.

.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

PARA LER E REFLETIR..... A MENINA E O PÁSSARO ENCANTADO


Era uma vez uma menina que tinha um pássaro como seu melhor amigo.
Ele era encantado por duas razões:
Ele era um pássaro diferente de todos os demais: era encantado..
Primeiro, ele voltava porque não vivia em gaiolas. Vivia solto. Vinha quando queria. Vinha porque amava.
Os pássaros comuns, se a porta da gaiola ficar aberta, vão-se embora para nunca mais voltar. Mas o pássaro da menina voava livre e vinha quando sentia saudades…
Porque sempre que voltava suas penas tinham cores diferentes, as cores dos lugares por onde tinha voado.
As suas penas eram diferentes por que mudavam de cor. Eram sempre pintadas pelas cores dos lugares estranhos e longínquos por onde voava. Certa vez voltou totalmente branco, cauda enorme de plumas fofas como o algodão…

 Menina, eu venho das montanhas frias e cobertas de neve, tudo maravilhosamente branco e puro, brilhando sob a luz da lua, nada se ouvindo a não ser o barulho do vento que faz estalar o gelo que cobre os galhos das árvores. Trouxe, nas minhas penas, um pouco do encanto que vi como presente para ti.

Certa vez voltou com penas imaculadamente brancas, e ele contou estórias de montanhas cobertas de neve. Outra vez suas penas estavam vermelhas, e ele contou estórias de desertos incendiados pelo sol. Era grande a felicidade quando estavam juntos. Mas sempre chegava o momento quando o pássaro dizia:
A menina chorava e implorava: "Por favor, não va, fico tão triste. Terei saudades e vou chorar..."


"Eu também terei saudades", dizia o pássaro. "Eu também vou chorar. Mas vou lhe contar um segredo: eu só sou encantado por causa da saudade que faz com que as minhas penas fiquem bonitas. Se eu não for não haverá saudade. E eu deixarei de ser o Pássaro Encantado e você deixará de me amar."
E partia. A menina, sozinha, chorava. Mas o pássaro voltava

E, assim, ele começava a cantar as canções e as histórias daquele mundo que a menina nunca vira. Até que ela adormecia, e sonhava que voava nas asas do pássaro.


E foi numa noite de saudade que ela teve a idéia:

"Se o Passaro não puder partir, ele ficará. Se ele ficar, seremos felizes para sempre. E para ele não partir basta que eu o prenda numa gaiola". Assim aconteceu. A menina comprou uma gaiola de prata, a mais linda. Quando o pássaro voltou eles se abraçaram, ele contou estórias e adormeceu. A menina, aproveitando-se do seu sono, engaiolou-o. Quando o pássaro acordou ele deu um grito de dor.

"Ah! Menina... Que é isso que você fez?

Quebrou-se o encanto. Minhas penas ficarão feias e eu me esquecerei das estórias. Sem a saudade o amor irá embora..."

A menina não acreditou. Pensou que ele acabaria por se acostumar. Mas não foi isso que aconteceu. Caíram suas plumas e o penacho. Os vermelhos, os verdes e os azuis das penas transformaram-se num cinzento triste. E veio o silêncio: deixou de cantar. Também a menina se entristeceu. Não era aquele o pássaro que ela amava. E de noite chorava pensando naquilo que havia feito com seu amigo...

Até que não mais agüentou. Abriu a porta da gaiola. "Pode ir, Pássaro", ela disse." Volte quando você quiser..."

"Obrigado, menina", disse o Pássaro."


Irei e voltarei quando ficar encantado de novo. E você sabe: ficarei encantado de novo quando a saudade voltar dentro de mim e dentro de você!

Esta parece uma história para se contar pra criança... Mas não é, está história é pra quem já sentiu saudades, eu não a inventei, só sentei, meditei, escrevi, depois digitei, depois postei e agora você está lendo.

Uma história prá que?


Por que dentro de cada um de nós existe uma criança, e eu vi o desespero de uma criança se despedindo de seu pai, Mas a criança aqui esposta pode ser eu, você, todos nós, portanto está é uma história real, se você está longe se prepare para o reencontro,esqueça as mazelas do mundo, agora é tempo de Natal, tempo que nossos corações estão ansiosos pra rever amigos, familiares, vizinhos, amores, de asas a sua imaginação, seja feliz neste Natal, abraçe, beije diga: "estou morrendo de saudades, durma sonhando, acorde se amando", extravaze, pois É NATAL E ESTAMOS MORRENDO DE SAUDADES... 
R. ALVES.

O FILÓSOFO

Nenhum comentário:

Postar um comentário

OBRIGADO POR DEIXAR UM COMENTÁRIO PARA O FOLHAS DE CAMPO MAIOR