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quinta-feira, 5 de abril de 2012

COMO VOCÊ PODE LER MAIS LIVROS...



Talvez esta leitura seja extenuante, mas você vai perceber como ele é de utilidade essêncial para seu crescimento intelectual.

Quantidade não é sinônimo de qualidade no que diz respeito à leitura, mas seguem algumas dicas minhas que vão ajudar você a ler mais livros:

1. Prazer

Leia por prazer, não porque disseram pra você que o livro é bom ou porque você quer ficar mais culto. Tudo é consequência do prazer que você pode extrair da leitura. Se não está gostando de um livro, não se martirize. Tente outro.

O poeta Carlos Drummond de Andrade, no título de um de seus livros, diz: amar se aprende amando.
O mesmo vale para outras atividades, sobretudo para aquelas que exigem alguma dose desse mesmo amor.

Pois bem.
Ler se aprende lendo. Escrever se aprende escrevendo.

O professor não espere inspirar a paixão pela leitura e pela escrita ensinando orações subordinadas e insubordinadas.

Sinceramente, até hoje eu sou um ignorante desses detalhes técnicos da língua. Não digo isso com orgulho. Mas tampouco tenho vergonha.

Simplesmente o digo para reafirmar que não me tem feito falta tais conhecimentos.

A gramática e o apego excessivo a aspectos mais analíticos da língua devem estar entre as grandes baboseiras do ensino atualmente. Não que eles não sejam importantes. Ela são. Porém não são a prioridade neste instante.

Vamos deixá-los, por enquanto, aos tarados da Língua Portuguesa. São coisas para maiores de idade.
Sinceramente, se eu tivesse guardado minhas redações da época em que tinha 10 anos certamente teria encontrado erros mais graves que trocar uma letra na palavra “cena”, por exemplo. Diverti-me, na semana passada, ao ver supostos adultos tripudiando sobre esse erro, cometido por Sasha, filha de Xuxa, e ao tripudiar usar modalidades de expressão equivalentes ao erro que criticavam.

Veja só. O Brasil foi um dos piores colocados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos  há alguns meses. No quesito leitura, foi o quadragésimo oitavo entre 56 participantes. Não conseguimos interpretar nem uma tabuleta de banheiro.
 
A péssima posição do Brasil no ranking de aprendizado em ciências se repetiu nas provas de matemática e leitura. Os resultados do Pisa (sigla, em inglês, para Programa Internacional de Avaliação de Alunos), divulgados ontem pela OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), mostram que os alunos brasileiros obtiveram em 2006 médias que os colocam na 53ª posição em matemática (entre 57 países) e na 48ª em leitura (entre 56). 

O objetivo do Pisa é comparar o desempenho dos países na educação. Para isso, são aplicados de três em três anos testes a alunos de 15 anos em nações que participam do programa. O ranking de ciências, divulgado na semana passada, colocava o Brasil na 52ª posição. 

Além de estarem entre os piores nas três provas nessa lista de países, a maioria dos estudantes brasileiros atinge, no máximo, o menor nível de aprendizado nas disciplinas. 

O pior resultado aparece em matemática. Numa escala que vai até seis, 73% dos brasileiros estão situados no nível um ou abaixo disso. Significa, por exemplo, que só conseguem responder questões com contextos familiares e perguntas definidas de forma clara. 

Em leitura, 56% dos jovens estão apenas no nível um ou abaixo dele. Na escala, que vai até cinco nessa prova, significa que são capazes apenas de localizar informações explícitas no texto e fazer conexões simples. 

Em ciências, 61% tiveram desempenho que os colocam abaixo ou somente no nível um de uma escala que vai até seis. Isso significa que seu conhecimento científico é limitado e aplicado somente a poucas situações familiares. 

Nos três casos, a proporção de alunos nos níveis mais baixos é muito maior do que a média da OCDE, que congrega, em sua maioria, países ricos. 

Comparando o desempenho do Brasil no exame 2003 (que já era ruim) com o de 2006, as notas pioraram em leitura, ficaram estáveis em ciências e melhoraram em matemática. 

Uma melhoria insuficiente, porém, para tirar o país das últimas posições, já que foi em matemática que o país se saiu pior em 2006, com médias superiores apenas às de Quirguistão, Qatar e Tunísia e semelhantes às da Colômbia. 

Como há uma margem de erro para cada país, a colocação brasileira pode variar da 53ª, no melhor cenário, para a 55ª, no pior. O mesmo ocorre para as provas de leitura e ciências. No de leitura, varia da 46ª à 51ª. Em ciência, da 50ª à 54ª. 

A secretária de Educação do governo José Serra (PSDB-SP), Maria Helena de Castro, diz que o resultado em leitura é lamentável. "Essa é uma macrocompetência, básica para que os alunos desenvolvam as outras, como matemática, raciocínio crítico." Nos exames, São Paulo ficou abaixo da média nacional nas três áreas avaliadas. 

Suely Druck, da Sociedade Brasileira de Matemática, diz que, em geral, os alunos de outros países, assim como os do Brasil, tiveram desempenho pior em matemática na comparação com as outras disciplinas.
"A matemática se distingue das outras porque desde cedo a criança já tem que ter conhecimento teórico e é um aprendizado seqüencial, ou seja, antes de aprender a multiplicar, tem que saber somar." Por isso, defende que se exija um conteúdo mínimo em matemática para o professor dos primeiros anos do ensino fundamental, quando todas as matérias são ainda ensinadas pela mesma pessoa. 

O Pisa permite também comparar meninos e meninas. Em matemática e ciências, no Brasil, eles se saíram melhor. Em leitura, elas foram melhor. 

Ler mais é uma das grandes preocupações das pessoas no ano que chega. Além do quesito saúde, as listas de cada um tem algo em comum em boa parte das vezes. Leitura.

Todos nós sabemos que ler deve ser um ato de prazer e ele é. Sempre que aceitamos a idéia da leitura como algo obrigatório, imediatamente lembramos daqueles professores que nos atiçaram a ler um divertidíssimo Machado de Assis na hora errada. Isto é, quando não acharíamos divertidíssimo, embora ele o seja e muito.

