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Governo do Estado vai encaminhar na próxima semana à Assembleia
Legislativa a proposta de reajuste salarial de 22,23% para os
professores do Estado, que decidiram anteontem suspender a greve nas
escolas da rede estadual. Por enquanto, o aumento que está em vigor é o
de 8% que foi aprovado no Legislativo. Parte dos professores já voltou à
sala de aula e uma outra parcela manteve a greve e continua acampada na
Praça da Liberdade, ao lado do Palácio de Karnak. O secretário de
Educação, Átila Lira, informou que a partir de segunda-feira, vai chamar
os professores substitutos à medida da necessidade.
A mensagem que será encaminhada à Assembleia Legislativa substitui a proposta já aprovada no Poder Legislativo, de reajuste de 22% para os professores dos níveis A e B, que concentra cerca de apenas 10% da categoria, segundo o Sindicato dos Trabalhadores na Educação. Os demais professores tiveram 8% de aumento. Depois de negociação com o comando de greve, ainda na semana passada, o governo decidiu reformular o aumento, com a garantia de que nova mensagem seria encaminhada à Assembleia - dado o aumento de 22,23% de forma escalonada em quatro parcelas, fechando os 22,23% em outubro.
Como os professores rejeitaram a proposta, o governo suspendeu o envio da mensagem. Ontem, com o fim da greve, o governo confirmou que encaminhará a proposta à Assembleia. Átila Lira disse ontem que as aulas estão normais, mas o que estiver faltando será ajustado a partir de segunda, com a chamada dos professores substitutos, para acabar de sufocar a greve da categoria. Vamos ver o que ainda é preciso, comentou o secretário de Educação. O secretário frisou que os professores não voltaram 100%, mas a partir de segunda, quando verificarem quantos voltaram e quantos substitutos precisam, vai convocar os substitutos.
Os grevistas poderão responder com o corte do ponto e processo administrativo disciplinar, podendo resultar em demissão por abandono do emprego. Um grupo de professores segue afirmando que a greve continua, depois de 76 dias de paralisação. Eles continuam a manifestação e dizem que a greve é por tempo indeterminado, até o governo pagar o piso nacional retroativo a janeiro e retirar a incorporação da regência da proposta de aumento. Os professores garantem que o movimento é independente e que o Sinte não representa mais a categoria.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Educação do Piauí (Sinte-PI), Odeni Silva, foi agredida ao tentar articular o fim da greve na assembleia da categoria, na última quarta-feira. Ela fez registro de um boletim de ocorrência na polícia e anunciou que está ajuizando ação por danos morais e agressão contra alguns professores que militam no movimento contrário à direção do sindicato.
O FILÓSOFO
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