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terça-feira, 29 de março de 2011

PROFESSORES DA UESPI CONTINUAM EM GREVE


Os professores da Universidade Estadual do Piauí - UESPI decidiram dar continuidade à greve por mais uma semana. Eles fazem ato público amanhã, quarta-feira, com uma caminhada pelas ruas de Teresina, finalizando no Palácio de Karnark, em protesto contra o arrocho salarial dos professores e as condições de funcionamento da UESPI no Estado.

"Vamos dar continuidade ao movimento de paralisação iniciado no dia 21 último e após a as-sembléia de sexta-feira que vem, dia 1º de abril, decidiremos se deflagramos a greve por tempo indeterminado ou não", alertou Graça Ciriáco, presidente do Sindicato dos Docentes da UESPI.

Entre as reivindicações da categoria estão o aumento de 120%, realização de concurso público para professores e técnicos administrativos e programa para qualificação de docentes. "Queremos o pagamento de R$ 2.200 para os professores especialistas de 20 horas semanais e R$ 4.400 para os de 40 horas, conforme cálculo feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioe-conômicos - DIESE", diz o professor Daniel Solon. 

De acordo com a presidente do Sindicato dos Docentes, "a UESPI e nem o Governo do Estado não abriram nenhum canal de negociação para as discussões em relação à data-base da categoria no dia 1º de maio próximo", diz a presidente. Além disso, segundo a dirigente sindical, há outra questão que precisa ser discutida. 

"Nós não sabemos quanto de recursos a UESPI recebe do governo do estado, como recebe, qual a regularidade desses repasses e o mais grave, há 5 meses o governo não faz o repasse", protesta a dirigente sindical. 

De acordo com a professora Graça Ciríaco, 5% do ICMS do Estado deve ser destinado para a UESPI. "Ainda assim, se considerarmos esse percentual para os 52 campis espalhados pelo Estado, é insuficiente para a manutenção da Universidade", explica a professora.

Na avaliação do Vice-Reitor, professor Nouga Cardoso Batista, a greve dos professores é legítima, pois a categoria precisa de boas condições de trabalho. "As condições em que a UESPI funciona hoje são do conhecimento da sociedade", diz o vice-reitor.

No entanto, o vice-reitor rebate as informações da professora Graça Ciríaco, no tocante aos 5% do ICMS para custeio da UESPI. "São 5% do que o Estado gasta com a educação da UESPI e do Instituto de Educação Antonino Freire e não com o ICMS do Estado", contesta o vice-reitor. Para o vice-reitor, a situação financeira da UESPI passa pela compreensão de como esses recursos deveriam, na sua origem, ser destinados a UESPI. 
  
O FILÓSOSO

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