Descontraído e, aparentemente,
confiante em uma execução sem falhas do Exame Nacional do Ensino Médio
(Enem) neste final de semana, durante entrevista coletiva nesta
sexta-feira (2) sobre as provas , o Ministro da Educação, Aloizio
Mercadante, se disse satisfeito com a pasta ocupada no governo Dilma
Rousseff. “Espero fazer um ótimo Enem e continuar na pasta que acho mais
importante, que é Educação”, afirmou, ao ser questionado pelo iG se a
eliminação de erros no processo de avaliação de estudantes do ensino
médio seria o seu ‘vestibular’ para mudar de ministério.
O
nome de Mercadante tem sido ventilado nos corredores do Palácio do
Planalto como um dos possíveis na dança de cadeiras que, espera-se,
Dilma fará até o início do ano para comportar aliados políticos, como o
PSD – partido criado pelo atual prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab,
cujo crescimento nas urnas lhe deu peso para uma ocupar a Esplanada dos
Ministérios em 2013.
O
titular do Ministério da Educação (MEC) já foi cotado para assumir a
Casa Civil, no lugar da ministra Gleisi Hoffmann. Eleita senadora pelo
PT do Paraná, ela está sendo cortejada a voltar para o Senado a fim de
reforçar a imagem com vistas à disputa do governo paranaense em 2014.
Mercadante,
contudo, estaria mais interessado em ocupar a Secretaria de Relações
Institucionais (SRI), ministério sob o comando hoje de Ideli Salvatti
(PT-SC). Após o episódio do bilhetinho escrito por Dilma para questionar
a ministra sobre o suposto acordo entre a secretaria e o Congresso para
mudar o Código Florestal, sem autorização da presidenta, Ideli teria
deixado de agradar Dilma.
A
SRI é a preferida por ser uma pasta essencialmente política, na qual o
ministro se sentiria mais à vontade para negociar pautas do governo com o
Congresso. O MEC seria visto como um terreno excessivamente técnico
pelo economista de 58 anos.
Chalita titubeia
O
candidato derrotado nas eleições de São Paulo pelo PMDB, Gabriel
Chalita, está entre os nomes para ocupar o MEC, caso Mercadante saia. A
pasta seria concedida como ‘pagamento’ pelo apoio ao candidato vencedor
Fernando Haddad (PT-SP). Mas o nome do ex-secretário da educação do
governo do PSDB paulista não é unanimidade no Planalto.
O
MEC é visto como ‘grande demais’ para integrar a cota de ministérios
ocupados pelo partido do vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP). O
Planalto pensa em direcionar Chalita para Ciência e Tecnologia (MCT). O
problema, neste caso, é que é há peemedebistas que definem o MCT como
‘pequeno demais’ para ele.ÚltimoSegundo
O FILÓSOFO
Nenhum comentário:
Postar um comentário
OBRIGADO POR DEIXAR UM COMENTÁRIO PARA O FOLHAS DE CAMPO MAIOR