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terça-feira, 5 de abril de 2011

DILMA RECEBE AS INSÍGNIAS DA ORDEM DEFESA.

Dilma recebe as insígnias da Ordem da Defesa.
Em sua primeira solenidade de promoção de oficiais das Forças Armadas, a presidente Dilma Rousseff ignorou nesta manhã o debate sobre violações aos direitos humanos nos anos do regime militar (1964-1985) e não permitiu imagens do momento em que recebeu as insígnias da Ordem da Defesa, maior comenda da área.

Durante o evento, realizado no Salão Nobre do Palácio do Planalto, que contemplou 70 oficiais da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, os promovidos evitaram bater continência à presidente e ex-presa política, limitando-se a apertar as mãos dos oficiais. A prática da continência ao chefe supremo das Forças Armadas era comum nas solenidades organizadas pelo cerimonial do palácio.

Na solenidade desta manhã, Dilma repetiu discursos de outros presidentes do período pós-ditadura ao ressaltar, de forma genérica, a "evolução democrática" das Forças Armadas e do País. Ela disse que o Brasil "corrigiu seus próprios caminhos" e alcançou uma "maturidade institucional". No discurso, ela também ressaltou o "profissionalismo" e a "dedicação" dos militares, destacando ainda a "importância" das Forças Armadas para garantia da defesa dos campos de exploração do pré-sal.

Dilma fez um afago aos militares rebatendo as críticas aos gastos com defesa. A presidente, porém, não comentou a sua decisão de cortar recursos da área militar e adiar a compra de caças para a Força Aérea Brasileira (FAB). "Em um País socialmente desigual como o Brasil, poderia parecer tentadora a noção de que a modernização e dimensionamento das Forças Armadas constituiriam esforço ocioso e prejudicial ao investimento em outros setores prioritários", afirmou. "Isso é um grande engano", completou. "O certo é que a defesa não pode ser considerada um elemento menor na agenda nacional".

Ao final da solenidade, a presidente evitou falar com jornalistas, que estavam numa área afastada do palco da cerimônia. A uma pergunta sobre os arquivos da repressão mantidos em sigilo pelas Forças Armadas, Dilma respondeu: "Parabéns pra você".

A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira que a proteção das reservas de petróleo do pré-sal e das fronteiras da Amazônia é prioridade na estratégia de defesa nacional. 

"As riquezas do pré-sal, descobertas nas profundezas do Atlântico, que impõem um novo estágio para as forças de defesa, a garantia efetiva da soberania nacional pela proteção das nossas fronteiras, tanto no oceano como também na Amazônia, se transformaram na prioridade da nossa estratégia de defesa", afirmou Dilma durante condecoração de militares no Palácio do Planalto, em Brasília. 

A presidente defendeu o investimento em modernização das Forças Armadas e considerou um "grande engano" a "tentação" de classificar tais gastos como "esforço ocioso". 

"Um Brasil plenamente desenvolvido precisará de Forças Armadas equipadas, treinadas, modernas para o cumprimento de suas funções", declarou no primeiro evento desde sua posse em que discursou diretamente a militares. 

"A defesa não pode ser considerada elemento menor da agenda nacional", afirmou. 

O governo anunciou um corte 50 bilhões de reais no Orçamento de 2011 em fevereiro, e o Ministério da Defesa foi um dos mais afetados pelo contingenciamento. A pasta perdeu 4,4 bilhões de reais, 26,5 por cento do Orçamento total. 

Devido ao corte, a compra dos 36 caças para a Força Aérea Brasileira (FAB), um dos principais pontos da agenda da defesa brasileira, não deverá ocorrer neste ano. O custo estimado do projeto é de 12 bilhões de reais. 

O FILÓSOFO

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