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sábado, 28 de abril de 2012

AMIZADES COLORIDAS ESTÃO CADA VEZ MAIS COMUNS



Especialista alerta para risco de perder a chance de conhecer um parceiro de verdade.

Um belo dia, aquele seu grande amigo lhe parece muito mais interessante do que você já se permitiu pensar e, feliz ou infelizmente, vocês avançam o sinal e terminam a noite juntos, na cama.

Se você nunca passou por isso, ao menos deve conhecer alguém que já esteve nessa situação. A “amizade colorida” que, inclusive, já inspirou produções para o cinema, é um tipo de relacionamento cada vez mais comum entre os jovens e adultos. Mas quais limites devem ser impostos neste tipo de relação e como não se magoar nem ferir o outro?


Heidi Reeder, uma professora de comunicação da Boise State University (Idaho, EUA), já se dedicou a escrever sobre o assunto. E, nesses artigos que podem ser encontrados na internet, Heidi identifica quatro tipos de relações comuns.
 
A “atração amistosa” você gosta da pessoa e de estar com ela, mas não sente atração amorosa nem sexual; a “atração romântica”, aquela na qual se deseja transformar a amizade em namoro; a “atração subjetiva física/sexual”, na qual existe o desejo de manter relações sexuais com o amigo; e, por fim, a “atração objetiva física sexual”, aquela na qual você reconhece o amigo como atraente, mas para os outros, e não para si mesmo.

Problema ou solução? Ter a consciência desses tipos de relação, no entanto, não significa que você está livre de cair nas armadilhas do amor. Ou seria da amizade? Ou da atração?


“Acho que quando alguém encara uma amizade colorida é porque está carente, não vejo outro motivo. Comigo foi assim”, no início é sempre fácil lidar com a situação, e ambos querem se divertir, nada além disso, mas alerta para o que pode surgir depois.

“Em algum momento sempre chega a cobrança de um compromisso, ou o ciúme, e as duas partes começam a se estranhar. O meu problema foi justamente ficar interessado na pessoa e não ter o retorno, mas também já aconteceu o contrário”.

“Aí começa aquele drama mexicano” sabe?

Neste caso, não devemos trabalhar com o psicológico. Mas será que é possível para quem já se envolveu? Garantimos que sim!


Depois de manter um amizade colorida por cerca de um ano e quatro meses, Fernanda conta que seu amigo/ficante a pediu em namoro, no meio de um show, perto de todos os amigos em comum dos dois.

“Fiquei surpresa porque a mulher costuma se envolver mais que o homem. Eu pedi para pensar, acabei aceitando e ficamos juntos seis meses”, conta. E mesmo com a inversão dos papéis, Fernanda conta que tudo acabou, ou melhor, continuo bem: na amizade.

“Acho que o segredo é ser sincero e deixar tudo muito claro. Tenho amigos coloridos, “diz Fernanda”, com os quais a amizade se fortaleceu depois do sexo”, diz. Prova de que os homens realmente estão vulneráveis nesse jogo de amizade e amor é o publicitário Guilherme Samambaia. Ele garante que já teve várias amizades coloridas, e já se envolveu mais que a companheira.

“E o contrário também aconteceu. Mas se o outro não ta afim, aí é hora de parar”, diz.

Especialista. Para a psicóloga Letícia de Oliveira, numa amizade colorida sempre alguém vai sair perdendo, porque o nível de envolvimento e carência nunca é igual e vem daí o risco de se machucar.

“E ambos estão vulneráveis porque quando falamos de sentimento é praticamente impossível se falar de controle. Então pode acontecer de um se apaixonar e do ciúme aparecer”, afirma a psicóloga.

Para Letícia, um outro risco que se corre ao estar envolvido numa amizade colorida é se fechar para outros relacionamentos e perder a oportunidade de encontrar um parceiro de verdade.


Amizade com sexo?
Em um de seus artigos, a americana Heidi Reeder afirma que 20% dos homens e mulheres entrevistados já haviam transado com um amigo, pelo menos uma vez na vida. Destes, 76% garantiram que o relacionamento ficou melhor após o sexo

Amor com benefícios inspira filme romântico
A amizade colorida está tão presente e se tornou tão comum na vida de jovens e adultos que o tema inspirou uma produção para o cinema. Em setembro do ano passado (2011), estreou o longa “Friends With Benefits”, em português “Amizade Colorida”.

Na produção, a atriz Mila Kunis interpreta uma a caça-talentos que convence um jovem criativo, vivido pelo ator e cantor Justin Timberlake, a aceitar uma proposta de trabalho em Nova York. E eles acabam ficando amigos.

Mas o problema é que a coisa começa a evoluir e também a se complicar à medida que a intimidade também vai aumentando e eles confessam que sentem falta de sexo.

Evite. Para evitar confusões e amenizar a situação, a dupla decide impor uma regra importante à convivência:

“tudo não passa de atração física e qualquer emoção deverá ser deixada de lado.”

Mas será possível impor regras ao sentimento?

Para ele parece muito simples não misturar as coisas. “(Sexo) É um ato físico. Como jogar tênis”, diz o criativo.

Depois que chegam em um consenso, antes de irem para a cama, tudo o que gostam ou consideram inadequado no sexo vira tema de uma conversa transparente, de amigos, enquanto tiram as roupas. Não poderia mesmo dar certo! Carência? Inconseqüência? Imaturidade? Uma amiga vai além:

“Amigos fazendo sexo? Vocês estão na faculdade?”

O FILÓSOFO

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