Qualquer apreensão do torcedor corintiano
quanto ao placar do jogo desta quarta-feira contra o Emelec se desfez sete
minutos após a bola rolar no Pacaembu, quando o lateral esquerdo Fábio Santos
abriu a vitória por 3 a 0. O empate com gols era favorável ao rival, contudo a
equipe em momento algum viu a vaga nas quartas de final da Copa Libertadores -
para enfrentar o Vasco, que eliminou o Lanús - ser ameaçada de fato e até
ampliou na etapa final, com Paulinho e Alex.
O resultado derruba tabu de 12
anos, pois desde 2000 o Corinthians não avançava em mata-mata no torneio
sul-americano – depois de eliminar o Atlético-MG nas quartas de final daquela
edição e cair em seguida para o Palmeiras, saiu três vezes nas oitavas (duas
para o River Plate, em 2003 e 2006, e uma para o Flamengo, em 2010) e uma na
repescagem (para o Tolima, em 2011).
O próximo desafio do único invicto na
competição será diante do Vasco. A primeira partida será no Rio de Janeiro, já
que, por terem feito melhor campanha na fase de grupos, os comandados do
técnico Tite levam vantagem de decidir a classificação em São Paulo. Os jogos
serão nas duas próximas semanas, mas as datas ainda não estão confirmadas.
Paulinho anotou o segundo gol, que tranqüilizou o
Corinthians ao longo do segundo tempo de jogo.
O jogo - Se o placar não saiu do zero na partida de ida, o time brasileiro
precisou só de sete minutos para vazar a meta de Dreer no Pacaembu. Alex, que
ocupava a vaga do suspenso Jorge Henrique (expulso no primeiro confronto), fez
um longo lançamento do campo de defesa em direção à ponta esquerda e encontrou
Emerson, que disparou e atrasou para o meio da área. A bola chegou a Fábio
Santos, o lateral disputou com a marcação e tocou na saída do goleiro.
O Corinthians ameaçou o arqueiro do
Emelec em outras três oportunidades antes do intervalo. Na primeira delas, o
volante Paulinho, sempre homem-surpresa, acertou uma pancada de fora da área e
o fez espalmar para escanteio. Depois, foi a vez de Willian surpreender ao
invadir a área em velocidade e desviar, por cima, cruzamento de Emerson.
Por fim, Paulinho ainda acertou cabeceio na trave esquerda.
Apesar do claro domínio, os mandantes
também tomaram breves sustos na etapa inicial. Estreando novo conjunto de
uniformes, todo amarelo, o goleiro Cássio viu o atacante Figueroa receber na
meia-lua da grande área e, de primeira, chutar para fora. O camisa 24
corintiano também quase foi surpreendido por chute da ponta esquerda por estar
adiantado dentro da área. No mais, até aí, o novo dono da posição, que fez seu
segundo jogo como substituto de Julio César, mal trabalhou.
Foi no comezinho do segundo tempo que
Cássio realmente teve que se esforçar. Logo aos dois minutos, Chicão cometeu
falta em Figueroa na altura da meia-lua e cedeu talvez a melhor chance do
Emelec em todo o jogo. Giménez rolou para Valencia, que soltou o pé e fez o
goleiro pular ao canto direito para evitar o empate. Mais tarde, graças à
rápida recuperação da defesa em contragolpe equatoriano, Figueroa teve chute
travado.
Como o ataque do Corinthians pouco
oferecia perigo com Emerson e Willian, a torcida passou a gritar o nome de
Liedson, atacante que deixou o time depois da eliminação no Paulista para
readquirir melhor condição física. Nesse meio tempo, aos 19 minutos, saiu o
segundo gol alvinegro. Chicão cobrou falta da intermediária, Paulinho subiu de
cabeça e mandou a bola no canto esquerdo baixo de Dreer, para muita festa do
banco de reservas, em que Liedson esperou mais sete minutos até substituir o
bastante apagado nesta noite Willian.
O tiro de misericórdia saiu dos pés
de Alex. Aos 40 minutos, o time da casa engatou veloz
contra-ataque e deixou o meia em ótima situação, à frente de Dreer. Ele bateu
firme e anotou o terceiro gol corintiano, tranqüilizando de vez a fiel torcida,
que gritou olé em alto e bom som.
A seqüência até o apito final foi tranqüila.
Precisando do empate, o Emelec não abdicou do ataque, mas também não apresentou
melhora nenhuma que justificasse no mínimo um gol de honra - os equatorianos
até balançaram a rede, só que a arbitragem o invalidou por impedimento.
Vitorioso, o Corinthians finda longo jejum sem sucesso em mata-mata na
Libertadores, passando para as quartas de final pela quarta vez na história
(1996, 1999, 2000 e 2012).
O FILÓSOFO
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