“É comum em nosso cotidiano ouvirmos o jargão do patrimônio popular que diz ‘Nos trilhos disso ou daquilo’, ou ‘trilhar um caminho de’...” . Esses ditados servem como muitos indicadores de linguagem, geralmente no sentido de: ajeitar, nivelar, seguir, progredir e por ai vai. Acontece que em Campo Maior esses adágios, ditados coletivos, servem para significar destruição, depredação, ou seja, literalmente: destrilhamento. Isso justamente com os trilhos. Sim! Isso mesmo!
Pois já existiam as passagens feitas pelo exército (2º BEC/4º batalhão Ferroviário), começou uma desenfreada e vergonhosa depredação da linha férrea. A partir daí poucos respeitaram e populares passaram a tirar o aterro, carroceiros seguem retirando a piçarra e barro, e o resultado é que a estrada está em rápida destruição. Isso prejudica Campo maior, quem quer investir lá certamente irá levar tal desleixo em consideração.
O resultado dessa destruição é que o projeto do governo Lula do Trem Regional de Cargas e Passageiros não pôde ser implantado até Campo Maior. Alto que não destruiu a estrada de ferro será contemplada (em projeto). Aí se faz a pergunta você que já tirou um pouco ou muito de alguma coisa da estrada de ferro, como uma carroçada de piçarra pense que você ou seu filho não vão poder ir diariamente a Teresina no trem do Ministério dos Transportes pagando apenas Um real. Será que você economizou alguma coisa destruindo a ferrovia? Se seu filho precisar estudar em Teresina ele poderia ir e votar com apenas 2 reais e de ônibus quanto você gasta?
Alem disso o trem poderia levar até mil pessoas, mais barato e poluindo menos. Além disso, á ferrovia é um bem público e é contravenção penal (crime) retirar partes dela. Hoje as pessoas que trabalharam nela quando vêem ela sendo estuprada (atentada, tratorada, destruída e roubada) ficam tristes de chorar. É o que se vê da Cidade Nova ao riacho Pintadas.
Essa prática contra nossos trilhos é crime. Então se você perceber qualquer ato de ilegalidade na nossa ferrovia chame a polícia, comunique ao ministério dos transportes, a polícia federal. Pois, essa ferrovia é um bem do povo, que a qualquer momento precisaremos reativá-la, Basta ter uma crise mundial de petróleo, um terremoto ou se o porto de Luis Correa for concluído e também podemos usá-la para turismo. Que tal discutir-mos adaptar um veículo/ônibus para rodar da estação ao monumento do jenipapo? Aí vereadores que tal esse projeto? Alô você que lesa/destrói o que você vai dizer quando seus netos/bisnetos perguntarem sobre a estrada de ferro?. E também você que vê e consente? Hum?
Na “locomotiva da praça tem a célebre frase: ‘‘ Comigo vieram os trilhos a Campo Maior”. Afinal depois que pessoas viram tratores e caçambas do próprio poder administrativo local destruindo a ferrovia. Daí pessoas também entraram em ação destruidora. (na mesma época, também, foram destruídas as lindas carnaubeiras da lagoa do açude).
É Além do mais! São poucas as cidades que têm a honra de possuírem uma estrada de ferro e Campo Maior é uma das que podem ter esse orgulho. E o que é que nós estamos fazendo por esse bem público? Para preservá-lo? Deixo a resposta com cada um e cada uma. E não esqueça, chame a polícia ao ver qualquer pessoa retirando algo (piçarra, barro etc.) da nossa querida estrada de ferro.
(fonte:projeto de dissertação de mestrado: (Des)ferroviando Campo Maior, de Alda Freitas) (www.Tremdopiaui.org.br. Acesso em 12/06/10).e-mail./Associação de Preservação Ferroviária (Piauí). Por Alda Freitas .
Eis um grande serviço que o Folhas de Campo maior presta a essa terra. Essa matéria é altamente conscientizadora. Alías é algo revolucionário: faz a gente pensar se o " investimento" da destruição é/foi "produtivo". Fernando Antônio. graduando em filosofia
ResponderExcluirexcelente o texto de Aldas Freitas versando sobre a destruição da ferrovia no trecho de Campo Maior-Pi, um texto de profunda reflexão e tocheia com a luz da consciência do real cidadão(a), aquele que não valoriza o bem público. e vive adormecido na inércia do analfabetismo cultura,social e histórico. Parabéns!!! ALDA!
ResponderExcluirtexto que trás à luz um fato trite,mas, deveras real, a linha férrea vive amuletada no apogeu doutrora, e adormecida no seu anonimato. O sandeu dom quixote e seu marionete-algoz não foram punidos e incentivaram a massa insana,onagra a cometerem o mesmo ato vergonhoso e imoral.
ResponderExcluirA Alda Freitas! Essa sim merece ser honrada com o mérito da medalha do jenipapo. Mas, foi o contrário... Acorda Campo Maior. Tem muitas raposas cuidando do galinheiro.
ResponderExcluirEric Soares, pedagogo