A CALAMIDADE CONTINUA EM CAMPO MAIOR

Certo provérbio do Uzbequistão diz: “Se acabar a água, acaba a vida”. Mas aqui em Campo Maior os administradores e fornecedores de água não se preocupam com  a qualidade de vida de nós pobres consumidores. Alguns especialistas diriam que essas palavras soam mais proféticas do que proverbiais. Todo ano, cerca de 2 milhões de pessoas morrem por causa de água contaminada e saneamento básico precário, e 90% das vítimas são crianças. Parece que isso não importa pra muitas pessoas.

Aqui em Campo Maior ainda não estamos morrendo por causa da falta  d’agua, MAS QUE ESTAMOs CARENTES POR ESTE LÍQUIDO PRECIOSO, ESTAMOS.

COMO você consegue água? Apenas abre a torneira? Ou, como é comum em alguns lugares, precisa andar muito, esperar numa fila e depois voltar para casa carregando um balde pesado com esse valioso líquido? Aqui em Campo Maior temos que ficar acordados até altas horas da madrugada para encher recipientes de água para as necessidades primárias deste liquido precioso. Você gasta muitas horas todos os dias só para conseguir água suficiente para cozinhar? Essa é a situação em muitos países, em Campo Maior é muito mais calamitoso, pois temos como ter água e por falta de consideração dos administradores nós não temos água , aqui no centro da cidade — a água é escassa e difícil de conseguir. 

CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos.

Parágrafo único. Nos casos de descumprimento, total ou parcial, das obrigações referidas neste artigo, serão as pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las e a reparar os danos causados, na forma prevista neste código.

Em seu livro Water Wars—Drought, Flood, Folly, and the Politics of Thirst (Guerras por Água — Seca, Enchente, Tolice e a Política da Sede), Diane Raines Ward mencionou que 40% da população mundial “tira água de poços, rios, açudes ou poças”. Aqui os nossos poços existem, são perfurados cada vez mais e não temos água. Cada balde pesa cerca de 20 quilos. O peso aqui em Campo Maior também é o mesmo que nos outros países, mas o risco de uma tragédia é muito pior, pois precisamos expor nossa segurança pessoal para conseguir alguns parcos baldes de água de madrugada.

A ÁGUA SOB AMEAÇA

“Em 1960, o mar de Aral, na Ásia Central, era o quarto maior lago do planeta. Em 2007, ele ficou reduzido a 10% de seu tamanho original.” — Revista Scientific American.

Os cinco Grandes Lagos que se encontram na América do Norte — Erie, Huron, Michigan, Ontário e Superior — estão secando “num ritmo alarmante”. — The Globe and Mail.

Houve uma época em que o moinho de Deniliquin, na Austrália, processava uma quantidade de grãos suficiente para satisfazer as necessidades de 20 milhões de pessoas. Hoje, porém, as safras de arroz caíram 98%, e o moinho foi fechado em dezembro de 2007. O motivo? “Seis longos anos de seca.” — The New York Times.

A verdade é que a crise da água e do saneamento básico afeta severamente mais de um terço da população mundial. E a crise de administração da água aqui em Campo Maior afeta familiares, eleitores, e crianças que residem no centro da cidade. O problema é grave principalmente na África, onde 6 de cada 10 pessoas não têm nem sequer banheiro apropriado — um fato que, de acordo com um relatório da Organização Mundial da Saúde, favorece “a contaminação de fontes de água, de alimentos e do solo por bactérias, vírus e parasitas encontrados em excrementos humanos”. Porém, aqui em Campo Maior, nós temos banheiro, mas também não temos água em nossos banheiros esquecidos pela administração e que algumas pessoas que votam tê. banheiros de uso obrigatório sem água para as necessidades primárias. O relatório diz que essa contaminação “é a principal causa de diarréia — o segundo maior culpado pela morte de crianças nos países em desenvolvimento — e ocasiona outras doenças graves, como a cólera, esquistossomose e tracoma”. Damos um voto de confiança aos administradores do SAAE, aqui em Campo Maior não corremos o risco destas epidemias pois nem mesmo água nós temos em nossas caixas d'agua. Aqui ninguem tem necessidade de BEBER ÁGUA, TOMAR BANHO, FAZER COMIDA, TER UMA CASA ASSEIADA, BANHEIROS? NEM SE FALE - NÃO TEMOS NECESSIDADES BIOLÓGICAS. Em nosso conceito e dos cidadãos servidos pelo departamento de águas SAAE neste setor central da cidade a culpa é dos atuais administradores que prometem e não cumprem com suas promessas.

A água tem sido chamada de ouro líquido, o petróleo do século 21. Mesmo assim, as nações estão desperdiçando esse precioso bem de tal maneira que não sobra quase nada em seus principais rios para escoar no mar. Aqui em Campo Maior não desperdiçamos água, NÃO TEMOS ÁGUA EM NOSSAS TORNEIRAS. Nós queremos água simplesmente para beber, tomar banho, lavar roupas, usar em nossa cosinha e em nossos banheiros só isso, e depois votarmos em quem de direito. As estatísticas dizem que os danos causados pela irrigação e evaporação, rios importantes estão secando, incluindo o rio Colorado no oeste dos Estados Unidos, o Yang-tsé na China, o Indo no Paquistão, o Ganges na Índia e o Nilo no Egito. O certo é que esperamos uma solução com urgência, pois não suportamos mais este descaso. 

CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos.

Parágrafo único. Nos casos de descumprimento, total ou parcial, das obrigações referidas neste artigo, serão as pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las e a reparar os danos causados, na forma prevista neste código.

O FILÓSOFO