Representantes de vários sindicatos participaram ontem, em Teresina do "Dia Nacional de Mobilização", organizado pela Central Única dos Trabalhadores - CUT em todo o Brasil. Durante o ato, que começou na Praça Rio Branco e terminou no Palácio do Karnak, foi lançada a Jornada Nacional para a Educação Avançar, que sai em defesa da implantação do piso e da carreira dos profissionais da educação.
"Esperamos que esse Plano Nacional seja votado e que a partir daí a carreira do magistério possa ser mais atrativa. O piso nacional aprovado é de R$ 1.513 e estamos recebendo R$ 1.187", destacou a vice-presidente do Sinte-PI (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Piauí), Zeneide Machado.
Ela afirma que o reajuste concedido aos professores não vem sendo linear. Em março desse ano a categoria conseguiu um aumento de 15,84% no Estado, retroativo a Janeiro. "No entanto, esse percentual não foi linear para todas as classes. No magistério, por exemplo, o aumento foi de R$ 163 e ainda estão pagando um retroativo em 12 parcelas, de R$ 27", explicou. A data base dos professores é em janeiro e até lá o sindicato promete realizar várias mobilizações.
O presidente da CUT no Piauí, Manoel Rodrigues, destacou algumas das bandeiras levantad as nesse dia de mobilização. A primeira delas diz respeito ao reajuste que, segundo ele, tem que ficar acima da inflação, pois só assim representa um ganho real para os trabalhadores. Outro ponto de destaque é a defesa pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais. "Dessa forma serão reduzidos os acidentes no trabalho e o trabalhador ainda ganha tempo para se qualificar", justifica.
Especificamente, o movimento pede a aprovação do Plano Nacional da Educação, garantindo o que já foi determinado em emendas parlamentares anteriores. "Uma das emendas diz que deve ser aplicado 10% do PIB (Produto Interno Bruto) na educação. Hoje esse percentual chega a 5%", completa. A CUT defende ainda o cumprimento da lei que instituiu o piso salarial dos professores e na área da saúde pede uma solução para o caos encontrado nas emergências. "Essas questões vamos cobrar do governador, no Palácio do Karnak".
O Presidente do SINTETRO-PI (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários do Piauí), Francisco das Chagas Oliveira, ressaltou que os motoristas e cobradores estão entre as categorias mais prejudicadas pela jornada excessiva de trabalho. "Defendemos a redução da jornada para 36 horas. Os motoristas possuem uma rotina estressante, trabalham à noite e estão sujeitos aos acidentes", destacou. Também participaram da mobilização representantes dos bancários, dos servidores federais e da construção civil.
O FILÓSOFO
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