INTELIGÊNCIA: CAMPO MAIOR CIDADE AMIGA DA MELHOR IDADE

Desde 2008, mais da metade da população mundial passou a morar em cidades e, em 2030, cerca de três em cada cinco pessoas viverão em áreas urbanas. Ao mesmo tempo em que as cidades apresentam um crescimento acelerado, a proporção de pessoas da melhor idade aumenta rapidamente: a população de cerca de 600 milhões de pessoas de 60 anos ou mais que temos hoje vai dobrar, chegando a 1,2 bilhões em 2025. Essas duas tendências ocorrem em um ritmo muito mais acelerado nos países em desenvolvimento como o nosso país. 

Em ambientes urbanos favoráveis e estimulantes, os da melhor idade constituem um recurso para suas famílias, comunidades e economias. Para ajudar as cidades, à medida que crescem em tamanho e em número, a aproveitarem mais de suas populações da melhor idade, a OMS já lançou o Guia Global das Cidades Amigas da melhor idade. 

D. Júlia Alves, campomaiorense com 93 anos, exemplo de tratamentoà melhor idade

Uma cidade amiga dos da melhor idade adapta suas estruturas e serviços para que sejam acessíveis e includentes de pessoas da melhor idade, com diferentes necessidades e capacidades.

Uma cidade amiga da melhor idade estimula o envelhecimento ativo ao otimizar oportunidades para saúde, participação e segurança, a fim de aumentar a qualidade de vida das pessoas à medida que adentra a melhor idade.

Mais de 700 cidades no Brasil já assinaram o termo de compromisso para se tornarem integrantes da rede de cidades amigas da melhor idade, projeto desenvolvido pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Que começa com um encontro: “Desafios do Envelhecimento - Cidade Amiga da melhor idade”.

Para tornarem-se parte da rede, as cidades terão de formar grupos de idosos, com a participação de cuidadores e prestadores de serviços para debaterem formas de tornar esses lugares melhor preparados para receberem os da melhor idade. Dentro de dois anos, elas serão avaliadas pelo projeto. 

Se não desenvolvermos as políticas necessárias para os da melhor idade no futuro não teremos recursos para os outros grupos populacionais, porque teremos mais da melhor idade doentes e institucionalizados e isso custa dinheiro, muito dinheiro para o cofre municipal. Não se trata de uma guerra entre gerações. As políticas para o envelhecimento são uma forma de liberarmos recursos para os outros grupos populacionais. É necessária a implantação de políticas intersetoriais voltadas aos integrantes da melhor idade, que passa por moradia, saúde, informação, serviços, acessibilidade e segurança pública. Especialistas observaram que o mundo não está preparado para o rápido envelhecimento da população.

“Uma coisa interessante é que todas as medidas propostas são simples e tem que ter empenho das pessoas, interessadas somente. Basta termos uma política pública de conscientização no sentido de fazer com que todos entrem nela.

Custos baixos para as cidades, lucros imensos, só é preciso educar profissionais de saúde e cidadãos capazes de tratar bem os da melhor idade. Somos um país que está se desenvolvendo rapidamente e os especialistas enxergam o desafio que nosso país tem e Campo Maior poderia ser um vanguardeiro sem onerar seus cofres e daí tirar beneficio de infraestrutura através de financiamentos Federal e Internacional, pois também teremos um rápido envelhecimento de nossa população.

CONHEÇA O PROGRAMA

O Programa Cidade Amiga da melhor idade tem como objetivo incentivar os municípios do Brasil a desenvolver práticas públicas cada vez mais aperfeiçoadas para seus cidadãos da melhor idade.

Será merecedora do Certificado de Qualidade a cidade que possuir programas exemplares de qualidade.  O Programa foi formulado por uma equipe coordenada pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - SBGG - e é uma iniciativa da Subcomissão da melhor idade no Senado Federal, tendo como um de seus membros Senador Sibá Machado (PT).

O QUE OS MUNICÍPIOS QUE FOREM APROVADOS RECEBERÃO?

a) O diploma assinado pelo Presidente da Subcomissão da melhor idade do Senado Federal;
b) O arquivo Selo Cidade Amiga da Terceira Idade.

Para a cidade habilitar-se ao certificado Cidade Amiga da melhor idade, deverá possuir programa exemplar voltado para o cidadão da melhor idade, que será avaliado pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), em uma das seguintes áreas:

a) Adequação e eficiência da legislação municipal de proteção ao da melhor idade;

b) Programas relacionados à expectativa de vida após os 60 anos e, em especial, às epidemias que afetam as pessoas da melhor idade;

c) Ambiente físico (áreas para idosos, SOS idoso (Central de atendimento telefônico para receber denúncias de desrespeito e maus-tratos contra os idosos).

d) Lazer e incentivo ao exercício da cidadania pelos da melhor idade;

e) Educação (alfabetização especializada e com disciplinas curriculares ou conteúdos transversais na área de Geriatria e Gerontologia); e

f) Engajamento da sociedade civil – existência de agremiações religiosas e beneficentes, entre outras que prestem apoio voluntário às famílias da melhor idade. 

O FILÓSOFO