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terça-feira, 8 de maio de 2012

ESTUDAR AINDA É POUCO ATRAENTE NO BRASIL.




Uma das políticas centrais do governo de Dilma Rousseff, a educação profissional não tem interessado tanto aos jovens como se poderia esperar. A pesquisa "As razões da educação profissional: olhar da demanda", divulgada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), em Brasília, mostra que 77,5% dos entrevistados nunca freqüentou um curso profissionalizante, seja de nível básico, médio ou tecnológico. A maioria deles por falta de interesse.

Segundo o estudo, entre 2004 e 2010, o número de pessoas com cursos profissionalizantes aumentou 77%. Ainda assim, o percentual é baixo: apenas 23% dos jovens passaram por alguma formação, excluindo-se aí o ensino superior. O grande problema é a falta de interesse. Talvez a falta de conhecimento por parte dos jovens> Hoje, quem faz um ensino médio profissionalizante tem um ganho salarial de 14% maior do que quem fez apenas o ensino médio regular. Um jovem com uma graduação tecnológica de tres anos recebe 24% mais do que alguém com três anos de bacharelado", afirmou o economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Marcelo Néri, responsável pela pesquisa.

A falta de interesse é apontada como razão principal para não buscar um curso profissional em todas as classes entrevistadas, e cresce na medida em que a renda também aumenta. Apenas nas classes D e E a falta de recursos surge como importante para mais de 20% dos entrevistados.


A pesquisa mantém o padrão de outro estudo sobre o ensino médio, que mostra o desinteresse como o principal motivo para que os jovens deixem a escola. O levantamento, feito pelo Instituto Naciona de Estudos e Pesquisas em Educação (INEO), revelou que 3,4 milhões de jovens brasileiros entre 18 e 24 anos não estudam nem trabalham. Dois terços deles por falta de vontade de frequentar a escola.

O FILÓSOFO

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