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sexta-feira, 22 de abril de 2011

COMPREENDENDO A EDUCAÇÃO DO OLHAR


Um velho sábio falando de seus conflitos internos:
"Dentro de mim existem dois cães, um deles é cruel e mau, o outro bondoso e meigo. Os dois estão sempre a brigar …”
Um dia perguntaram-lhe qual dos cães iria ganhar a briga. O sábio, parou, pensou e respondeu: "Aquele que eu alimentar mais…” ESSA É A VERDADE!

Nossas idéias acerca da educação têm sido demasiada­mente acanhadas. Há a necessidade de um escopo mais amplo, de um objetivo mais elevado. A verdadeira edu­cação significa mais do que a prossecução de um certo curso de estudos.

Significa mais do que a preparação para a vida presente. Visa o ser todo, e todo o período da existência possível ao homem. É o desenvolvimento harmônico das faculdades físicas, intelectuais e espiri­tuais. Prepara o estudante para o gozo do serviço neste mundo, e para aquela alegria mais elevada por um mais dilatado serviço no mundo vindouro.

 A fonte de semelhante educação é apresentada nas palavras dos livros o mundo tem tido seus grandes ensinadores, homens de poderoso intelecto e vasto poder investigativo, homens cujas palavras têm estimulado o pensamento e revelado extensos campos ao saber; tais homens têm sido honra­dos como guias e benfeitores do gênero humano. Podemos delinear a série dos ensinadores do mundo, no passado, até ao ponto a que atingem os registros da História do gênero humano; há, po­rém, Alguém que pode passar estes ensinamentos.

Podemos delinear a série dos ensinadores do mundo, no passado, até ao ponto a que atingem os registros da História; a Luz, porém, existiu antes deles. Pra mim que amo a poesia, antes deles de nós já exista a Lua e as estrelas do nosso sistema planetário que resplandecem através da luz refletida do Sol, assim também os grandes pensado­res do mundo, tanto quanto são verdadeiros os seus en­sinos, que refletem os raios do Sol da Justiça. Cada raio de pensamento, cada lampejo do intelecto, procede da Luz do mundo. Para vermos a Luz só uma reação nos basta, olhar só olhar.


 UM NOVO OLHAR

É preciso um mergulho interior e um novo olhar para a prática para “revelar um jeito de ser e fazer”.

A educação do olhar A educação o olhar é um chamamento a todos nos educadores que carecemos privilegiar na escola experiências humanizadoras e para isso a educação do olhar é a chave para se entender da vida, da prática, da civilidade, honestidade, companheirismo, participação, cooperação, generosidade, respeito às diferenças, justiça, etc. 

 
A educação do olhar para a formação humana mostra-se oportuna diante do agravamento da crise de valores que atinge o âmago da sociedade brasileira, requerendo de nós professores, novos olhares a fim de reagirmos sobre a dura realidade na qual existimos e estamos vivendo.

Educar o olhar • A educação do olhar para a formação humana mostra-se oportuna diante do agravamento da crise de valores que atinge o âmago da sociedade brasileira, requerendo de nós professores, novos olhares a fim de reagirmos sobre a dura realidade na qual existimos e estamos vivendo.

Nenhuma metodologia, por mais brilhante que seja, fará sentido se o professor não proceder a uma mudança na vida de seus alunos. Na maneira de olhar, ver e sentir. É de suma importância então, a educação do olhar.


Muito se fala presentemente acerca da natureza e im­portância de uma "educação superior". A verdadeira "educação superior" é transmitida por aqueles com quem estão a "sabedoria e a força" e de cuja boca "vem o conhecimento e o entendimento".

Todo o saber e desenvolvimento real têm sua fonte no conhecimento dos livros. Para onde quer que nos vol­vamos, seja para o mundo físico, intelectual ou espiri­tual; no que quer que contemplemos, revela-se este conhecimento. 



