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quinta-feira, 24 de maio de 2012

NO MEIO DO CAMINHO TEM 2012



Todo cuidado é pouco, embora não se deva abrir mão de projetos partidários legítimos. Em toda parte as forças políticas miram 2014, quando haverá novas eleições gerais, onde pontificarão as disputas pela presidência da República e governos estaduais. Mas no meio do caminho têm 2012 que envolve acirrada concorrência pelo poder local.

A equação é simples: partidos que alimentam pretensões futuras procuram acumular forças agora. E estão certos.

Mais: coalizões amplas, como a que apóia a presidenta Dilma e governantes estaduais se dividem em lados opostos no pleito municipal vindouro. Impossível juntá-los todos num projeto unitário. Natural e compreensível.

Outra: eleições municipais na tradição brasileira são, por natureza, acirradas. Muitas vezes as legendas partidárias ficam a segundo plano, ofuscadas pela guerra entre remanescentes de clãs locais.

Como compatibilizar uma coisa com a outra – contradições, divergências e disputas imediatas com manutenção da ampla frente no pleito seguinte? Não é fácil, e não há fórmula nem manual de instruções. Mas há o imperativo do bom senso, do equilíbrio, da serenidade. E grandeza no respeito às diferenças, na convivência o quanto possível pacífica no transcurso da peleja. A democracia se aprimora assim.

Mas as tensões estão no ar. Cá no Reino da Dinamarca, com o risco de a incontinência verbal de vários a contaminarem o ambiente. E o pano de fundo é precisamente o fato de que o governador não será mais candidato à reeleição pelo simples fato de ser alcunhado de inimigo da educação com justa razão, o que aguça o desejo de lideranças e partidos que se sentem credenciados e minimamente fortalecidos para aspirarem à cabeça da chapa majoritária em 2012. E aqui em Campo Maior cada um procura ampliar suas hostes desde já, através da eleição de prefeito e vereadores.

Ocorre que partidos unidos em torno dos projetos nacional e estadual, portanto convergentes politicamente, se diferenciam na abordagem dos problemas do nosso municípios. A parte cabe no todo, em princípio sem problemas. Dá para atravessar a ponte sem cair no rio.

Mas aí é que entra a necessidade de descortino político, habilidade e tolerância.

Do contrário, seqüelas ficarão -algumas delas irreparáveis-, antecipando prematuramente a contenda de 2014 e abrindo fissuras que podem dividir e enfraquecer a ampla frente em prol de nossa cidade de Campo Maior, dando ocasião a que a adversários saiam da frágil situação em que se encontra.

O FILÓSOFO

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