Ora, se ler é algo prazeroso, não precisa e não deve estar associado com obrigação. Eu já me peguei pensando desse jeito várias vezes. Nada de errado, mas encarar as coisas assim pode tornar você um tanto neurótico a ponto de fazer uma lista com os livros lidos, como se eles fossem as presas abatidas em um safari.

Ler e prazer estão associados. Então, se não lemos o suficiente ou tanto quanto gostaríamos, a resposta é simples. Por algum motivo, não atendemos aos chamados de nossos prazeres – não só o dos livros, mas como um todo -, chamados que, de outra forma, seriam naturalmente atendidos.

Solução? Eliminar tais motivos tanto quanto possível.
Para tanto, fiz uma pequena lista de dicas que podem vir a ajudar.

Separe um tempo durante o dia para ler

Ler leva tempo e isso não deve mudar tão cedo. Cada vez mais as pessoas buscam prazeres rápidos e ficar de cinco a oito horas com um livro na mão se torna inconcebível. Mas acredite, os prazeres demorados são aqueles que mais valem a pena.

Guarde um tempo fixo do dia para essa atividade, se organize, faça uma agenda. Não precisa ser de cinco a oito horas. Quem sabe dois tempos de quinze minutos por dia? Já está bom. Depois de um ano, eles farão toda a diferença. Lembre-se: vale a pena, afinal é o seu prazer.

Outro problema é que as pessoas não associam prazer à disciplina e reservar uns minutos para a leitura exige disciplina. Nunca esqueça de levar sua diversão mais a sério do que a qualquer outra coisa.

Leia apenas o que lhe der prazer

Um dos maiores escritores que conheço – por livro, naturalmente – é Jorge Luis Borges. Qual a sua maior ambição? Ser um bom leitor. E não é pouca ambição. Seu conselho? Leia o que lhe faz feliz. Se você começar a ler alguma coisa e aquilo não lhe arrebatar, sequer o atrair levemente, deixe de lado. Talvez não seja a hora de ler, talvez nunca seja. Não faz mal. Existe uma infinidade de livros bons que vão lhe fazer feliz. Se quiser ler um pouco mais sobre isso, sugiro este artigo.

Prepare o terreno

Nem sempre podemos escolher ou preparar o local em que vamos ler, mas, se pudermos, ajuda muito. Quem sabe uma poltrona aconchegante, ou uma escrivaninha levemente inclinada para facilitar ou até mesmo a cama, embora muitos não a recomendem pois você pode associar a leitura ao sono ou a cama ao manter-se acordado e nenhuma das duas opções é boa. Prepare uma bebida. Pode ser um café, um chá, um suco. Algo gostoso. Verifique se a temperatura está de acordo. Se preciso, abra ou feche uma janela. Arranje uma manta quentinha ou ponha uma pantufa ridícula, mas de que você gosta. Busque silêncio.

A idéia é preparar o ambiente, como em um ritual, de maneira a você ficar predisposto, antes mesmo de começar, aos momentos de prazer que viverá. Não recomendo música, pois olhos e ouvidos iriam brigar por atenção.

Mas o ambiente também pode ser uma situação. Um dos meus maiores prazeres é ler em uma panificadora muito movimentada aqui perto de casa enquanto tomo um pingado em um copo americano grande e como um pão com manteiga. Adoro fazer isso. Talvez você eleja uma árvore ou queira ficar com os pés em um riacho enquanto lê. Vale tudo. É um pouco de auto-conhecimento. Só você pode dizer o que é melhor para você em qualquer aspecto da vida. Neste também.

Outra coisa importante: preparar o ambiente para devotar sua atenção a essa atividade é uma questão de respeito. Alguém, um contemporâneo seu ou uma pessoa de muito tempo atrás, achou importante investir o seu precioso e curto tempo na Terra para escrever as palavras que estão no livro e assim transmiti-las a um leitor. E esse leitor é você. Ei! Não olhe para o lado… estou falando com você. É uma honra ler seja lá o que for. Talvez alguém tenha morrido para essas palavras chegarem até você. Talvez muitas pessoas. Portanto, as linhas não podem passar sob dois olhos entediados.

Leia junto com alguém

Se ler é algo prazeroso, nada melhor que um prazer solitário deixar de ser solitário e passar a ser compartilhado com alguém. Quem já deu uma trepadinha que seja na vida sabe do que estou falando. Eu e Júlia, no momento, lemos um para o outro, alternadamente, o livro História Sem Fim, de Michael Ende. É ótimo poder acompanhar aos poucos o desenrolar da história na voz de quem se ama. E essa pessoa pode ser não só sua namorada ou sua mulher. Pode ser seu irmão, irmã, amigo ou amiga. Compartilhar um livro é compartilhar vida. E compartilhar vida, bem… conheço poucas definições tão boas para amor. Se isso não fizer a leitura deixar de ser uma obrigação, não sei o que fará.

Se alguém se perguntou – e tenho certeza de que alguém fez isso – respondo: sim, eu e Júlia também fazemos outras coisas. Não entrarei em detalhes.

Leia menos

Esta dica parece contrariar seu próprio objetivo, mas ela é genial. Consiste da seguinte sabedoria: nunca faça nada prazeroso em tal quantidade que essa atividade fique cansativa, desgastante ou mesmo dolorida.

Se isso acontecer com freqüência, com o tempo essa atividade, ainda que ela seja a mais prazerosa, será associada a desgaste e cansaço. Sempre.

- Ah, isso não acontece com o sexo…
É? Pense nas prostitutas.
Então, saia da mesa com um pouquinho de fome, pare de ler no melhor momento daquele capítulo. Guarde pra depois.

Com o tempo, os limites vão se alargando e mesmo “lendo menos” você vai notar que passou a ler muito mais do que quando começou a adotar estas táticas.

E, mais importante, mantendo o prazer e valorizando cada vez mais o que você lê.

Estas são minhas dicas, mas tenho certeza de que você tem as suas. Portanto, não se acanhe e as deixe aí embaixo nos comentários.

