O que esta greve oculta na faceta de
amigos e todos pela escola, é a real necessidade do direito democrático e
popular do povo brasileiro de exigir e lutar por/pela:
- uma educação pública de
qualidade com o compromisso do Estado de cumprir com sua função republicana de
destinar uma verba compatível com aquilo que recebe de impostos de sua
sociedade. O PIB para a educação já.
- condições dignas de trabalho
e de remuneração para os educadores e funcionários públicos da educação, que
têm atuado, a partir de pisos salariais que recebem como manda a lei e pela
justiça social.
- Com um piso salarial digno e
conforme a lei ordena conjugado com a garantia de acesso-permanência da criança
e do jovem na escola e de uma aprendizagem de saberes múltiplos que remetam o
papel essencial da escola na vida destes sujeitos. A escola como espaço
fomentador de beleza e cultivo, próprio para gerar algo para além de seus
muros: a realização dos sonhos potencializada pela educação pública de
qualidade.
- realização de uma
alimentação escolar digna. Na atualidade, tanto as crianças como as merendas
são tratadas como recursos em disputa a serem barateados, nem mesmo os
professores está tendo direito a ela, são trabalhadores que se desdobram pela
educação.
- conformação de um serviço
público prioritário, em que não se terceirizem funções estratégicas do cuidar,
como a limpeza, a segurança e a manutenção geral do ambiente escolar.
3. Sujeitos de
direitos x amigos da escola:
Agiremos em prol da educação
como cidadãos se deixarmos de sermos amigos e passarmos à condição de sujeitos
de direitos e deveres em pé de igualdade. Isto requer ver a escola não a partir
do que cada um possa dar, mas pela instituição do caráter legítimo e legal de
que todos devem ter acesso à educação de qualidade, como direito.
Tomar as ruas, lutar por
direitos, exercer o direito de greve, assumir bandeiras coletivas, eis a função
social real de nos movermos todos pela educação.
Gerar um antivalor à educação
projetada pelo capital, associado à governança pública, cuja ação é a de
substituir direito por benevolência, o pagamento do piso e um direito adquirido
não um recursos públicos por trabalho voluntário, mas por lei federal e por consciência
de classe por doação individual de seus saberes.
A movimentação social da
educação piauiense, há mais de 79 dias em greve, nos dá ares reais da
necessidade de reversão do histórico quadro de precarização da educação
pública. Mexeu com o professor, mexeu conosco em qualquer parte do País e do
mundo!
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