‘A estação acabou’, afirmou ontem um oficial da Marinha do Brasil
A Estação Comandante Ferraz, base militar e científica brasileira na Antártica, foi destruída ontem em um incêndio. Dois sargentos estavam desaparecidos.
Havia 60 pessoas na estação, metade delas pesquisadores de universidades nacionais, que escaparam ilesos.
Em nota, até a conclusão desta edição, a Marinha não reconhecia as mortes dos dois militares.
Informava apenas que os dois militares estavam desaparecidos e que um terceiro teve ferimentos, mas não corre risco de morte.
O fogo começou na praça das máquinas, onde funcionam os geradores da estação, e se alastrou com rapidez. A estação tem um formato contínuo. A praça das máquinas não é separada fisicamente dos alojamentos e demais ambientes.
"A estação acabou." A frase foi usada por um oficial da Marinha lotado na Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (Secirm), envolvida nas atividades brasileiras na Antártica, em telefonema cedo a uma pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) que voltou da estação este ano.
O militar teve a incumbência de informar os coordenadores de pesquisas sobre o fato.
Cientistas que estavam na estação contam que os dois sargentos não teriam conseguido sair da praça de máquinas. Até as 11h30 de ontem, segundo o comunicado da Marinha, o fogo não havia sido controlado. Os corpos estariam dentro da estrutura onde funcionam os geradores da base.
Só quando forem recuperados a Marinha deverá reconhecer as mortes.
O fogo começou às 2h. Uma explosão acordou a todos e a evacuação da base foi feita. As causas eram desconhecidas até o início da noite de ontem.
Argentina e Polônia apoiavam as ações da equipe brasileira no controle do fogo.
O FILÓSOFO
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