2. Lista

Faça uma lista de livros que gostaria de ler em determinado tempo e procure cumpri-la. Porém não se sinta culpado se não conseguir atingir suas metas. A lista é apenas um guia para você não perder o foco.
  • Que tal começar escolhendo através de uma lista de 100 livros essenciais?
Listas foram feitas para você, obviamente, discordar. A lista abaixo foi compilada recentemente pela Revista Bravo.

Não estou certo se ela foi compilada por ordem de importância, de acordo com seus editores. Julgo, no entanto, que o termo “essenciais” é acertado, usado no lugar de “melhores”, por exemplo.

Supõe-se, assim, que esses 100 são alguns dos essenciais, excluindo alguns que também seriam. Por outro lado, gosto de pensar que não existe um livro que seja absolutamente essencial. Possivelmente, algum que caso tivesse chegado até nós e que seria assim considerado não o é, pois não sobreviveu aos incêndios a bibliotecas e ao mau gosto de público e crítica, uns mais nocivos que os outros.

Portanto, aí estão alguns dos que sobreviveram ao fogo e à ignorância, de acordo com quem compilou a lista (convido você a incluir os livros que foram esquecidos e excluir aqueles que você julgar não essenciais):
  1. Ilíada, Homero
  2. Odisséia, Homero
  3. Hamlet, William Shakespeare
  4. Dom Quixote, Miguel de Cervantes
  5. A Divina Comédia, Dante Alighieri
  6. Em Busca do Tempo Perdido, Marcel Proust
  7. Ulysses, James Joyce
  8. Guerra e Paz, Leon Tolstoi
  9. Crime e Castigo, Dostoiévski
  10. Ensaios, Michel de Montaigne
  11. Édipo Rei, Sófocles
  12. Otelo, William Shakespeare
  13. Madame Bovary, Gustave Flaubert
  14. Fausto, Goethe
  15. O Processo, Franz Kafka
  16. Doutor Fausto, Thomas Mann
  17. As Flores do Mal, Charles Baldelaire
  18. Som e a Fúria, William Faulkner
  19. A Terra Desolada, T.S. Eliot
  20. Teogonia, Hesíodo
  21. As Metamorfoses, Ovídio
  22. O Vermelho e o Negro, Stendhal
  23. O Grande Gatsby, F. Scott Fitzgerald
  24. Uma Estação No Inferno, Arthur Rimbaud
  25. Os Miseráveis, Victor Hugo
  26. O Estrangeiro, Albert Camus
  27. Medéia, Eurípedes
  28. A Eneida, Virgilio
  29. Noite de Reis, William Shakespeare
  30. Adeus às Armas, Ernest Hemingway
  31. Coração das Trevas, Joseph Conrad
  32. Admirável Mundo Novo, Aldous Huxley
  33. Mrs. Dalloway, Virgínia Woolf
  34. Moby Dick, Herman Melville
  35. Histórias Extraordinárias, Edgar Allan Poe
  36. A Comédia Humana, Balzac
  37. Grandes Esperanças, Charles Dickens
  38. O Homem sem Qualidades, Robert Musil
  39. As Viagens de Gulliver, Jonathan Swift
  40. Finnegans Wake, James Joyce
  41. Os Lusíadas, Luís de Camões
  42. Os Três Mosqueteiros, Alexandre Dumas
  43. Retrato de uma Senhora, Henry James
  44. Decameron, Boccaccio
  45. Esperando Godot, Samuel Beckett
  46. 1984, George Orwell
  47. Galileu Galilei, Bertold Brecht
  48. Os Cantos de Maldoror, Conde de Lautréamont
  49. A Tarde de um Fauno, Mallarmé
  50. Lolita, Vladimir Nabokov
  51. Tartufo, Molière
  52. As Três Irmãs, Anton Tchekov
  53. O Livro das Mil e uma Noites
  54. Don Juan, Tirso de Molina
  55. Mensagem, Fernando Pessoa
  56. Paraíso Perdido, John Milton
  57. Robinson Crusoé, Daniel Defoe
  58. Os Moedeiros Falsos, André Gide
  59. Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis
  60. Retrato de Dorian Gray, Oscar Wilde
  61. Seis Personagens em Busca de um Autor, Luigi Pirandello
  62. Alice no País das Maravilhas, Lewis Caroll
  63. A Náusea, Jean-Paul Sartre
  64. A Consciência de Zeno, Italo Svevo
  65. A Longa Jornada Adentro, Eugene O’Neill
  66. A Condição Humana, André Malraux
  67. Os Cantos, Ezra Pound
  68. Canções da Inocência/ Canções do Exílio, William Blake
  69. Um Bonde Chamado Desejo, Teneessee Williams
  70. Ficções, Jorge Luis Borges
  71. O Rinoceronte, Eugène Ionesco
  72. A Morte de Virgilio, Herman Broch
  73. As Folhas da Relva, Walt Whitman
  74. Deserto dos Tártaros, Dino Buzzati
  75. Cem Anos de Solidão, Gabriel García Márquez
  76. Viagem ao Fim da Noite, Louis-Ferdinand Céline
  77. A Ilustre Casa de Ramires, Eça de Queirós
  78. Jogo da Amarelinha, Julio Cortazar
  79. As Vinhas da Ira, John Steinbeck
  80. Memórias de Adriano, Marguerite Yourcenar
  81. O Apanhador no Campo de Centeio, J.D. Salinger
  82. Huckleberry Finn, Mark Twain
  83. Contos de Hans Christian Andersen
  84. O Leopardo, Tomaso di Lampedusa
  85. Vida e Opiniões do Cavaleiro Tristram Shandy, Laurence Sterne
  86. Passagem para a Índia, E.M. Forster
  87. Orgulho e Preconceito, Jane Austen
  88. Trópico de Câncer, Henry Miller
  89. Pais e Filhos, Ivan Turgueniev
  90. O Náufrago, Thomas Bernhard
  91. A Epopéia de Gilgamesh
  92. O Mahabharata
  93. As Cidades Invisíveis, Italo Calvino
  94. On the Road, Jack Kerouac
  95. O Lobo da Estepe, Hermann Hesse
  96. Complexo de Portnoy, Philip Roth
  97. Reparação, Ian MacEwan
  98. Desonra, J.M. Coetzee
  99. As Irmãs Makioka, Junichiro Tanizaki
  100. Pedro Páramo, Juan Rulfo

3. Mais de um ao mesmo tempo

Atualmente, eu tenho um livro para ler em casa, um para ler enquanto tomo café e outro que leio na cama, por exemplo. Um de bolso é ótimo para carregar por aí. Deixe um no porta-luvas do carro.
  • 9 dicas para ler todos os livros do vestibular em 30 minutos ou menos por dia.
As dicas a seguir servem para a leitura efetiva da lista de livros de qualquer vestibular, embora eu as publique inspirado pela divulgação da lista da mais importante universidade de Curitiba, cidade em que vivo.

