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sábado, 26 de março de 2011

LUZES DO MUNDO INTEIRO SE APAGAM POR UMA HORA


A Hora do Planeta teve largada para o Brasil às 20h30 deste sábado. Mas, muito antes de as luzes se apagarem por aqui, diversos países do outro lado do globo fizeram sua parte e deixaram as luzes apagadas por cerca de uma hora.

Ópera House, Sidney-Austrália, participando da Hora do Planeta

A Ópera de Sydney foi hoje o primeiro local emblemático do planeta a ficar mergulhado na escuridão, às 20h30 locais, durante 60 minutos. A Hora do Planeta será celebrada por mais de 130 países e centenas de milhões de pessoas.

A Hora do Planeta, organizada desde 2007 pela WWF (Fundo Mundial para a Natureza), pretende sensibilizar as opiniões para o problema das alterações climáticas. No ano passado participaram 128 países.

Da Austrália à América, passando pela Ásia, Europa e África, os edifícios mais famosos – como a Ópera de Sidney, a Torre Eiffel, o Cristo Redentor e o Empire State Building –  uns após os outros desligaram as luzes às 20h30 locais.

Segundo Andy Ridley, co-fundador e director da operação, um número recorde de 134 países ou territórios estão participando na edição de 2011. “A quantidade de energia economizada durante esta hora não é, verdadeiramente, o que importa”, admitiu à AFP, em Sydney. “A intenção é mostrar o que pode acontecer quando as pessoas atuam juntas”. Este ano, os organizadores apelaram ainda aos participantes para se comprometerem a fazer durante 2011 algo que contribua para salvar o planeta.

A Hora do Planeta começou no Pacífico, com as ilhas Fiji, Nova Zelândia e Austrália, seguindo depois para Oeste, seguindo o pôr-do-Sol. Na Austrália, os organizadores estimam que tenham participado cerca de dez milhões de pessoas.

Na Nova Zelândia, a chuva perturbou algumas iniciativas, informou Lee Barry, responsável pelas alterações climáticas na WWF neozelandesa, ao jornal "New Zealand Herald". Em Hamilton, trovoadas enfraqueceu os ânimos num concerto acústico mas a festa continuou com tambores e dançarinos. "Quando tomamos pequenas acções, no âmbito de uma comunidade global, podemos fazer uma grande diferença e criar um futuro onde as pessoas vivam em harmonia com a natureza", comentou o director da organização naquele país, Chris Howe.

Oitenta e quatro cidades na China comprometeram-se e desligaram as luzes nos principais pontos dos centros urbanos, incluindo alguns edifícios emblemáticos na Cidade Olímpica, em Pequim.

Segundo o site oficial da campanha, a cidade Makati, nas Filipinas, quis ir além dos 60 minutos e anunciou uma moratória aos sacos de plástico nas lojas. Além disso, pretende promover o uso de sacos feitos por artesãos locais.

No Japão, abalado a 11 de Março por um sismo e tsunami que fizeram mais de 27 mil mortos e desaparecidos, vários milhares de pessoas e um centro de abrigo para desalojados participam da iniciativa. “Os japoneses terão um sentimento especial este ano, quando desligarem as luzes”, comentou Hideko Arai, uma porta-voz da WWF. Um minuto de silêncio deverá ser observado em vários países, em homenagem às vítimas da catástrofe no Japão.

Nos Estados Unidos, todos os edifícios das Nações Unidas, em Nova Iorque, desligaram as luzes, informou o secretário-geral Ban Ki-moon. Ontem, este responsável deu o seu apoio ao evento destinado, disse, a “proteger o planeta e a garantir o bem-estar da humanidade”. “Vamos utilizar estes 60 minutos de escuridão para ajudar o mundo a ver a luz”, disse Ban Ki-moon.

Na Grécia, a Acrópole, o Parlamento, o Palácio Presidencial ficaram às escuras, disse Georges Vellidis, da WWF-Grécia. Neste país participam 300 cidades, centenas de escolas e empresas e 25 mil pessoas a título individual.

Na Áustria, todas as maiores cidades foram mobilizadas. O palácio de Schönbrunn – antiga residência da família imperial em Viena – e a estátua de Mozart em Salzburgo fazem parte dos monumentos que aderiram.

França participa em seguida com as luzes desligadas na catedral de Notre-Dame e nas pontes, fontes e praças de mais de 230 locais em Paris. A Torre Eiffel também participa mas apenas por cinco minutos, por razões de segurança.

Para o primeiro-ministro britânico David Cameron, a Hora do Planeta é um “imenso símbolo de solidariedade, uma demonstração encorajadora do compromisso internacional”.


Brasília (2010)

Parque do Ibirapuera (2010)


Acre (2010)
Sidney, Autrália
O FILÓSOFO

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