Parecia que Corinthians e Vasco iria para os pênaltis. Jogo muito tenso. Gritos apaixonados e às vezes sufocados de mais de 30 mil torcedores no Pacaembu. Um típico jogo de Copa Libertadores: pegado, estudado, com muito respeito de ambas as partes. Emocionante. Mas, eis que aos 42 minutos do segundo tempo, quando milhões espalhados no Brasil já se preparavam para as sempre emocionantes cobranças de pênaltis, vem o gol salvador de Paulinho no fim do segundo tempo, alimentando o sonho do clube paulista e exterminando o desejo vascaíno do bicampeonato da Copa Libertadores da América.
Para o jogo, ambos os técnicos, Tite e Cristóvão Borges, optaram por colocar os mesmos times que começaram a primeira partida. O atual campeão brasileiro, com a escalação habitual: Ralf e Paulinho controlando a primeira e segunda linhas do meio de campo e Alex mais à frente, encostando nos atacantes Jorge Henrique e Emerson. O Gigante da Colina, por sua vez, com Juninho e Diego Souza com a função de abastecer Alecsandro e Eder Luis.
O primeiro tempo mostrou em seu início um Corinthians jogando mais pelo lado esquerdo, enquanto o Vasco buscava a velocidade de seu camisa 7 nos contra-ataques e tentava aproveitar em cobranças de falta do Reizinho. O duelo se mostrava cauteloso, com poucos chutes. Os visitantes, ao contrário dos donos da casa, distribuíam de igual forma as jogadas por ambas as laterais, explorando bem as subidas rápidas de Fagner e Thiago Feltri. Resumiu-se, a primeira metade, a muita marcação e dedicação defensiva dos dois.
Na volta do intervalo, o Corinthians, obedecendo às ordens de seu treinador, passou a explorar e permanecer mais no campo ofensivo. Tal consistência no ataque rendia num abafa alvinegro, prensando o Vasco atrás e marcando as saídas para os contragolpes cruzmaltinos — isso incluía também a grande área da zaga de Fernando Prass. Até Eder Luis, esperança nas respostas da equipe da cruz de malta, se mostrava sumido.
Cristóvão pôs Carlos Alberto e Felipe nos lugares de Eder e Feltri para cadenciarem mais a partida e frearem o ímpeto dos paulistas. O camisa 6 voltou à sua velha posição, a lateral esquerda, mas, mesmo tentando, não segurava a agilidade de Jorge Henrique.
E, aos 42 do segundo tempo, o lance crucial, após muita insistência no segundo tempo: cobrança de escanteio de Alex para a cabeça de Paulinho, que guardou: 1 a 0 e classificação.
O FILÓSOFO
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