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quinta-feira, 17 de março de 2011

CATÁSTROFE JAPONESA, SERÁ ALGUM AVISO?

Filas no aeroporto para abandonar o Japão
O Japão luta nesta quinta-feira para tentar resfriar os reatores da central nuclear de Fukushima e conter um desastre nuclear, mas a crise desencadeada após o terremoto de magnitude 9 seguido de tsunami da última sexta-feira (11) causa preocupação cada vez maior em todo o mundo e que provoca uma fuga em massa de estrangeiros de Tóquio. 

Ligações telefônicas do Brasil para o Japão têm tarifa reduzida, falta comida e sobram bebidas em supermercados de Tóquio. Japão já enfrenta risco de epidemias de cólera e tifo, brasileiros contam como sobreviveram a terremoto. A maior preocupação é a crise nuclear, considerada a mais grave desde a de Tchernobil, na Ucrânia, em 1986.


Japoneses alimentam-se nos abrigos precariamente

A Tepco espera restabelecer nas próximas horas a corrente de energia elétrica da central nuclear, o que permitiria ativar as bombas para resfriar os reatores e encher as piscinas. Os sistemas de resfriamento falharam na sexta-feira depois do terremoto --o mais forte da história do Japão-- seguido pelo tsunami que devastou a costa nordeste do país.


Antes da catástrofe os super mercados cheios

Depois da catástrofe os super mercados vazios todos querem estocar alimentos
A rotina do diretor de arte design Jose Valdivieso, 49, mudou desde que o sismo de 9 graus se abateu sobre o Japão na última sexta-feira .

Antes, acordava e checava e-mails, trabalhava como freelancer em casa e visitava alguns clientes. Agora, levanta da cama, assiste ao noticiário sobre o terremoto na TV e pega a bicicleta para fazer rondas diárias no distrito onde mora, Akabane (10 km ao norte de Tóquio), à procura de alimentos e artigos de necessidade básica. 
Logo pós o tremor, o equatoriano estocou a maior quantidade possível de produtos, mas sabe que seu abastecimento vai logo acabar.

"Até hoje continuo procurando comida. Água, enlatado, o que for", diz ele, que chegou ao Japão pela primeira vez em 1992. "As prateleiras dos hipermercados estão completamente vazias e os únicos produtos encalhados que ninguém leva são as bebidas alcoólicas."

"Ontem me dei bem. Quando o funcionário do mercado colocou uma nova remessa de leite, consegui pegar quatro caixas. Papel higiênico encontrei em uma loja de cosméticos, mas cada pessoa só podia comprar um saco com oito rolos. Quem não conseguiu pegar vai estar, com certeza, às 6 horas da manhã seguinte fazendo fila. Em breve, as pessoas vão ter que dormir fora dos supermercados para poder comprar."

O problema enfrentado pelo equatoriano resume a falência da tão famosa logística japonesa, capaz de entregar com extrema rapidez os mais diversos produtos que saem de províncias vizinhas em direção à capital japonesa sem a necessidade de se manter grandes quantidades de estoques.

A falta de alimentos provocada pela interrupção de fornecimento atinge principalmente regiões distantes do centro de Tóquio. 
Apesar de ter a possibilidade de voltar ao seu país de origem, Valdivieso descarta sair do arquipélago. "O pessoal tá caindo fora pelo que sei, mas o Japão me deu muitas coisas, não posso correr agora... imagina! Como vou me sentir deixando meus amigos japoneses aqui?" 
Alimento básico do japonês: arroz branco papa
Nesta quinta-feira, quatro helicópteros do Exército japonês lançaram jatos d'água sobre os reatores nucleares do complexo de Fukushima, principalmente sobre o número 3. O objetivo era encher uma piscina de combustível usado que foi danificada após uma explosão e uma série de incêndios.

Congestionamento no gelo de 50km


O FILÓSOFO

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