Elas levam em consideração o caso de você querer ler as obras em cinco meses e a estimativa de elas terem 300 páginas cada (têm menos).

s cursinhos se empenham em apresentar os melhores resumos, a universidade pede que os alunos leiam as obras integralmente.

É o que eu recomendo também, caso você queira ser aprovado e ao mesmo tempo queira transformar em uma atividade prazerosa aquilo que poderia ser encarado como uma obrigação enfastiante.

A lista é a seguinte e, talvez com a exceção de dois livros – Muitas Vozes, de Ferreira Gullar, e Leão de Chácara, de João Antônio -, todos os outros podem ser encontrados para download na internet. Se quiser comprá-los, segue a lista e os links:
  • Romanceiro da Inconfidência – Cecília Meireles
  • Muitas Vozes – Ferreira Gullar
  • Dom Casmurro – Machado de Assis
  • São Bernardo – Graciliano Ramos
  • Memórias de um Sargento de Milícias – Manuel Antônio de Almeida
  • Como e porque sou Romancista – José de Alencar
  • Leão-de-Chácara – João Antônio
  • Felicidade Clandestina – Clarice Lispector
  • O Pagador de Promessas – Dias Gomes
  • O Santo e a Porca – Ariano Suassuna
Sabedores dos títulos, vamos às dicas para a leitura efetiva de todos esses livros, lembrando que elas servem para a lista de livros de qualquer vestibular.

1) Defina metas quantitativas

Se quiser ler tudo até começo de outubro, quando as revisões ficam mais pesadas, você tem 5 meses. Duas obras por mês. Digamos que, exagerando, cada uma tenha em média 300 páginas. Ao todo são 600 páginas por mês, mas não deve chegar a tanto.

Se você ler 20 páginas por dia cumprirá seus objetivos facilmente. Ainda que você tenha uma leitura lenta, de uma página a cada um minuto e meio, isso tomará 30 minutos diários.

2) Estabeleça uma ordem de leitura

Agora, você já sabe que terá que ler dois livros por mês. Escolha a ordem em que isso vai acontecer. Estabeleça um critério ou mais. Por exemplo:
  • Familiaridade: você já leu algum? Já teve contato contato com outras obras do autor? Já viu algum filme ou peça com base na obra? A partir daí, decida se você vai começar pelas mais conhecidas ou pelas menos. Eu começaria pelas menos, para ter mais tempo para pesquisar e tirar dúvidas se for o caso.
  • Afinidade: Talvez você não conheça nenhuma das obras, mas com uma breve pesquisa é fácil descobrir de quais poderá vir a gostar mais. Faça um ranking e, então, escolha se você deixa a sobremesa para o começo ou para o final.
  • Tamanho: Não é dos melhores critérios, mas já é alguma coisa. Faça uma lista por ordem de tamanho e escolha por onde quer começar. Se do maior para o menor ou do menor para o maior. Outra possibilidade, já que você lerá dois por mês, é começar pelo maior e pelo menor e ir em direção aos médios.
  • Dificuldade: Esse critério é um pouco mais inteligente. Algumas obras exigem mais do estudante. Tente descobrir quais são e coloque-as no começo de seu cronograma. As mais fáceis podem ficar para o final, quando a preparação para as provas estará mais puxada.
Estabelecida a ordem de leitura, siga-a. Escreva-a em algum lugar. Há mais facilidade em cumprir coisas que estão escritas.

3) Escolha horário

Considerando que você quer passar no vestibular, sua rotina deve mudar bastante e se tornar mais regrada. Não custa nada você acrescentar mais um item em seu dia a dia: o horário em que você vai ler os livros do vestibular. Nem sempre é possível fazer isso, mas as boas rotinas e os bons hábitos funcionam assim: quanto mais os repetimos mais facilmente conseguimos mantê-los.

Como vimos, 30 minutos diários são mais do que suficientes para ler todos eles. Nada impede que você divida isso em dois momentos de 15 minutos, por exemplo.
  • Se você gosta de ler, coloque a leitura no fim do dia, pois vai encará-la como um momento de lazer depois de horas de estudo.
  •  
  • Se você ainda não tem esse hábito saudável, coloque-o no começo do dia, pois estará mais descansado e irá se concentrar com mais facilidade.

4) Escolha um lugar

Outro item que, às vezes, é difícil de ser observado. Mas, se possível, escolha um lugar limpo, silencioso, confortável, aconchegante e que incentive a concentração e a experiência profunda da leitura. Evite a cama. A idéia é que você apreenda o máximo com o mínimo de esforço. E é muito mais fácil aprender quando associamos o aprendizado a situações prazerosas que quando o associamos a situações pouco prazerosas.

5) Veja o filme

Ver um filme baseado no livro não substitui a sua leitura, mesmo porque são duas obras completamente diferentes. Mas isso pode facilitar e aumentar o entendimento, antecipando o enredo. Normalmente eu não recomendaria isso, mas, por ser uma situação especial como o vestibular, tudo é válido. Nem todas as obras da lista tem filmes específicos. Não há problema. Veja um documentário sobre o autor ou alguma produção cinematográfica baseada em outra de suas obras. Já vai ajudar.

6) Resumos

Normalmente eu não recomendo que se leia nem a orelha do livro. Mas, no caso do vestibular, um resumão pode ajudar a compreensão posterior da obra. Você encontra facilmente milhares de sites especializados em resumos das obras do vestibular. Porém, tenha em mente que o resumo não é a solução. É apenas um apoio. Leia o livro integralmente se quiser ter a certeza de um bom resultado.

