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Pesquisa feita pela Consultoria Legislativa da Câmara dos  Deputados apontou que nove dos dez deputados federais eleitos no Piauí  estão entre os   que mais gastaram para se eleger. 
Nove dos deputados federais tiveram as campanhas mais caras do país, conforme a pesquisa. 
Segundo o levantamento da Consultoria Legislativa, o estado que  em termos proporcionais elegeu os candidatos que mais gastaram foi o  Piauí, com nove dos dez eleitos no ano passado figurando entre os donos  das campanhas mais caras do estado (90% dos eleitos). Por outro lado,  Roraima elegeu apenas três (37,5%) dos oito que mais gastaram. 
Mais de 70% dos deputados eleitos no ano passado foram, também,  os que tiveram os maiores gastos com as campanhas, revela um  levantamento feito pela Consultoria Legislativa da Câmara. 
O dado será utilizado pelo relator da Comissão Especial da  Reforma Política, deputado Henrique Fontana (PT-RS), na argumentação em  defesa do financiamento público exclusivo de campanha, um dos principais  temas debatidos no colegiado. 
Para fazer o levantamento, a consultoria levou em consideração a  quantidade de deputados eleitos por estado. Assim, no caso de São Paulo,  que tem uma bancada de 70 deputados, foram considerados os resultados  das 70 campanhas mais caras. Dos 513 eleitos, 369 (71,9%) declararam os  maiores gastos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 
Fontana, cuja campanha está entre as 31 mais caras do Rio Grande  do Sul (R$ 1,271 milhão, conforme dados do TSE, vê no resultado da  pesquisa a comprovação da relação direta entre “o valor disponível para a  campanha e o resultado eleitoral”. 
Segundo o deputado, essa relação acaba dificultando a renovação  dos quadros políticos, porque muitas pessoas se sentem alijadas do  processo por causa dos altos custos. Para o relator da comissão  especial, o financiamento público deve ser visto como um instrumento de  autonomia aos mandatos. 
O financiamento público é um dos pontos debatidos na comissão que  tem mais apoio entre os parlamentares, representantes da sociedade  civil e instituições governamentais que participam dos debates. 
Há, no entanto, quem defenda que essa modalidade não seja  exclusiva, mas preponderante. Na opinião do presidente do TSE, ministro  Ricardo Lewandowski, é mais importante acabar com o financiamento de  empresas a campanhas políticas. O financiamento público seria  responsável pela maior parcela dos gastos, mas viria associado a  contribuições feitas por pessoas físicas. 
Paralelamente, o ministro cobrou mecanismos que limitem os gastos  nas eleições, que chegaram aos R$ 3,363 bilhões em 2010. “Se for  adotado o financiamento público, é imprescindível que coloquemos um  teto; não podemos onerar os contribuintes com custos desnecessários”,  afirmou o ministro em audiência realizada em abril pela comissão  especial. 
Segundo dados do TSE, dos 41 deputados que integram a Comissão  Especial de Reforma Política, 18 gastaram mais de R$ 1 milhão nas  campanhas. O maior orçamento foi o do deputado Ricardo Berzoini (PT-SP),  com R$ 3,023 milhões. Já a campanha mais barata foi a do deputado  Reguffe (PDT-DF), com R$ 120,4 mil declarados. O presidente da comissão,  deputado Almeida Lima (PMDB-SE), gastou R$ 1,120 milhão nas últimas  eleições.MN
O FILÓSOFO 

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