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quarta-feira, 15 de junho de 2011

MENSALÃO: O ESCÂNDALO QUE SUJOU PARA SEMPRE OS NOMES DOS ENVOLVIDOS

Marcos Valério lobista e operador do esquema

A revelação do esquema de corrupção que ficaria eternizado como mensalão completou seis anos na semana passada. Em 2005, descobriu-se que o Marcos Valério, o lobista operador do esquema, havia montado um gigantesco esquema de compra de votos de deputados na Câmara Federal, para aprovar projetos do governo. Cada deputado custava cerca de 30 000 reais ao mês. 

Delúbio Soares
A fatura era paga com dinheiro público, desviado por um esquema criado por Delúbio Soares, e por Marcos Valério, o lobista carequinha. Segundo o Ministério Público, o chefe dessa quadrilha, da qual faziam parte quarenta ladrões, era José Dirceu. Agora, Dirceu e o resto da quadrilha estão sendo processados no Supremo Tribunal Federal. O julgamento do processo no STF poderá ocorrer ainda neste ano. A seguir, relembre detalhes do escândalo – e o que alguns de seus principais personagens têm feito para se livrar da punição.

José Dirceu chefe da quadrilha de mensaleiros
Delúbio Soares e José Dirceu

Ex-ministro José Dirceu chefe dos mensaleiros

O termo mensalão eternizou-se no vocabulário político brasileiro, assim como “marajá” e “maracutaia”. Tudo foi descoberto pouco depois de ser publicado o conteúdo de uma fita em que Maurício Marinho, então chefe de departamento nos Correios, aparece recebendo propina de empresários em nome do presidente do PTB, Roberto Jefferson. Para não cair sozinho, Jefferson revelou em entrevista a um jornal a existência de um esquema de pagamento de propina a deputados da base aliada, conhecido como mensalão. Foi exposta ali a maior e a mais bem organizada quadrilha já descoberta agindo na estrutura de governo.

Ex-deputado Roberto Jeferson mensaleiro cuja coragem ajudou o país a levar aos tribunais a corja total dos mensaleiros.
Ex-deputado José Genuíno e Delúbio soares
Ex-deputado José Jenuíno






































Luiz Gushiken, Palocci e Dirceu

Luiz Gushiken

Luiz Gushiken, mentor intelectual
Com o escândalo Lula demitiu Dirceu, seu homem forte, e Gushiken. O ex-presidente sempre alegou não saber do que se passava nos corredores do Planalto

Como se sabe, entre os 40 acusados, nove tinha posição de destaque. O deputado José Genoíno, processado por corrupção ativa e formação de quadrilha. Além dele, foram denunciados Delúbio Soares,Silvio Pereira, Luiz Gushiken, os ex-deputados José Dirceu, Professor Luizinho e João Magno e os deputados João Paulo Cunha e Paulo Rocha. Em depoimento à CPI dos Correios – cuja instalação o governo tentou, sem sucesso, impedir -, Renilda Santiago Fernandes de Souza, mulher do publicitário Marcos Valério, o operador do esquema, disse que Dirceu não só sabia de tudo como ainda se reuniu com representantes dos bancos envolvidos no caso, Rural e BMG, para tratar do assunto.

Deputados João Paulo Cunha e ex-deputado José Genúino
Depois da denúncia da quadrilha feita por Antonio Fernando de Souza, procurador-geral da República, o ex-presidente explicou indignado como se pôde armar ao seu redor uma quadrilha tão numerosa e organizada. O quebra-cabeça não é de difícil solução.

A denúncia do procurador-geral foi aceita, em 2007, pelo STF. Em um julgamento histórico, que teve como estrela o ministro Joaquim Barbosa, o Supremo colocou no banco dos réus os mensaleiros. 

Ministros do Supremo Tribunal Federal, STF - A CORTE
ministro Joaquim Barbosa
Barbosa fez um voto inteligente. Subverteu a ordem da denúncia preparada pelo procurador-geral da República. No seu voto, abriu com o capítulo 5, porque mostrava a fonte do dinheiro que abasteceu o valerioduto. Depois, pulou para o capítulo 3, no qual são narrados os casos de desvio de dinheiro público. E, assim, deixou por último os capítulos mais complexos, incluindo aquele em que José Dirceu e comparsas são acusados de formação de quadrilha. Talvez isso explique a facilidade com que o crime de formação de quadrilha foi aceito – ao contrário das expectativas iniciais. Agora, Barbosa carrega sobre os ombros a pesada possibilidade de relatar o processo do mensalão.

Além de encontrar infindáveis maneiras de adiar o julgamento do processo, a defesa dos envolvidos na quadrilha tem artimanhas para reconstruir a imagem dos acusados – e tentar coagir o Supremo. Os mensaleiros são hoje representações idealistas, criadas para imprimir na opinião pública uma imagem irreal dos envolvidos. Para se ter uma idéia, em abril, Genoíno foi nomeado assessor especial do Ministério da Defesa. 

O ex-deputado José Genuíno foi o co-autor do projeto regularizador dos casamentos GAY criminalizando os homofôbicos.
Por favor, senhoras e senhore,s não percam as próximas aventuras destes magnificos homens tranvestidos de o MÁSKARA!!!


A EVOLUÇÃO DOS MENSALEIROS CONTINUA...

O QUE SERÁ QUE ELE FARÁ?
Neste país podemos criticar O Presidente da República, os ministros do Supremo Tribunal de Justiça, qualquer senador e deputados, governadores, prefeitos, bispos, pastores enfim temos uma IMPRENSA LIVRE que forma um quarto poder porem se criticar um GAY, é homofóbico e vai preso, não é um país hilariante, engraçado, cômico, cheio de micos e agora mais um mico estes são os nossos representantes no senado e câmara federal, que nós elegemos, vamos pensar melhor na próxima eleição... Hó, Hó, Hó, Hó, etc...

A idéia é mostrar que o ex-deputado ocupa um cargo relevante, subordinado diretamente a Nelson Jobim, ex-ministro do STF. A mensagem subliminar é que um ex-magistrado da envergadura de Jobim não ousaria nomear um criminoso para um cargo de tanta confiança. João Paulo Cunha, que presidia a Câmara no período do escândalo, facilitava contratos a financiadores do esquema e usava o dinheiro da propina, assumiu a Comissão de Constituição e Justiça da Casa.

Já Dirceu, que se dedicou aos negócios, fazendo meteórica carreira como despachante de empresas nacionais e estrangeiras com interesses em decisões de órgãos estatais, voltou com força total ao jogo político. Já esteve diversas vezes no Palácio do Planalto neste ano e não perde um holofote. No velório do ex-vice-presidente José Alencar, ficou a poucos metros dos ministros do STF Gilmar Mendes e Ellen Gracie, que vão julgá-lo no processo do mensalão. Dirceu chegou, inclusive, a despontar como candidato a ministro do governo Dilma. 

Ministro Gilmar Mendes STFJ
Ministra Ellen Gracie, do STFJ
As nomeações de mensaleiros para postos estratégicos do governo têm o único e claro objetivo de conferir a eles algo que a investigação oficial lhes tirou: respeitabilidade. É uma maneira de tentar conseguir a absolvição perante os cidadãos, para, depois, contar com uma aposta na tradição do Supremo Tribunal Federal de não condenar políticos.

O FILÓSOFO

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