7) Grife, anote, sublinhe, desenhe

Leitores amadores têm o hábito de colocar o livro em um pedestal. Agora que você é um leitor profissional, por ocasião do vestibular, lembre-se do que Mário Quintana dizia: os livros de poesia são ótimos pois têm mais espaço para os rabiscos das crianças.

Os livros de prosa têm menos espaço, mas esteja pronto para grifar passagens que você considera importantes e anotar palavras chaves e idéias que forem surgindo nas margens.

Observação: não grife aquilo que seria importante para o vestibular, mas o que você acha importante. A anotação fará mais sentido. Será mais fácil lembrar de outras coisas a partir dela do que se você grifar algo que não considere tão fundamental.

8) Não grife, não anote, não sublinhe, não desenhe

Quando eu fiz vestibular lembro de ter visto livros grifados com todas as cores do arco-íris e em toda a sua extensão. O problema é que nesse caso o que se destaca no texto é justamente aquilo que não está grifado. Afinal, quando tudo é importante, nada é importante. Seja criterioso ao fazer suas anotações.

9) Ao final de cada leitura faça um breve resumo

Um resumo ao final de cada leitura tem dois propósitos. Você avalia se compreendeu o texto e ao mesmo tempo fixa essa compreensão. Isso também vai servir para você treinar para a prova de redação, habituando-se a escrever com constância. Não precisa ser nada demais. Algo entre cinco e dez linhas. Guarde bem esses resumos, o mais organizadamente possível, por mais que eles pareçam garranchos. Ao final de cada livro, faça um novo resumo, um pouco maior, da obra completa.

4. Leia livros pequenos

Tamanho não é documento. Da mesma forma o número de livros que você lê também não diz quão bom leitor você é. Mas ler mais livros, dessa forma, pode motivá-lo a ler ainda mais, pelo efeito psicológico.
  • Algumas dicas de bons livros pequenos.

Sem tempo? Não gosta de carregar peso? Preguiça? Seus problemas acabaram. Fiz uma pequena lista de “livros finos” que você certamente lerá com muito prazer. Muitos deles têm letras grandes e são excelentes para não forçar a visão.

Alguns agradarão a qualquer tipo de preferência literária. Outros nem tanto. Porém esteja certo de que ao menos um desses livros curtos e de poucas páginas vai agradar seu bolso, seu gosto e se adequar a seu precioso tempo.

Só por farra, fiz as sinopses como se elas fossem aquelas chamadas idiotas dos programas da Rede Globo.

1.                O Alienista, de Machado de Assis – Um médico muito louco resolve aprontar todas em uma pequena cidade do interior. O que ele não imagina é que todos os seus planos podem vir por água abaixo porque os moradores de lá são mais malucos que ele. Com Fernanda Montenegro e Lima Duarte.

2.                A Metamorfose, de Franz Kafka – Gregor Samsa tem uma vida chata. Mas as coisas podem mudar quando ele se transforma em um inseto nojento e sua família começa a achar tudo muito estranho.

3.                Bartleby, o Escrivão, de Herman Melville – Bartleby tem uma vida chata e não agüenta seu chefe. Mas as coisas podem mudar quando ele decide ir em busca de suas verdadeiras ambições.

4.                O Contrabaixo, de Patrick Süskind – Esse músico muito louco tem uma vida que não é mole, mas tudo pode mudar quando ele decide ir atrás de seu grande e verdadeiro amor.

5.                O Conto da Ilha Desconhecida, de José Saramago – Um navegador quer encontrar a terra prometida com ajuda de uma turma da pesada, mas o verdadeiro amor também está em seu caminho.

6.                Cândido ou O Otimismo, de Voltaire – Esse nobre muito louco só se mete em encrencas. Sua vida está de pernas para o ar, entre a tragédia e a comédia, mas sempre sobra tempo pra muita diversão e azaração.

7.                Planolândia, de Edwin A. Abbot – Um quadrado pode ter uma vida chata, mas tudo pode virar de pernas para o ar quando uma esfera resolve levá-lo para a terceira dimensão. Baseado em fatos reais. Com Lima Duarte no papel do quadrado.

8.                Coração das Trevas, de Joseph Conrad – Uma aventura sombria no coração humano. Medo e terror no meio da selva. As águas guardam segredos, sustos e a terrível ambição dos homens. Um clássico, com Marlon Brando.

9.                Vidas Secas, de Graciliano Ramos – Uma história de amor e sofrimento de pessoas que enfrentam todas as dificuldades da vida com a cara e a coragem. Com Fernanda Montenegro.

10.           O Médico e o Monstro, de Robert Louis Stevenson – Um cientista muito louco acha que inventou a fórmula da felicidade, mas descobre que suas descobertas podem metê-lo numa encrenca das grossas, cheia de aventuras e azarações.

·                     A Ovelha Negra e Outras Fábulas, de Augusto N. Monterroso.
 E outro indicado pela Marcela Ortolan:

·                    Morte em Veneza, de Thomas Mann – Infelizmente só encontrei uma edição em que ele aparece com outra obra, totalizando umas 160 páginas. (Mas considere então como um livro fino dois em um:-).

Indicação de Lucas Brandão, com sinopse do comentarista, seguindo o estilo das minhas:

·                    O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint Exupery – Perdido no meio do deserto, Antônio conhece um menino alienígena que muda a sua vida para sempre. Com Patrícia Pillar como “rosa”.
·                     
As sinopses são brincadeiras – bobas, admito – com as histórias dos livros, mas as indicações são reais e sinceras: diversão garantida.Se quiser saber mais precisamente sobre o que cada um deles trata, recomendo a visita aos links e a possível aquisição dos itens. Espero que, caso o faça, goste. Depois me conte.

