o dia mais longo do ano, expressa o auge do convívio, da fertilidade e da alegria; é o momento de se alimentar com guloseimas e de se purificar saltando sobre uma fogueira em que se atiram substâncias com efeitos sobrenaturais. As festas de solstício, consagradas pela sabedoria popular e pela filosofia grega, marcam a comunhão com a ordem universal, externa ao domínio humano. Os gregos festejavam os solstícios com bebedeiras homéricas e orgias dionisíacas. 

São João (que é festejado no Brasil com fogueiras, quadrilhas, comida, bebida, danças, jogos e adivinhações) provavelmente rejeitaria o estilo dos festejos criados para homenageá-lo. As festas juninas (que têm no dia de São João o seu ponto alto) são dionisíacas, celebrando o mistério da renovação da natureza. Em dia de São João, os convivas não se preocupam com os dogmas que envolvia a festividade, mas em reverenciar os ciclos existenciais dirigidos por uma ordem universal, anteriores à própria existência da espécie humana.

Mas não há como negar que a força dos rituais de alimentação, o arrasta-pé sensual, o “quentão”, a vontade de adivinhar quem vai casar e o calor da fogueira indicam que, na batalha ideológica das festas de junho, a vitória é da carne.

Santo Antônio tornou-se o legitimador de conjunções carnais; as procissões foram substituídas por quadrilhas; a roupa de caipira substituiu o traje litúrgico; heróis ibéricos, cavalhadas e os rojões que simbolizam as armas dos cavaleiros medievais. 


O Festival Folclórico Campo Maior começa dia 31 na Praça dos Bona Primo 80 quilômetros de Teresina com apresentação de danças, quadrilhas comidas típicas. A Prefeitura montará estrutura de palco e arquibancadas para receber o público no arraial junino.

O prefeito de Campo Maior, Paulo Martins representado pelo incansável Secretário Ulisses Raulino, destaca que o Festival Folclórico valoriza a cultura e a criatividade do campomaiorense, seja nas danças, nos folguedos. Ele lembra que todos os anos, antes da festividade oficial do festejo Junino, são as quadrilhas que começa os ensaios que abrilhantam a festa folclórica.

“O Festival Folclórico é reconhecidamente uma festa popular que a cada ano toma proporções maiores, movimentando a economia com geração de emprego e renda para a população”, disse Ulisses Raulino.


Ele ressalta que o evento leva os atributos de Campo Maior para o mundo por meio dos muitos turistas atraídos pela festa. Paulo Martins convida os turistas e moradores da cidade e cidades vizinhas a prestigiarem as festas que Campo Maior realiza todos os anos e que cresce a cada evento.

O evento do dia 31/05/2012 reunirá autoridades locais e centenas de pessoas para assistir à apresentação das bandas de qualidade que virão. São brincantes vindos da zona rural, com o apoio estrutural e logístico da prefeitura. Para a brincante Jane Maria a iniciativa mostra o compromisso, respeito e valorização cultural do povo do interior.

“As pessoas podem esperar um grande espetáculo dos nossos brincantes”, disse a professora. 





O FILÓSOFO

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