Qualquer que seja o ramo de investigação a que procedamos com um sincero propósito de chegar à verdade, somos postos em contato com a Inteligência invisível e poderosa que opera através do Professor que basta um olhar, um gesto e o indicativo através dos livros. A mente humana é colocada em comunhão do finito com o Infinito. O efeito de tal comunhão sobre o cor­po, o espírito e a alma, está além de toda estimativa.

Encontra-se nesta comunhão a mais elevada educa­ção. O método esboçado nestas palavras foi o seguido na educação dos pais de nossa educação secular.

A fim de compreendermos o que se acha envolvido na obra da educação, necessitamos considerar tanto a na­tureza do homem com o propósito de queremos aprender. Precisamos também considerar a mudança na condição do homem em virtude da entrada do conhecimento que pode ser transmitido através de um olhar.

 Educar é mostrar a vida a quem ainda não a viu. O educador olha e diz: “Veja!” – e, ao falar, aponta. O aluno olha na direção apontada e vê o que nunca viu. Seu mundo se expande. Ele fica mais rico interiormente. E, ficando mais rico interiormente, ele pode sentir mais alegria e dar mais alegria – que é a razão pela qual vivemos.

Já li muitos livros sobre psicologia da educação, sociologia da educação, filosofia da educação mas, por mais que me esforce, não consigo me lembrar de qualquer referência à educação do olhar ou à importância do olhar na educação, em qualquer deles.

A primeira tarefa da educação é ensinar a ver. É através dos olhos que as crianças tomam contato com a beleza e o fascínio do mundo. Os olhos têm de ser educados para que nossa alegria aumente.

Quero ensinar as crianças. Elas ainda têm olhos encantados. Seus olhos são dotados daquela qualidade que, para os gregos, era o início do pensamento: a capacidade de se assombrar diante do banal. Para as crianças, tudo é espantoso: um ovo, uma minhoca, uma concha de caramujo, o vôo dos urubus, os pulos dos gafanhotos, uma pipa no céu, um pião na terra. Coisas que os eruditos não vêem.

Na escola eu aprendi complicadas classificações botânicas, taxonomias, nomes latinos – mas esqueci. Mas nenhum professor, jamais, chamou a minha atenção para a beleza de uma árvore ou para o curioso das simetrias das olhas.

As palavras só têm sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor. Aprendemos palavras para melhorar os olhos. Quando a gente abre os olhos, abrem-se as janelas do corpo, e o mundo aparece refletido dentro da gente.

Jardins bonitos há muitos, mas só traz alegria o jardim que nascer dentro da gente. São as crianças que, sem falar, nos ensinam as razões para viver. Elas não têm saberes a transmitir. No entanto, elas sabem o essencial da vida.
Quem não muda sua maneira adulta de ver e sentir e não se torna como criança jamais será sábio.
Os regimes políticos tendem a olhar a educação como o instrumento privilegiado para conformar as novas gerações à sua forma política. A I República (1910-1926) não constituiu excepção e os republicanos portugueses elegeram a escolarização como prioridade nacional, ao mesmo tempo que baniam o ensino religioso de todas as escolas, numa espécie de “cruzada laica” pela separação entre o Estado e a Igreja.


O envolvimento suicida de Portugal na I Grande Guerra e o descalabro nas contas públicas (onde é que já ouvi isto?…) acabou por falar mais alto e a aposta na alfabetização da população não foi ganha,  o afastamento da igreja sem olhar para o futuro foi um grande prejuízo pra nação.
A educação é a experiência mais característica da condição humana, uma das poucas coisas que podem realmente mudar uma pessoa, dar-lhe um caminho, alargar-lhe as suas limitadas possibilidades. O dia em que aprendemos alguma coisa importante, o dia em que mudamos alguma coisa importante por causa dessa aprendizagem, não é um dia comum.

 ”Educação é a arma mais poderosa que podemos usar para mudar o mundo”.
("Como disse Mandela")

 "O essencial é invisível aos olhos. Só se vê bem com o coração"
(Exupéry)

O FILÓSOFO

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