5. Escolha um autor

Se descobrir um autor de que gosta, leia tudo dele. O fato de ter gostado do autor vai ajudar a embalar seu ritmo de leitura

6. Relacione-se com um bom livreiro

Tenha um bom livreiro, que saiba indicar livros e que o motive não só na aquisição de livros, mas também na leitura deles. Lembre-se: comprar livros, não é assimilar seu conteúdo e livro não é enfeite para sua estante. Isso é queimar dinheiro. Se você comprar livros bem indicados, as chances de conseguir efetivamente lê-los é maior

7. Filmes

Filmes sobre livros, baseados em livros e na vida de escritores costumam motivar ainda mais a leitura de tais obras

8. Vá mais ao teatro

O ambiente que favorece a cultura e a manifestação artística, indiretamente, motiva você a ler mais
  • Leia 10 motivos para ver ou ler Hamlet).

Desnecessário dizer que, para se ler uma obra literária, basta estar-se gostando do andamento das páginas.

 

Porém, para algumas – de tão boas e no caso de ainda não se estar com o livro nas mãos – cabe o incentivo de quem já o leu e por ele tem alguma preferência aos que ainda não tiveram tal privilégio.

É o caso de Hamlet, de William Shakespeare.

Seria suficiente dizer que Hamlet pode ser uma das melhores experiências literárias de sua vida: há nela aventura, sexo, duelos de espada, intriga, sabedoria, humanidade, arte, filosofia, beleza, loucura, poesia e, claro, um final sangrento.
No entanto, vamos a eles de uma vez. Os motivos:

1.                Hamlet provavelmente é o personagem mais legal de toda a literatura. Ele é sábio e, contraditoriamente, vítima de suas próprias paixões. Jovem, atormentado e triste – com o que um adolescente se identificaria -, mas também ponderado, sagaz e consciente de suas responsabilidades – como uma pessoa mais madura preferiria.

2.                Hamlet expressa o humano. Sendo tão contraditório e sólido ao mesmo tempo, ele não é nada mais nada menos do que um dos personagens que melhor expõe as forças que trabalham em sentidos opostos em cada um de nós, no que elas têm de maior e no que eles têm de mais miúdo. Ele não é um herói bom, nem um herói mau. É apenas um herói, como você ou eu.

3.                Trata-se de literatura de detetive. Embora conduzido pela névoa das emoções e por métodos que tornam Bentinho, de Dom Casmurro, uma pessoa completamente lúcida, Hamlet tenta descobrir o assassino de seu pai.

4.                Não há uma página sequer em que não haja uma passagem de arrepiar ou algum dito espirituoso, como este em um diálogo entre Hamlet e seu tio, na cena 3 do quarto ato: “Hamlet: Pode-se pescar com um verme que tenha comido de um rei e comer o peixe que se alimentou desse verme. O rei: Que queres dizer com isso? Hamlet: Nada. Apenas mostrar-vos como um rei pode fazer um passeio pelos intestinos de um mendigo.”

5.                Um clássico é, no mínimo, um bom conselheiro. O exemplo que primeiro me ocorre são as dicas dadas por Polônio a seu filho, Laerte, quando este parte em viagem.

6.                É uma obra sobre amizade. O que dizer da fidelidade mútua que há entre Horácio e Hamlet?

7.                Há tensão sexual e emocional. O que afirmar sobre as mulheres da peça com as quais Hamlet se relaciona: a mãe e Ofélia? Freud que nos explique.

8.                A peça mostra como o artista lida com os acontecimentos de sua vida. É possível que a peça tenha sido escrita sob a influência da perda de um filho de Shakespeare, chamado Hamnet.

9.                O monólogo. O famoso “ser ou não ser”. Ele pode ser encarado como a escolha entre a vida, e a certeza dos sofrimentos, e o suicídio, e a incerteza do que virá depois desse ato, de um modo mais simplista. Mas também pode ser entendido como a escolha entre as formas de existência mais cruas e responsáveis e as mais escapistas. A escolha entre a pílula vermelha e a azul, em Matrix.

10.           Hamlet não perde sua atualidade: por tratar de temas que nunca sairão da pauta dos tormentos humanos.

Vou ficar devendo por ora minha teoria que prova que todo o enredo não passou de uma armação do fiel amigo de Hamlet, Horácio, a fim de entregar a Dinamarca de mão beijada ao conquistador Fortimbrás.

Prefiro contar a história – verdadeira – de um estudante que tentava uma vaga na Faculdade de Artes do Paraná (FAP).

O texto escolhido para a prova prática: o monólogo.

- Ser ou não ser…
Silêncio. A banca tensa. Mais silêncio. Uma gotinha de suor escorreu pela têmpora do candidato.
- Xi… esqueci.
No caso, ele perdeu a questão.
E o resto é silêncio.

9. Livros baratos

Eu gosto de comprar em sebos e, pela internet, uso muito a Estante Virtual. Mas não confunda livros baratos no preço com livros baratos na qualidade. Busque edições de qualidade. Traduções ruins e edições mal feitas podem acabar com o prazer da leitura
  • Leia 8 dicas para ler um livro com eficiência.

A Paula, do Epinion, em seu artigo sobre o Sony Reader, leitor de livros eletrônicos da Sony, tocou em um assunto fora desse tópico, mas que considerei o mais importante desse texto. Mesmo pessoas que habitualmente são vistas com um livro na mão poderão em maior ou menor medida serem consideradas maus leitores.

 

Pensando nisso, e observando alguns pontos que a Paula assinala em seu texto, listei uma série de conselhos que podem ajudar a ler um livro com real efetividade. Conselhos que, admito, eu mesmo deveria seguir com mais freqüência. Se você observá-los, certamente vai entender o texto e lembrar do que leu com muito mais facilidade:

1.  Pesquise a vida do autor: antes de começar a ler um livro, principalmente um clássico, dê ao menos uma olhada em um artigo de enciclopédia sobre a vida do autor. Não precisa ser uma pesquisa longa. Saber a época em que ele nasceu, com quem o sujeito andava, quem eram os seus conterrâneos e contemporâneos já vai ajudar bastante.

2. Pesquise a época em que o livro foi escrito: mesma coisa. Situe-se no tempo. Se você começar a ler um livro sem ter a noção do que se passava historicamente quando ele foi escrito será como se você começasse um vôo no escuro e sem decolagem. A situação histórica motivou o autor a escrever sua obra de um jeito e não de outro.

