Há sempre um risco de resultados imprevistos com novas
invenções — por exemplo, o cenário «gray goo» de que se tenta não falar muito,
no National Laboratory, em Los Alamos, conhecido como berço da bomba atômica.
Los Alamos é líder em nanotecnologia, que procura criar máquinas de nanoescala
(um bilionésimo de metro) concebidas para terem um comportamento semelhante ao
dos ribossomas nas células do nosso corpo, unindo estruturas complexas tais
como proteínas, a partir de compostos mais simples como o nitrogênio, um
componente chave. Nanotecnólogos descobriram que, em circunstâncias corretas,
os átomos de certos elementos se reúnem a si próprios em complexas estruturas;
átomos de germânio, como as claques de futebol de futebol americano, treparão uns sobre os outros para formar uma
pirâmide, desafiando a tendência natural da maioria dos átomos e da maior
parte dos que não pertencem às claques para ceder à gravidade e permanecer no
solo. Esta propriedade de autojunção mostra-se bastante conveniente para todos
os tipos de objetivo em nanoescala, desde criar chips de computador
ultrapoderosos, até bactérias que criam maquinismos infinitesimais injectáveis
na corrente sanguínea para destruir cancros ou infecções.
E se as apetências das nanomáquinas se descontrolassem?
gray goo um reprodutor continuo |
O resultado seria gray goo, um termo inventado
pelo pioneiro da nanotecnologia Eric Drexler, em Engines of Creation. Gray
goo é uma nanossubstância hipotética que se reproduz continuamente até destruir
todo o carbono, hidrogênio e qualquer outro elemento pelo qual sinta forte
apetência e se tenha espalhado pela face da Terra. Imagine-se as peças de uma
caixa de brinquedos, cuidadosamente colocada no tapete apropriado,
juntando-se para formar um robô. Fantástico. Imagine-se agora esse processo
todo baralhado, o robô da caixa de brinquedo n° 1 a fazer o n.° 2 e depois estes
dois a fazerem mais dois e esses quatro a fazerem mais quatro, com os números
duplicando-se aos milhares, milhões, milhares de milhões, num processo
constante até que a matéria-prima mundial estivesse completamente consumida.
Segundo Drexler, as nanomáquinas poderiam esvaziar a
Terra em menos de dois dias. A boa notícia é que alguma coisa surgiria para
destruir o gray goo. A má notícia, claro, é que haveria então gray
goos devoradores desconhecidos com os quais teríamos de lidar.
Salvar o mundo. Destruir o mundo. São ambições bastante
parecidas — ou seja, prova sem sombra de dúvida a afirmação absurda de que a
vida está dividida em duas metades: nós mesmos e o resto do Universo.
Strangelets, pode criar um buracos negros |
Strangelets, buracos negros,
equipando a Terra. Priobots infestando o nosso cérebro. Gray goo engolindo
a Vida tal como a conhecemos. Uma forma demasiado estranha para fazer perder o
sono, mas um homem pode sempre sonhar. Na escola, penei para me apoderar dos
planos dos Marcianos para roubar o meu cérebro. O que se tem de valor deve
estar seguro para o bem de todas as pessoas decentes. E sabe-se lá o mal que
poderia ter-se espalhado se eu tivésse conseguido apropriar dos planos dos
marcianos e pôr a funcionar este esmagador de átomos?
Este é um esmagador de átomos, ou um Vulcan |
Enfim estamos conjeturando algo que hoje é real e não um simples sonho de criança em apropriar dos planos dos marcianos e pôr a funcionar este esmagador de átomos.
A nanotecnologia molecular terá um grande
impacto no campo da medicina em geral.
Dada a complexidade do mundo da medicina, tardarão em evidenciar-se todos os benefícios da nanotecnología nesse campo.
Dada a complexidade do mundo da medicina, tardarão em evidenciar-se todos os benefícios da nanotecnología nesse campo.
No entanto, alguns destes chegarão de
forma imediata.
Mas, os cientistas prometem avançar nas pesquisas, pois estão dispostos
a obter por meio da nanotecnologia, diagnósticos mais precisos sobre a doença,
para que se transforme em um dos pilares principais na sua prevenção,
identificação e tratamento.
As ferramentas de investigação e a prática da medicina serão menos dispendiosas
e mais potentes. Contaremos com sistemas de investigação e diagnóstico mais
eficazes, o que permitirá uma capacidade de resposta mais rápida perante novas
doenças.
Uma quantidade de pequenos sensores,
computadores, e diversos aparelhos de custo reduzido permitirão um controlo
contínuo na saúde dos pacientes, assim como também, no tratamento automático.
Além disso, será possível a existência de diversos tipos e novos de tratamentos.
Desta forma, enquanto os custos de
medicina descem e o tratamento de doenças se torna mais seguro, muitas mais
pessoas em todo o mundo poderão beneficiar desses avanços.
Graças à nanotecnologia na biologia, já existem avanços em tratamentos
pioneiros que por meio de nano aparelhos, é possível identificar tumores
cancerígenos em fases bem iniciais, muito antes que se fossem identificados nos
métodos tradicionais. Além disso, os nano aparelhos identificam as células
malignas com precisão, o que aumenta a eficácia dos tratamentos.
Além disso, outro importante e revolucionário projeto, o do Genoma
Humano, ajuda os estudiosos a conhecerem cada vez mais sobre como a doença se
desenvolve, ajudando a criar novas formas de combater a base das moléculas do
câncer.
Nanotecnologia.
Vale lembrar de que até o momento, os cientistas não contavam com
recursos tecnológicos que fossem eficientes para converter as descobertas
moleculares em ações de combate à doença. É nesse nicho que a nanotecnologia na
biologia se encaixa, isso porque por meio dela pode-se descobrir ferramentas e
recursos para que possam prevenir, diagnosticar e tratar do câncer de uma
maneira mais eficiente, bem como atuar de forma preventiva.
Além disso, não somente no combate ao câncer que a nanotecnologia na biologia pode atuar. Com o seu aprimoramento, é possível unir a nanotecnologia na biologia nas próteses e implantes, deixando-os com menor risco de rejeição, já que as próteses com esse recurso levam o organismo a entender de que se trata de um material biológico, e não um item estranho, evitando que crie defesa nesses locais, o que leva à rejeição.
Além disso, não somente no combate ao câncer que a nanotecnologia na biologia pode atuar. Com o seu aprimoramento, é possível unir a nanotecnologia na biologia nas próteses e implantes, deixando-os com menor risco de rejeição, já que as próteses com esse recurso levam o organismo a entender de que se trata de um material biológico, e não um item estranho, evitando que crie defesa nesses locais, o que leva à rejeição.
O FILÓSOFO
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