Centenas de professores aguardam do lado de fora, a reunião entre o
governador e o Sinte, com protestos.
Um grande tumulto se formou com a chegada do Corpo
de Bombeiros e do Gate na manifestação. Os professores queriam impedir que os
bombeiros apagassem o fogo dos pneus, que estão colocados na avenida Frei
Serafim.
O Samu chegou para levar a professora que disse que
vai fazer um Boletim de Ocorrência (BO) contra o deputado Antonio Uchoa. Ela
garante que era ele quem estava volante na hora do atropelamento.
Populares confirmam a versão da professora de que
seria o deputado conduzindo o carro, uma Hillux, que teria aberto o vidro e
parado após o atropelamento, mas como todos começaram a bater no veículo, teria
arrancado novamente.
O major Lucena tenta negociar a desobstrução das
vias e avisa que a Polícia Militar só está no local para evitar maiores
tumultos.
Às
11h30 a professora Germani Maria
Torres, 45 anos, lotada na unidade escolar Maria da Conceição, no bairro
Renascença II, zona Sudeste de Teresina alega ter sido atropelada pelo carro do
deputado estadual Antônio Uchoa, durante os protestos na avenida Frei Serafim,
ao lado da Igreja São Benedito. Ela está com um corte na perna.
“Ele jogou o carro para cima de mim. Foi de
propósito. Ele tinha me visto”, declara a professora aos gritos e com a perna
cortada.
Os grevistas estão revoltados com a atitude do
motorista e começaram a queimar pneus na rua.
Os representantes do Sinte continuam reunidos com o
governador dentro do Palácio de Karnak. A reunião que estava prevista para
iniciar às 9h30, começou com mais de uma hora e meia de atraso.
Às
11h19, cerca de 500
professores da rede estadual de ensino realizam uma grande manifestação ao lado
do Palácio de Karnak, na manhã desta quinta-feira(03). Pelo menos duas ruas
foram interditadas e o policiamento foi reforçado.
Os professores fecharam a avenida Frei Serafim ao
lado da Igreja São Benedito e a rua Paissandu que passa atrás do Palácio de
Karnak e usam carro de som, cadeiras no meio da rua e apitos na manifestação.
Eles aguardam o desfecho de uma reunião que acontece com o governador Wilson
Martins, o secretário Átila Lira, o Ministério Público e representante do
Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte).
Por conta do grande número de pessoas, a segurança
do Palácio de Karnak foi reforçada e a promotora Leida Diniz passou cerca de 40
minutos tentando entrar para a reunião.
As ruas no entrono da avenida Frei Serafim já estão
engarrafadas por conta da aglomeração e o trânsito está parado. A greve dos
professores já dura 63 dias e eles reivindicam o piso salarial nacional para a
categoria.
A professora Antonia Ribeiro disse o trânsito está parado por culpa do
governador e o professor Landim Neto disse que foi agredido por policiais
do Karnak que ameaçou jogar spray de pimenta nele.
Muitos cartazes apontam os “Inimigos da Educação
Pública no Piauí”, com fotos dos 20 deputados que votaram a favor do reajuste
abaixo do piso nacional, além das fotos do governador e do secretário de
Educação.
Reunião no Karnak
O governador Wilson Martins (TRAIDOR) disse que sabia que uma
minoria está fazendo parte do movimento, mas que em respeito aos professores
estava abrindo uma negociação. Ele reafirmou que o Estado não tem condições
financeiras de dar um reajuste de 22% linear para os professores.
Participam da reunião o secretário de Administração,
Paulo Ivan, Procurador Geral do Estado, Kildere Rone, o secretário de Educação,
Àtila Lia, a presidente do Sinte, Odeni de Jesus e uma comissão de professores.
O governador Wilson Martins fez um apelo para que
os professores voltem para sala de aula. A reunião continua e pode haver avanço
em outras propostas.
O FILÓSOFO
Nenhum comentário:
Postar um comentário
OBRIGADO POR DEIXAR UM COMENTÁRIO PARA O FOLHAS DE CAMPO MAIOR