A Assembléia Legislativa do Estado realizou na segunda-feira dia 16,
audiência pública e discutiu a situação das 75 cidades piauienses
que decretaram estado de emergência por causa da seca. A deputada estadual
Liziê Coelho (PTB), autora da proposta de realização do encontro, alerta as
autoridades para a possibilidade deste número ultrapassar mais de 150
municípios nos próximos meses se a falta de chuva continuar.
Deputada estadual Liziê Coelho (PTB) |
A audiência pública irá reunir governo,
prefeituras, parlamentares e a sociedade civil com o objetivo de discutir
ações e políticas públicas de ajuda ao homem do campo atingido pela
estiagem. Durante o encontro, a parlamentar irá cobrar do Governo Federal que
seja revista à decisão do Ministério do Desenvolvimento Agrário que suspendeu o
repasse do Seguro Safra a 35 municípios do semiárido piauienses.
Das 38 cidades piauienses que realizaram o pedido,
apenas Caridade do Piauí, Itaueira e São Raimundo Nonato foram beneficiadas. O
Ministério afirma que os prejuízos apresentados nos relatórios repassados pelas
prefeituras desses municípios não alcançaram a dimensão necessária para que o
repasse do seguro seja efetivado. Segundo Liziê, é preciso que o Governo
Federal reveja a metodologia de análise para aprovação deste repasse.
“Essa será uma das piores estiagem que o
semiárido piauiense irá passar nos últimos anos. Os municípios e os governos
Estadual e Federal devem trabalhar em conjunto para amenizar esse problema. Se
nada for feito as famílias que moram nesses municípios correm o risco de
ficarem sem água para consumo próprio e dos animais”, declarou.
Segundo Liziê, os municípios cumpriram a sua parte,
mas uma análise incorreta do ministério tem prejudicado o homem do campo. “Para
essas pessoas que vivem da agricultura familiar qualquer perda representa um
prejuízo sem tamanho. O recurso do seguro safra é fundamental para que essas
famílias possam sobreviver durante a estiagem”, disse.
Deverão participar da audiência o Governo do
Estado, a APPM, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Estado, a Secretaria de
Defesa Civil e prefeituras. “O tempo está passando e nada está sendo feito de
concreto. Enquanto isso o homem do campo está sofrendo as conseqüências,
precisamos agir. Mas para isso é preciso reunir todos os envolvidos nesse
assunto e mobilizar e sensibilizar o Governo Federal sobre a situação desses
municípios piauienses”, comentou.
O FILÓSOFO
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