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segunda-feira, 2 de abril de 2012

ESTRELA SOLITÁRIA


 

 

Responda rápido: o que é o que é que dá muitas voltas, mas não sai do lugar?

No dito popular, a resposta certa é uma só: relógio. Mas no tique-taque da política de Campo Maior, bem que a resposta poderia ser o PT. Para ser mais exato, o PT é a candidatura que se mostra mais promissora a prefeito – candidatura que passará pelo teste nas urnas, após duas tentativas frustradas e uma terceira vitoriosa. Se vencer, o candidato do PT superará em teimosia a Luiz Inácio Lula da Silva, que bateu três vezes na trave antes de chegar à Presidência da República.

A pergunta é: Paulo Martins tem chance de repetir Lula e ganhar seu segundo mandato pela insistência?

Sem ter bola de cristal e fazendo uma análise fria, dá para arriscar: não será fácil. 


Apesar de 60% de rejeição do nome que vai disputar pelo PT a postulação ao PMMC, surgem nomes cada um pior que o outro, a candidatura do PT sofre de um problema sério: o desapego dos próprios petistas, falta de apetite do próprio grupo para a disputa. Dá para fazer campanha, mobilizar militância e arrecadar recursos com o próprio candidato meio desgastado e à sombra?


Memória. Nem sempre foi assim. No primeiro embate com Joãozinho Felix, em 2004, quando o Prefeito da época debutava nas urnas, Paulo Martins empatou na largada como um dos favoritos. Tão favorito que, meses antes da eleição, seu comando de campanha já teria distribuído os cargos de primeiro escalão. Acabou perdendo nas urnas. Em 2008 chegou a estar bem nas pesquisas, mas acabou fracassando de novo. 


Estratégia. Alguns eleitores acham que o estágio latente da candidatura de Paulo Martins é real. Ele e seu grupo estão fazendo reuniões nos bairros, conversando com lideranças e levantando os pontos vulneráveis dos outros partidos para explorá-los no embate eleitoral.

A inapetência seria, então, estratégia política. Adotada por dois motivos.
Primeiro, o PT acredita que os outros partidos vão entrar na disputa com uma candidatura de segundo time. Para Paulo Martins, no final das contas, o candidato será mesmo a Dra. Liége e desperdiçar chumbo nos nomes que estão por aí seria perda de tempo e, principalmente, de foco.

Segundo, prudência: após largar confrontando os Félix por duas vezes e perder fôlego no decorrer da campanha, Paulo Martins teria adotado uma estratégia cautelosa, para tentar um fôlego extra na reta final da disputa.

Contra. Política é a arte dos detalhes e muita coisa vai acontecer até o dia 7 de outubro. 



O FILÓSOFO

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