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quarta-feira, 25 de maio de 2011

PROFESSORES E ALUNOS DA UESPI CONTINUAM GREVE POR TEMPO INDETERMINADO


Após várias discussões em uma assembléia geral realizada na manhã desta quarta-feira, dia 25, os professores da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) decidiram dar continuidade ao movimento grevista que entra em seu 15º dia. A paralisação tem como principal objetivo reivindicar melhorias estruturais para a instituição que possui 27 campi em todo o Estado.

O movimento da comunidade acadêmica, denominado "SOS UESPI" teve início ainda em setembro de 2010 e tem mobilizado estudantes e professores. No caso dos docentes, na pauta de reivindicações consta a campanha salarial e segundo informou a Associação dos Docentes da UESPI (Adcespi), não houve avanços na negociação com o Governo do Estado.

Segundo a entidade, os professores de carga horária de 20 horas, denominados professores auxiliares, recebem salário de R$ 1.000. Para os docentes da instituição, o salário deve ser equiparado aos R$ 2.200 estipulados pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos). Contudo, na última semana, o Governo do Estado anunciou um reajuste de 7% para todos os servidores estaduais.

Porém, o percentual está "fora de cogitação", segundo os professores da universidade. "Queremos ainda a realização de concurso público para professores e técnicos administrativos e programas para a qualificação dos docentes. A greve não vai acabar. Passamos meses tentando negociar e a greve está acontecendo a mais de duas semanas. Então, não foi por falta de iniciativa dos professores, mas sim por falta de garantias do Governo", afirmou Graça Ciríaco, presidente da Adcespi.

Já na pauta de reivindicações dos estudantes, a melhoria da infraestrutura da Universidade, seja laboratórios ou bibliotecas. "A Universidade está passando por problemas graves de estrutura. Faltam livros, equipamentos nos laboratórios, materiais para experimentos, como no curso de Medicina e salas de aulas sem condições de funcionamento", relatou.

Além disso, conforme informou o estudante do curso de História e liderança estudantil, Thiago Marden, a mobilização dos discentes vai além da sala de aula e o ensino. "Queremos também que a UESPI tenha ações concretas de incentivo à pesquisa e à extensão, ou seja, cumpra seu papel na sociedade. A instituição deve oferecer à comunidade acadêmica assistência estudantil e incentivo à pesquisa e à extensão. Laboratórios, livros são apenas condições mínimas. Precisamos de um ensino de qualidade e isso vai além da estrutura física", disse.

O FILÓSOFO

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