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segunda-feira, 2 de abril de 2012

ALTO CUSTO IMPEDE CIDADES DE CUMPRIR LEI DO FIM DOS LIXÕES


O excesso de burocracia é um dos principais entraves que impedem o cumprimento da determinação de acabar com os lixões até 2014, prevista na Política Nacional de Resíduos Sólidos. A reclamação dos prefeitos é que o prazo é apertado para cumprir todas as exigências previstas na lei. O prefeito de Campo Maior, Paulo Martins, disse que a cidade aguarda a liberação de recursos para a construção de um aterro sanitário. 

"O lixão é uma chaga, uma doença enorme dentro da cidade. Além dos problemas de ordem ambiental, nos deparamos com os problemas de ordem burocrática".


Além de determinar o fim dos lixões em todo o país, a nova legislação prevê a redução gradual do volume de resíduos sólidos recicláveis que ainda são enviados aos aterros. A ideia é que, cada vez mais, esse material seja encaminhado para tratamento e reciclagem adequados.

A secretária de Meio Ambiente de Campo Maior, Conceição Paz, reclama que, além da burocracia, há o alto custo para construir um aterro sanitário. Em Campo Maior, a coleta seletiva de lixo é feita por caminhões modernos e eficientes, em parceria com catadores. 
 
"Os municípios não vão conseguir cumprir o cronograma da lei. Em Campo Maior, temos o programa e, hoje, só consigo enviar 1,6% do lixo reciclável da cidade para os catadores", explicou.

A lei também determina que, até agosto, os municípios iniciem seus planos de gestão de resíduos sólidos. "Só receberão recursos para programas de resíduos os municípios que tiverem, pelo menos, iniciado a elaboração de seus planos", explicou o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Silvano Silvério da Costa.
 
Secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Silvano Silvério da Costa.
Ele ressaltou que o Ministério tem diversos programas para incentivar os municípios na adoção da lei. Entre eles, o que incentiva a chamada logística reversa, que é o retorno para a indústria de materiais como embalagens, eletroeletrônicos e pneus, para que possam ser novamente aproveitados pelo fabricante. Além disso, será lançado um programa para incrementar a reciclagem em 153 municípios que tenham aterros sanitários. "Esse programa atingirá 70 milhões de habitantes", informou o secretário.
 
O FILÓSOFO

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