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sexta-feira, 13 de maio de 2011

17 MIL ALUNOS ESTÃO SEM AULAS NA UESPI DEVIDO À GREVE


Os professores da UESPI (Universidade Estadual do Pi-auí) estão em greve por tempo indeterminado. Após várias paralisações, os docentes decidiram em assembleia geral realizada na última segunda-feira, 9, iniciar a greve ontem. O movimento grevista é resultado da falta de estrutura da instituição de ensino superior do Estado. Mais de dezessete mil estudantes ficarão prejudicados. Ontem salas vazias marcaram o primeiro dia de paralisação da instituição.

Desde o dia 21 de março - data prevista para iniciar o ano letivo 2011 - os professores se mobilizaram quanto às condições estruturais da universidade. Na semana passada uma comissão do Sindicato dos Docentes da instituição visitou os campi da universidade no interior do Piauí com o intuito de esclarecer aos profissionais da educação superior estadual os motivos que permeiam a greve.

"Ainda não dá para men-surar a adesão dos professores ao movimento grevista neste primeiro dia, mas aos poucos o movimento ganhará corpo", disse a professores Graça Ciríaco, presidente do Sindicato dos Docentes da Uespi.
Dentre as reivindicações da classe está a falta de estrutura mínima para funcionamento da universidade. Por lá falta papel, pincel para quadro de acrílico, tinta para impressora, apagador, grampos e até os diários de classe para as anotações dos estudantes. 

A falta de professores efetivos é outra questão a ser solucionada. Mais da metade do quadro de docentes da instituição (51%) é formado por substitutos quando o ideal seria que 80% do quadro de docentes fossem de professores efetivos. Somente no ano passado, 32 cursos foram fechados por não apresentarem condições mínimas do quadro de professores e estrutura física. Tudo isso acarreta no baixo desempenho dos estudantes e das colocações da qualidade dos cursos pela avaliação do MEC (Ministério da Educação e Cultura). 

A FACIME (Faculdade de Ciências Médicas) sofre sérios riscos de ser fechada por falta de docentes por intervenção do MEC. A questão salarial, de acordo com a professora Graça, é apenas a extensão do movimento SOS UESPI. Eles querem que o governo pague o valor do docente universitário seguindo a tabela do DIEESE - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconomicos de R$ 2.200 para 20h/aula semanais trabalhados. No Piauí, o docente por igual turno de trabalho, recebe R$ 1 mil.DiárioPovo

O FILÓSOFO

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