Campo maior, uma cidade histórica conhecida como a Terras dos verdes
Carnaubais, dos Heróis do Jenipapo, carne de Sol, um grande açude, com uma
vasta serra, e agora com o time sensação do Campeonato Piauiense, o comercial que
foi campeão em 2010, e campeão do primeiro turno em 2011.
A cidade de Campo Maior, localizada a 78 km da capital, foi
destaque em um Jornal, apresentado por Marcos Hummel e Luciana Liviero.
Neste jornal foi mostrado a famosa “carne
de sol de Campo Maior”, que foi denominada de capital brasileira da carne de
sol.
Um dos vendedores disse na reportagem que
o segredo é que a carne é seca na sombra, apenas com o vento e alta temperatura
da cidade.
A culinária é um dado cultural de
um povo. Assim cada povo elabora seus pratos típicos, com os quais cria laços
afetivos, visto que tais iguarias passam a representar a boa cozinha de uma
região, constituindo uma preciosa referência gastronômica da cultura a que
pertence. Cada Estado brasileiro, por exemplo, tem uma comida típica que o vai
caracterizar: o Pará tem o pato ao tucupi; o Maranhão, o arroz de cuxá; Minas
Gerais, feijão tropeiro, leitão à pururuca ou tutu à mineira; Goiás, o arroz de
piqui; o Rio Grande do Sul, o churrasco; o nosso Piauí, carne com arroz,
galinha ao molho pardo ou guisado de bode.
E assim vai: cada terra com seu
prato característico.
Em termos de culinária, Campo Maior sempre soube cultivar seus dotes saborosos,
afinal, a cidade é reconhecida como um lugar de boas cozinheiras e de quitutes
deliciosos. Dentre as inúmeras delícias da cozinha campomaiorense, vale
destacar o capote com arroz. Mas, antes de falar desse prato célebre de nossa
culinária, é necessário discorrer um pouco sobre essa ave que veio da África
para ganhar um sabor especial nas panelas campomaiorense. Capote é a forma que
designamos tal ave. Os africanos também a chamam assim. Porém, em outros
lugares do Brasil, ela é chamada de GALINHA-D’ANGOLA, galinha-de-guiné ou
tô-fraca, devido aos países africanos de onde ela procedeu nos dois primeiros
casos, ou em referência ao som que ela produz, no último caso.
O capote, apesar de domesticado, nunca
perdeu um certo comportamento arisco, próprio da vida selvagem, por isso a ave
é naturalmente assustadiça e conserva o hábito de fazer seu ninho longe de
casa. Para retirar o ovo de capote do ninho, é preciso usar uma colher de pau,
pois, se ele sentir o cheiro da mão humana, abandona o ninho. Para abatê-lo, às
vezes, recorre-se à arma de fogo, já que ele voa bem e sabe perfeitamente
esconder-se no mais alto das árvores. Muito vistoso, o capote tem uma plumagem
cinzenta pontilhada de pintas brancas; apresenta a cabeça nua, onde se vê uma
crista óssea no alto. O seu canto parece que diz “tô fraca” e pode ser ouvido à
distância, enchendo as silenciosas noites de lua cheia do nosso sertão. Existe
um híbrido de capote e galinha que é muito apreciado entre os criadores por sua
raridade e pelo sabor inigualável de sua carne.
Nas mãos de nossas cozinheiras, a ave, misturada com arroz e temperada com pimenta-de-cheiro, transforma-se num saboroso capote com arroz; frito, com farinha de mandioca, é uma das sete maravilhas da culinária batalhense. Pois é, o capote, essa dádiva da África, atravessou os mares para, sob o toque de fada das famosas cozinheiras de nossa terra, tornar mais apetitosas nossas refeições e mais alegre nossa vida. (Francisco José Sampaio Melo)
O FILÓSOFO
Nenhum comentário:
Postar um comentário
OBRIGADO POR DEIXAR UM COMENTÁRIO PARA O FOLHAS DE CAMPO MAIOR