Dupla realizava trabalhos de manutenção de equipamentos de pesquisas
Entre os pesquisadores retirados da Estação Antártica Comandante Ferraz na madrugada de ontem após incêndio na casa de máquinas, estavam dois técnicos do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Eles não tiveram seus nomes divulgados, mas, segundo a assessoria de imprensa do instituto, não tiveram ferimentos e passam bem.
A dupla realizava trabalhos de manutenção de equipamentos utilizados em pesquisas no local e tinham a volta ao Brasil programada para a próxima sexta-feira.
Ainda segundo o departamento de comunicação do instituto, os técnicos já entraram em contato com membros da equipe de pesquisadores do Inpe no Brasil para falar sobre o acidente.
Juntamente com os outros pesquisadores, os brasileiros foram levados da Antártica à cidade chilena de Punta Arenas, de onde seriam trazidos ao Brasil por um avião da Força Aérea Brasileira ontem à noite. Até o início da tarde, o avião ainda não havia partido do Rio.
Pesquisas. O Inpe está presente na estação da Antártica desde a implantação do Proantar (Programa Antártico Brasileiro), em 1982, e possui diversas linhas de pesquisa no local, como oceanografia, meteorologia, análise de solo e alta atmosfera, entre outros.
Este ano, o Inpe foi responsável pela implantação de um módulo para coleta de dados atmosféricos na Antártica, o Criosfera 1, montado em São José dos Campos.
]Importância. Por meio de nota, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação lamentou o acidente na estação e destacou a importância do local para o desenvolvimento de pesquisas dos institutos.
“O Ministro Marco Antonio Raupp vem neste momento solidarizar-se com os trabalhadores da Estação Comandante Ferraz, seus familiares, e com os cientistas de todo o país, e reafirmar seu empenho em manter, sem interrupções, em parceria com a Marinha, as importantes pesquisas realizadas pelo Brasil na Antártica”, diz trecho da nota do MCTI.
Só os militares tinham acesso à casa de máquinas da base
O técnico em geomagnetismo Orlando Antunes Filho, 44 anos, esteve na estação Comandante Ferraz em 2000 para uma pesquisa de radioatividade e disse ter ficado surpreso com a notícia do incêndio na Antártica.
]Importância. Por meio de nota, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação lamentou o acidente na estação e destacou a importância do local para o desenvolvimento de pesquisas dos institutos.
“O Ministro Marco Antonio Raupp vem neste momento solidarizar-se com os trabalhadores da Estação Comandante Ferraz, seus familiares, e com os cientistas de todo o país, e reafirmar seu empenho em manter, sem interrupções, em parceria com a Marinha, as importantes pesquisas realizadas pelo Brasil na Antártica”, diz trecho da nota do MCTI.
Só os militares tinham acesso à casa de máquinas da base
O técnico em geomagnetismo Orlando Antunes Filho, 44 anos, esteve na estação Comandante Ferraz em 2000 para uma pesquisa de radioatividade e disse ter ficado surpreso com a notícia do incêndio na Antártica.
Ele relata que é comum acontecerem pequenos incidentes com o forte vento que chega a fazer com que a energia acabe na base, mas nunca ouviu falar de incêndio.
“A estação está lá há muitos anos e nunca aconteceu nada parecido com a proporção desta vez”, disse.
Ele lembra que a casa de máquinas, local onde a Marinha suspeita de ser sido o foco do incêndio, é de acesso restrito dos militares.
Estrutura.O pesquisador afirma ainda que os cientistas ficam em módulos bem próximos um dos outros, uma espécie de container com estrutura montada. A casa de máquinas é localizada em uma área mais afastada, mas dentro da estação.
A técnica em astrofísica Silvia Regina dos Santos, 48 anos também esteve na estação Comandante Ferraz e lembra do rigoroso treinamento de segurança que os militares passam antes de trabalharem na Antártica.
“Os pesquisadores passam por um treinamento de duas semanas, menos rigoroso que o dos militares, com aulas práticas e teórica”.
O FILÓSOFO
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