Do site da revista Carta Capital
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, na quinta-feira 5 de maio de 2011, a realização de um plebiscito no Pará para o desmembramento do estado em duas nova unidades federativas: Carajás e Tapajós. A idéia é antiga e tramita no Congresso há mais de dez anos.
A proposta de criação de Carajás segue direto para promulgação pelo presidente do Senado, José Sarney, e o plebiscito terá de ser feito num prazo de seis meses. Já o projeto sobre Tapajós deve regressar ao Senado porque sofreu modificações na Câmara. Os parlamentares que defendem a proposta afirmam que o melhor é esperar que a proposta de Tapajós tramite pelo Senado para a realização de um único plebiscito no estado. O líder do PDT, Giovanni Queiroz (PA), apóia a criação dos novos estados e afirmou que já há emenda de 8,6 milhões de reais para a realização da consulta popular.
Deputado pelo PSOL, Chico Alencar (RJ) foi o único a se manifestar em plenário contra a proposta. “É preciso ver se estas novas áreas, que demandam um enorme aparato administrativo, são sustentáveis economicamente”, disse. Ele ressaltou que tramitam no Congresso outras 11 propostas de desmembramento de estados para a criação de novas unidades administrativas.
Queiroz, por sua vez, citou a criação recente de outros dois estados brasileiros, Mato Grosso do Sul e Tocantins, como prova de que a divisão permite o desenvolvimento de regiões mais carentes em um estado. “Tocantins era antes o corredor da miséria goiana”, enfatizou.
Caso aprovado, Carajás ficará no sul e sudeste do Pará e terá como capital Marabá. Tapajós, por sua vez, ocupará a região oeste do estado e sua capital será Santarém.
É preciso mesmo a criação dessas novas unidades da Federação?
Ou serão mais currais eleitorais?
O FILÓSOFO
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