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quinta-feira, 26 de abril de 2012

PRELADO DENUNCIA CORRUPÇÃO NO VATICANO




Baseado no arquivo secreto do Monsenhor Renato Dodozzi, morto em 2003), Vaticano S.A. revela escândalos políticos e financeiros da maior Instituição Religiosa do Mundo: a Igreja Católica Apostólica Romana.
 
O imenso arquivo do Monsenhor Dodozzi, que trabalhou no IOR, ficou guardado na Suíça até a sua morte e hoje acessível a todos, revela uma verdadeira e própria “lavanderia de dinheiro” no centro de Roma, utilizada também pela máfia e por inescrupulosos aventureiros políticos. Um paraíso fiscal que não se submete a nenhuma legislação, a não ser às sacras leis do Estado do Vaticano.

O livro mostra também como fundos “pessoais” do papa João Paulo II foram usados para financiar o sindicato polonês Solidariedade contra o regime socialista soviético.


As mazelas do banco do Papa

Vaticano ganha rubrica de "Estado preocupante".

Que a condição do Vaticano como rota internacional para lavagem de dinheiro é “preocupante” não é novidade para ninguém. Mas o status duvidoso da chamada Santa Sé agora é oficial, de acordo com a nova lista de 67 países potencialmente suscetíveis à lavagem de dinheiro proveniente do tráfico internacional de drogas, publicada pelo Departamento de Estado americano. Sob a mesma rubrica “Estados preocupantes”, à qual o Estado papal agora faz parte, estão Albânia e Iêmen.

A condição ainda é melhor que a do Brasil, que figura entre os chamados “Estados de alto risco”, com Afeganistão e Ilhas Cayman. Mas já preocupa o papa Ratzinger, disposto a tentar impedir a lavagem de dinheiro no Banco do Vaticano (IOR).

Bento XVI quer forçar o Estado a adotar as regras internacionais recomendadas pela ONU e aplicadas pela União Europeia. No fim de 2010, criou até o posto de “Autoridade para Informações Financeiras”. A julgar pelas últimas denúncias de reciclagem de dinheiro sujo a envolver o IOR, a autoridade do sumo pontífice parece não surtir o efeito desejado.

Cartas de secretário-geral ao Papa sobre desordem na administração foram divulgadas nesta quarta-feira.

Cartas enviadas ao Papa Bento 16 denunciam diversas irregularidades no Vaticano Gabriel Bouys/AFP Da AFP noticia@band.com.br

O arcebispo Carlo Maria Vigano, secretário-geral do Vaticano até 2011
O arcebispo Carlo Maria Vigano, secretário-geral do Vaticano até 2011, denunciou no ano passado, em cartas enviadas ao Papa Bento 16, a "corrupção" e a desordem observadas na administração do menor Estado do mundo, informaram nesta quarta-feira meios de comunicação italianos.

O Papa nomeou Vigano como núncio apostólico nos Estados Unidos em agosto de 2011, uma promoção interpretada como um castigo para o prelado, conhecido pelo rigor na gestão do Vaticano durante dois anos.

Os jornais Corriere della Sera e Libero publicaram nesta quarta-feira extratos das cartas ao Papa.

"Minha transferência (para os Estados Unidos) servirá para desanimar os que acreditaram que seria possível limpar o Vaticano de numerosos casos de corrupção e desvios de verba, escreveu Vigano”.

Numa das cartas, deu a entender que outros cardeais "conheciam bem a situação", reprovando seus predecessores, mas também os banqueiros italianos que fazem parte do Comitê de Finanças e Gestão, que teriam privilegiado:

"os próprios interesses".

Em dezembro passado, segundo suas acusações, uma operação financeira desastrada causou uma perda de 2,5 milhões de dólares.

Vigano introduziu cortes drásticos no orçamento, como o da administração dos jardins do Vaticano e o do tradicional presépio de Natal, que em 2009 ficou em 550.000 euros, reduzidos depois para 200.000 euros.

 O saneamento promovido por Vigano permitiu ao Vaticano sair de um déficit de oito milhões de euros, em 2009, a um lucro de 34,4 milhões de euros, em 2010.

O FILÓSOFO

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