3. Saiba onde o autor vive e como: se for um autor contemporâneo, pesquise rapidamente sobre o lugar onde ele vive. Vá ao mapa, coloque o dedo sobre a cidade em que ele nasceu. Acredite. Vai ajudar. Você sabe onde fica Lanzarote, nas Ilhas Canárias? Pois é. É onde José Saramago vive hoje.

4. Leia uma sinopse: essa é controversa. Há quem não recomende. Deixo para que você opte. Mas em alguns casos, esse instrumento pode ajudar a preparar você para o que vai encontrar durante a leitura. Se você for uma pessoa crítica, saberá quando o autor da sinopse tiver se equivocado completamente. Mesmo nesse caso, a sinopse ajudará em seu entendimento.

5. O livro anterior e o livro posterior: o autor teve outras obras? Qual veio antes e qual veio depois. Situar o livro na bibliografia do escritor é outra forma de entender aquilo que se vai ler.

6. Com que outras obras o livro se relaciona: em uma época, mesmo que então não se perceba, os livros dialogam entre si e também com livros de épocas anteriores e posteriores. Descubra mais sobre isso e entender e lembrar o que você leu será muito mais fácil.

7.  Enquanto lê, escreva sobre o livro: tudo aquilo para que se dá um uso, ainda que subjetivo e íntimo, tem mais valor. Temos uma tendência a assimilar apenas as coisas a que damos valor. Escrevendo sobre o livro, ainda que apenas um parágrafo, você notará uma sensível diferença. O que ele significou para você? O que se passava em sua vida enquanto você o lia? Esse livro, agora, faz parte de sua própria biografia. Ele é importante. Desde que comecei este blog, lembro com mais facilidade dos livros que li.

8. Anote no livro: essa eu considero a mais importante. Se você não gosta da idéia de escrever nas páginas de um livro, sugiro que compre dois. Um para guardar e outro para anotar.
  
10. Relacione-se com outros leitores
pelo mesmo motivo pelo qual você deve se relacionar com um bom livreiro. Outros leitores motivarão você a conhecer novos autores e novos livros (Conheça o Skoob: uma rede social para leitores).

No Skoob  você lista os livros que leu, que está lendo e de que gosta, fala sobre eles e compartilha com outros leitores.

Segundo informação do site:

O skoob é o local onde você diz o que está lendo, o que já leu e o que ainda vai ler, seus amigos fazem o mesmo e assim, todos compartilham suas opiniões e críticas. É também um lugar para fazer novos amigos, tem muita gente que gosta dos mesmos livros que você, nosso papel é ajudá-lo a encontrar essa pessoas e saber quais são suas dicas para a sua próxima leitura. (…) O primeiro passo é se cadastrar  no skoob, tornando-se um “skoober”, depois adicione seus livros à sua estante. A partir daí as coisas começam a ficar mais divertidas, existem várias ferramentas no site para que você interagir com outros skoobers.

Eu já tinha visto outros sites desse gênero para leitores, como o Librarything e o Shelfari, mas esse é o primeiro nacional. Nos outros, por falta de amigos brasileiros e ferramentas mais voltadas a títulos nacionais, acabou que não me envolvi suficientemente. Quem sabe neste dá certo? Vou me cadastrar e ver o que acontece.

11. Leve um livro sempre consigo
Assim você não perde nenhuma oportunidade para ler um pouquinho mais. Nem que sejam cinco minutinhos na fila do banco
  • Leia o post 221 dicas para aprimorar seu relacionamento com os livros)

Abaixo, algumas das listas de dicas para aprimoramento do seu prazer de ler e escrever que publiquei ou linkei aqui no Livros e Afins desde a inauguração do blog.

Você vai notar que dois ou três destes links levam a artigos de outros blogs. Para chegar à conclusão de que eram 221 dicas, somei a quantidade de dicas de cada post, o que torna o número 221 qualitativamente errado, mas quantitativamente correto.

1.                10 dicas dos mestres para escrever melhor.

O blog Pick The Brain trouxe uma lista com 10 dicas dos mestres para escrever melhor.

Traduzi e adaptei:

a)    Corte as partes chatas: desenvolva a sensibilidade para descobrir quais partes de seu próprio texto você pularia. Provavelmente o leitor também faria o mesmo. Se é uma parte essencial, então está mal escrita: reescreva; se não for essencial, corte.

b)    Corte as palavras desnecessárias: não afirme  que uma coisa é interessante ao seu leitor. Se for , o seu leitor é inteligente  para perceber isso. O mesmo vale para adjetivos, advérbios e afins. Um substantivo bem colocado vale  mais que tais categorias gramaticais. (Agora leia com as palavras cortadas e perceba como faz sentido).

c)    Escreva com paixão: se você não estiver interessado no que você escreve, quem estará?

d)    Desenhe com palavras: não afirme que uma coisa é interessante ou importante. Dê os dados  para que o leitor descubra   sozinho. Não diga que o luar é bonito: explique como ele atravessa a vidraça, abraça a madeira dos móveis e projeta uma luz levemente azul, sem calor, na parede branca como se fosse a tela de um filme prestes a começar.

e)    Escreva simples: as artes japonesas são boas nisso. Hai-kais são curtos e conseguem desenhar cenas inteiras. Samurais resolviam lutas complexas com poucos golpes de espada. Diga o necessário, diga rápido, diga tudo.


f)      Escreva porque você gosta: se você não gosta, de nada adiantará. Se você fizer isso sem esperar nada em troca, em algum momento talvez alguém ofereça algo. Se não oferecerem, ao menos você está fazendo algo de que gosta.

g)    Saiba quando aceitar a rejeição e quando rejeitar a aceitação: quando você publica escritos seus está sujeito aos elogios e às críticas desmedidas. Saiba lidar com as duas situações.

h)    Escreva, escreva, escreva: se você escreve em seu blog uma vez por mês, as chances de que seu estilo melhore são menores do que se você escrever todos os dias. Isso nem sempre é verdade, mas quantidade conduz à qualidade.

i)       Escreva sobre o que você sabe e sobre o que você quer saber: a primeira parte dessa afirmativa diz respeito à especialização. Se você é uma autoridade em um assunto, seu texto vai fluir melhor e transmitir domínio. A segunda parte diz respeito ao desejo dessa autoridade.

j)      Seja único: ouse experimentar novos estilos. Seguindo o que já deu certo, você repetirá fórmulas.

k)    Se você quer mesmo saber quem foram os escritores deram todas essas dicas recomendo   a visita ao artigo “The Art of Writing: 10 Tips from the Masters”.
 12. Leia para seus filhos
Além de ler mais, você estará incentivando o hábito. Se não tiver filhos, leia para seus sobrinhos, filhos de seus amigos ou, até, para outros adultos
  • 11 coisas que meus pais fizeram por mim e me ajudaram a gostar de ler.

