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segunda-feira, 23 de abril de 2012

CAMPO MAIOR, TERRA QUERIDA




Campo maior, uma cidade histórica conhecida como a Terras dos verdes Carnaubais, dos Heróis do Jenipapo, carne de Sol, um grande açude, com uma vasta serra, e agora com o time sensação do Campeonato Piauiense, o comercial que foi campeão em 2010, e campeão do primeiro turno em 2011.

A cidade de Campo Maior, localizada a 78 km da capital, foi destaque em um Jornal, apresentado por Marcos Hummel e Luciana Liviero.



Neste jornal foi mostrado a famosa “carne de sol de Campo Maior”, que foi denominada de capital brasileira da carne de sol.

Um dos vendedores disse na reportagem que o segredo é que a carne é seca na sombra, apenas com o vento e alta temperatura da cidade.

A culinária é um dado cultural de um povo. Assim cada povo elabora seus pratos típicos, com os quais cria laços afetivos, visto que tais iguarias passam a representar a boa cozinha de uma região, constituindo uma preciosa referência gastronômica da cultura a que pertence. Cada Estado brasileiro, por exemplo, tem uma comida típica que o vai caracterizar: o Pará tem o pato ao tucupi; o Maranhão, o arroz de cuxá; Minas Gerais, feijão tropeiro, leitão à pururuca ou tutu à mineira; Goiás, o arroz de piqui; o Rio Grande do Sul, o churrasco; o nosso Piauí, carne com arroz, galinha ao molho pardo ou guisado de bode. 



E assim vai: cada terra com seu prato característico. 


Em termos de culinária, Campo Maior sempre soube cultivar seus dotes saborosos, afinal, a cidade é reconhecida como um lugar de boas cozinheiras e de quitutes deliciosos. Dentre as inúmeras delícias da cozinha campomaiorense, vale destacar o capote com arroz. Mas, antes de falar desse prato célebre de nossa culinária, é necessário discorrer um pouco sobre essa ave que veio da África para ganhar um sabor especial nas panelas campomaiorense. Capote é a forma que designamos tal ave. Os africanos também a chamam assim. Porém, em outros lugares do Brasil, ela é chamada de GALINHA-D’ANGOLA, galinha-de-guiné ou tô-fraca, devido aos países africanos de onde ela procedeu nos dois primeiros casos, ou em referência ao som que ela produz, no último caso.

O capote, apesar de domesticado, nunca perdeu um certo comportamento arisco, próprio da vida selvagem, por isso a ave é naturalmente assustadiça e conserva o hábito de fazer seu ninho longe de casa. Para retirar o ovo de capote do ninho, é preciso usar uma colher de pau, pois, se ele sentir o cheiro da mão humana, abandona o ninho. Para abatê-lo, às vezes, recorre-se à arma de fogo, já que ele voa bem e sabe perfeitamente esconder-se no mais alto das árvores. Muito vistoso, o capote tem uma plumagem cinzenta pontilhada de pintas brancas; apresenta a cabeça nua, onde se vê uma crista óssea no alto. O seu canto parece que diz “tô fraca” e pode ser ouvido à distância, enchendo as silenciosas noites de lua cheia do nosso sertão. Existe um híbrido de capote e galinha que é muito apreciado entre os criadores por sua raridade e pelo sabor inigualável de sua carne.

Nas mãos de nossas cozinheiras, a ave, misturada com arroz e temperada com pimenta-de-cheiro, transforma-se num saboroso capote com arroz; frito, com farinha de mandioca, é uma das sete maravilhas da culinária batalhense. Pois é, o capote, essa dádiva da África, atravessou os mares para, sob o toque de fada das famosas cozinheiras de nossa terra, tornar mais apetitosas nossas refeições e mais alegre nossa vida.
(Francisco José Sampaio Melo)

O FILÓSOFO

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