2.                Como aprendi a gostar de ler com simples 11 atitudes de meus pais.

Uma professora de português, na pós-graduação em Literatura Brasileira que faço na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), disse que é comum que mães questionem os livros indicados aos filhos, considerando-os muito complicados.

Pensei que uma boa idéia seria perguntar delicadamente a essa mãe que outros livros ela teria indicado durante todo aquele tempo antes de ele chegar às aulas de Literatura.

Os pais têm papel fundamental na formação dos novos leitores. A responsabilidade não pode ser jogada apenas nas costas dos professores na hora de ensinar a gostar de ler.

Eis algumas coisas que meus pais fizeram para que eu me tornasse amigo dos livros. Se você for pai ou mãe, espero que isso ajude.

Presenteavam-me com livros – Quase toda semana eu ganhava um livro novo. Nas datas festivas, além de um brinquedo, eu ganhava um livro.

a)    Levavam-me às livrarias – Nada mais divertido e que chame mais a atenção de uma criança que a colorida seção de livros infantis. Ainda que ela seja pequena e desorganizada, como costumam ser as de ultimamente, para a criança tudo é grande, vasto e divertido.

b)    Levavam-me à biblioteca - Nem todo mundo tem dinheiro para comprar livros toda semana. Mas uma biblioteca tem uma quantidade enorme de livros à disposição. De graça. Lembro como ontem o dia em que meu pai me companhou quando fiz a minha carteirinha. Emprestei uma edição do Príncipe Valente.

c)    Associavam esses passeios a coisas divertidas – Uma ida à livraria ou à biblioteca era acompanhada sempre de um sorvete, uma passada na pastelaria ou um passeio no zoológico. Não precisa ser nada muito complicado. A leitura deve estar ligada a atividades prazerosas já que também é uma.

d)    Não tinham preconceito quanto a gibis - As histórias em quadrinhos são ótimas maneiras de iniciar a criança à leitura. Embora sejam uma forma de arte diferenciada, habituam à palavra escrita.

e)    Liam histórias para mim – Minha avó também lia histórias para mim. Sempre que o fazia colocava seus óculos. Como eu ainda não sabia ler, um dia roubei os seus óculos imaginando que aquilo me ajudaria a entender aquelas letrinhas todas.

f)      Contavam histórias para mim – Quem gosta de ouvir histórias, gosta também de lê-las e de contá-las. Eles também me mantinham em contato com as pessoas mais velhas da família que, por natureza, são contadores de histórias. Quando criança, lembro de aos domingos, bem cedo, ir para cama de minha bisavó, onde ela me contava as suas aventuras da juventude.

g)    Davam livre acesso aos livros adultos – Eles nunca temeram que eu estragasse os livros da biblioteca, os livros “sem figura”. De fato, estraguei alguns, mas a minha transição dos chamados livros infantis para os adultos foi gradual e sem pressões, no meu ritmo. O primeiro que li foi Tubarão, aquele do filme.

h)    Meu pai me levava ao cinema – O cinema é uma das portas de entrada para a literatura. Foi ao ver Mogli, dos estúdios Disney, que me interessei em ler o Livro da Selva, de Rudyard Kipling.

i)       Eles liam – Meu pai, sobretudo, lia muito. Para uma criança, o cara mais legal do mundo é o pai. E, quando você é criança, tudo o que você quer é ser como o cara mais legal do mundo. E o mais importante:

j)      Eles NUNCA me obrigaram a ler – Tudo que é feito por obrigação é um saco. Coisas feitas contra a vontade causam trauma. E, depois de um trauma, mesmo que seja a mais prazerosa das atividades, mais tarde você vai associá-la com sentimentos ruins e se recusar a fazê-la. Para entender melhor, apenas neste item substitua a palavra leitura pela palavra sexo.)

3. 9 dicas para ler todos os livros do vestibular em 30 minutos diários ou         menos

4. 21 dicas para conservar seus livros

5. 10 dicas você ler mais livros por ano


6. Ler como objetivo 5 dicas para que isso não seja uma obrigação

7. 10 motivos para ler livros clássicos

8.  10 motivos para ler livros atuais

9. 12 motivos para aprimorar seu hábito de leitura

10.  6 questões para saber se você deve guardar ou não um livro

11. 8 métodos para ler um livro com mais eficiência

12. 14 razões para você publicar sua obra na internet e não em um livro

13. 15 exercícios para escrever melhor

14. 8 exercícios divertidos para escrever melhor usando o seu livro favorito

15. 9 modos simples de evitar erros de português e nunca mais passar vergonha

16. 5 métodos infalíveis para que você nunca mais esqueça suas idéias

17.  7 conselhos de Gabriel Garcia Márques para escrever melhor

18.  A regra de ouro o empréstimo de livros

19. 13 sites de livros grátis

20. 16 idéias criativas para guardar seus livros e… 1 pesadelo de qualquer bibliotecário

21. 31 links quem trabalha com palavras Espero que seja útil e divertido.

13. Todos os meios são válidos

por exemplo, o site Leitura Diária encaminha para seu email um trecho curto, nos dias da semana que você preferir, um trecho bem curto de um livro que você escolher. Ao cabo de alguns meses você leu mais um livro
  • Conheça melhor o site Leitura Diária

14. Frequente bibliotecas

Livros grátis, pessoas que gostam de livros e profissionais que estão ali para indicar os melhores livros. Quer mais motivos para frequentá-las e, assim, aumentar o número de livros que você lê?

O FILÓSOFO

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